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Siera Maley e o poder dos finais felizes

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Para leitores da língua inglesa, Siera Maley é uma autora que imediatamente se tornou lenda em seu nicho. Com romances fofos e clichês cuja premissa inicial é a de que a autora acredita em finais felizes, ela conquistou o coração de centenas de leitores LGBTQIA+ que não aguentam mais ver seus personagens preferidos serem jogados de lado e muitas vezes morrerem para que o plot avance.

Seu primeiro livro, “Time It Right” alcançou um bom número de leitores, mas foi com “Dating Sarah Cooper” que a autora moveu o público ao contar a história de Katie Hammontree e Sarah Cooper, melhores amigas de infância que resolvem fingir serem namoradas para atrair a atenção do crush de Sarah e aos poucos descobrem que o sentimento que mantinham uma pela outra vai além da amizade. A história lembra a da série “Faking It” da MTV em muitos pontos, mas não só foi escrita anos antes, como também acerta em várias questões que a série errou, tendo um final muito mais satisfatório.

Outro livro que é um dos favoritos dos fãs é “Colorblind”, um livro de fantasia onde a personagem principal, Harper, consegue ver a idade com a qual uma pessoa vai morrer escrita em sua testa e por muito tempo evita se aproximar mais do que o necessário de qualquer pessoa. É quando Chloe se muda para sua rua e aos poucos começa a dominar sua vida e seu coração, o único problema é que a nova paixão de Harper tem o número 16 escrito na testa.

Fechando a lista de favoritos está “Taking Flight”, onde Lauren Lennox é tirada da guarda do pai alcoólatra depois de ser presa e colocada sob a guarda de um amigo pessoal do juiz que cuidou do seu caso. No outro lado do país e longe de tudo que conhece e ama, Lauren acaba se aproximando da filha de seu novo guardião e se apaixonando por ela, que infelizmente é uma cristã fervorosa e certinha demais.

Apesar de causar grandes níveis de angústia em seus leitores e deixar todo mundo pensando que vai ser impossível solucionar os problemas da história e dar um final feliz a seus personagens, a autora nunca desaponta e deixa a gente com vontade de que a vida real fosse como suas histórias. Todos os livros de Siera Maley, incluindo o doce “On The Outside”, o mais recente “The Gay Girl’s Guide to Ruining Prom” e o fantástico “The Noble of Sperath” estão disponíveis em formato físico e e-book.

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2 Comments

2 Comments

  1. Naluh

    8 de março de 2020 at 13:12

    eu baixei o taking flight eras atrás em alguma promoção de ebooks da amazon mas ainda não li, não conhecia a autora! não sabia que ela tinha essa política de finais felizes, animei agora pra ler logo o livro dela <3

  2. Carolize

    17 de abril de 2020 at 22:38

    Colorblind foi o primeiro livro dela que eu parei para ler. Lembro de começar a ler, me assustar com a premissa e deixar de lado porque achei que seria um final triste. Até que um dia, fazendo absolutamente nada, decidi abrir o app pra continuar minha leitura. Pode-se dizer que chorei bastante e que me surpreendi mais do que tudo. Lembro bem que fiquei encolhida na cama com o celular grudado na mão e os olhos correndo sem parar pela tela do celular por horas. O resultado foram muitas lágrimas e uma baita dor de cabeça depois, mas ainda assim, fiquei bem feliz.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando