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Review | Ninguém Mandou (Get Even) – Primeira temporada

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Baseada no livro “Don’t Get Mad” de Gretchen McNeil, “Ninguém mandou” (Get Even) é uma série britânica do canal BBB iPlayer e distribuída no Brasil pela Netflix, focada na trajetória das quatro protagonistas, Kitty (Kim Adis), Margot (Bethany Antonia), Olivia (Jessica Alexander) e Bree (Mia McKenna-Bruce).

LesB Indica | Casamento de Verdade – história fictícia com traços de realidade

A história da produção se passa no colégio de elite Bannerman e já de início tem a mesma premissa observada em outras séries de suspense e adolescente, como “Pretty Little Liars” e Control Z: assassinato, mentiras e um grupo de adolescentes se metendo em confusão.

Kitty é a típica garota que se sente pressionada pelos pais em ser a melhor em tudo; Mia é a rica que faz de tudo para chamar atenção do seu pai, sempre se metendo em problemas e faltando aulas; Margot é introvertida e de poucos amigos e totalmente nerd da informática e por último, Olivia é a típica patricinha que todos acreditam que tem a vida perfeita.

Crítica | Summerland – clichê sáfico para aquecer o coração

Nesta série, as quatro garotas formaram um grupo para expor os valentões da escola e se vingar, o GDM (Don’t Get Mad ou tradução péssima na série: “Gente deu mole”). De primeira, ninguém sabe o que as motivou a formarem o GDM e o mais interessante está no fato de que para o mundo cheio de aparências, elas vivem em universos completamente distintos e são apenas conhecidas, mas no íntimo são um grupo de colegas com um objetivo em comum.

Lesb Indica | Tempestade na Estrada – longa-metragem sutil e divertido

O primeiro alvo das garotas foi o treinador da escola, depois foi o adolescente (típico que se acha a última bolacha do pacote), Ronny (Joe Flynn) que expôs fotos íntimas da melhor amiga de Kitty. Entretanto, as coisas saem do controle e o personagem de Flynn morre e para piorar, quem o matou está incriminando o GDM. Sendo assim, Kitty, a chefona; Olivia, a princesa; Margot, a gênio e Bree, a rebelde, começam a investigar na tentativa de encontrar o assassino.

Paralelo a isso, a produção trata da descoberta da sexualidade entre Olivia e Amber (Razan Nassar). As duas garotas, que são populares na escola, demonstram uma amizade nada convencional e até um pouco controladora, pois não sabem lidar com seus sentimentos e na segunda temporada (se tiver), é esperado que este relacionamento seja melhor desenvolvido.

Resenha | Pretty Little Liars 1 – Maldosas

De modo geral, “Ninguém mandou” cumpre o que promete e entrega um suspense teen agradável. A série que possui 10 episódios com média de 30 minutos, consegue apresentar dois assassinatos em uma única temporada e ainda solucioná-lo, como também ainda insere outros temas como bullying, sororidade e adolescentes pressionados/descontrolados.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando