“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.
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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.
Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.
O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.
Soa familiar para vocês?
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A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.
A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.
Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.
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“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.
Naluh
8 de março de 2020 at 13:12
eu baixei o taking flight eras atrás em alguma promoção de ebooks da amazon mas ainda não li, não conhecia a autora! não sabia que ela tinha essa política de finais felizes, animei agora pra ler logo o livro dela <3
Carolize
17 de abril de 2020 at 22:38
Colorblind foi o primeiro livro dela que eu parei para ler. Lembro de começar a ler, me assustar com a premissa e deixar de lado porque achei que seria um final triste. Até que um dia, fazendo absolutamente nada, decidi abrir o app pra continuar minha leitura. Pode-se dizer que chorei bastante e que me surpreendi mais do que tudo. Lembro bem que fiquei encolhida na cama com o celular grudado na mão e os olhos correndo sem parar pela tela do celular por horas. O resultado foram muitas lágrimas e uma baita dor de cabeça depois, mas ainda assim, fiquei bem feliz.