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Literatura

Resenha | Meu lugar ao sol – um festival e duas garotas

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Ficha Técnica
Livro: Meu lugar ao sol
Autora: Leah Johnson
Editora: Alt
Número de Páginas: 304
Ano de Lançamento: 2022


“Amar não é algo que você faz porque acha que é a coisa certa. Você faz porque tudo que temos é nosso coração.”

O romance “Meu lugar ao sol”, publicado este ano pela Editora Alt, conta a história de duas adolescentes que se conhecem em um Festival que muda suas vidas para sempre. O livro é escrito pela autora best-seller Leah Johnson, conhecida no Brasil pela obra Espere até me ver de coroa, lançado em 2020 pela mesma editora.

A história se passa no Festival de Música Farmland, onde os destinos das duas personagens principais se cruzam por causa das dificuldades de Olivia em montar uma barraca. Olivia é especialista em namoros e se existisse um ranking de quem mais sofre desilusões amorosas, com certeza, ela estaria em primeiro lugar.

Após mais um término desastroso, Olivia convence a sua melhor amiga, Imani, a passarem um final de semana inteiro longe de romances e dedicado completamente a amizade das duas, com a regra absoluta de “nada de paqueras”. Dessa forma, juntas caminham para o Festival no intuito de virar a página.

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Do outro lado, existe a Toni. Ela está prestes a começar na faculdade e seguir os passos da sua mãe para se tornar uma advogada: a última coisa no mundo que quer se tornar. Ainda em luto pela perda do pai, ela decide ir ao Festival com seu amigo Peter, na esperança de que o lugar mude o ritmo da sua própria vida como mudou a vida do seu pai anos atrás.

Desde criança, ela participava do Festival com seu pai todo ano. Neste ano, sem ele, Toni tem o objetivo de se inscrever no concurso Golden Apple, em que músicos amadores tem a oportunidade de cantar diante das maiores atrações do Festival. E ela acredita que se ganhar o concurso, conseguirá algumas respostas. É a partir disso que seu destino se cruza com Olivia.

No primeiro dia do Festival, Toni se depara com Olivia tendo dificuldades em montar sua barraca, e apesar de ser introspectiva, se encanta com a personalidade agitada de Olivia. Por um acaso da vida (ou não risos), Toni perde as inscrições do concurso individual e quase desiste, porém Olivia surge com a brilhante ideia delas fazerem um acordo de negócios: ela participa do concurso de banda com Toni e em troca, Toni precisa ajudá-la na caça ao tesouro do evento, já que a mesma conhece o Festival tão bem.

“É difícil reconhecer um momento histórico quando você está nele, mas posso sentir isso agora. Esse é um show que vai ficar para a história. Um show que vai ficar conhecido como uma Verdade sobre o poder da música ao vivo de nos ajudar a passar por qualquer coisa que nos desafie.”

“Meu lugar ao sol” apresenta um clichê perfeito: duas garotas que precisam uma da outra para conquistar os seus objetivos. Uma está atrás de respostas quanto ao seu futuro, enquanto a outra necessita encontrar coragem para ser tudo aquilo que precisa.

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A proposta do livro de Leah Johnson é realmente interessante, além do local em que a história é ambientada ser eletrizante. Todo o ritmo do festival, das músicas e das corridas pelos prêmios são cativantes, como também as personagens principais são encantadoras ao seu modo.

Toni é uma personagem que conquista já nas primeiras páginas. Ela é amorosa, corajosa e persistente, e mesmo com todo o luto e drama ao redor dela, ela consegue cativar o leitor. Olivia, por outro lado, é mais difícil de convencer. Porém, a ideia da autora de apresentar uma personagem imperfeita, que erra constantemente, e foge do padrão de certinha, é realmente fora da caixa. Então, após algumas páginas de entendimento quanto as motivações da personagem, ela, com certeza, te fisgará também.

O único defeito de “Meu Lugar ao Sol” é a forma como a história se encerra. O final é corrido e pode abrir margem para comentários negativos, tendo em vista que todos os problemas se resolvem muito rápido. É compreensível que o objetivo da narrativa era o romance, contudo, os dramas e resoluções focam nas últimas 50 páginas, tornando a experiência com a trama menos perfeita.

Entretanto, Leah Johnson apresenta uma narrativa e personagens principais que encantam de forma individual e conjunta, levando em consideração que a história se passa em apenas três dias. O casal é fofo e é ainda mais encantador acompanhar a evolução do relacionamento das duas.

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Um outro ponto a se destacar do livro é a forma respeitosa com que a autora retrata certos assuntos como violação de privacidade, ataques de pânicos, consentimento e culpabilização da vítima. Definitivamente, “Meu lugar ao sol” possui uma mensagem essencial e oportuna, e com certeza merece sua atenção.


Obs.: livro cedido pelo Globo Livros para resenha.


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LesB Nota
  • História
  • Personagens
4.3

Sinopse

Quando Olivia e Toni chegam ao Farmland, seus caminhos se cruzam e elas entendem que precisam unir forças se quiserem aproveitar todas as oportunidades que o festival tem a oferecer. Conforme se aproximam, no entanto, o fim de semana começa a sair dos trilhos, e logo as duas percebem que precisam uma da outra — e da música — de maneiras além das que haviam imaginado.

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Literatura

Resenha | Nunca é Tarde para a Festa – uma história sensível sobre se permitir ser quem você é

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Ficha Técnica
Livro: Nunca é tarde para a festa
Autora: Kelly Quindlen
Editora: Alt
Número de Páginas: 320
Ano de lançamento: 2025


Sabe aqueles livros que parecem te dar um abraço apertado enquanto te fazem refletir sobre quem você é e quem quer se tornar? “Nunca é tarde para a festa” é exatamente assim.

Publicado pela Editora Alt e da mesma autora de “A jogada do amor”, a história apresenta uma escrita sensível, divertida e cheia de representatividade, que conquista por sua honestidade e pela forma delicada com que trata temas como amizade, autoaceitação e a liberdade de viver fora das caixinhas que o mundo insiste em nos empurrar.

“— Olha. Você tem que entender seus motivos por trás disso. Às vezes, mentimos porque estamos nos colocando em primeiro lugar.”

Codi nunca foi o tipo de adolescente que se encaixa nos padrões. Lésbica, reservada e completamente apaixonada por noites tranquilas no porão com seus melhores amigos, Maritza (bissexual) e JaKory (gay), ela achava que já tinha encontrado sua versão final. Mas tudo muda quando ela decide, meio a contragosto, ir a uma festa do colégio e flagra Ricky, o garoto mais popular da escola, beijando outro garoto. A partir daí, nasce uma amizade improvável entre os dois, construída entre segredos, descobertas e a tentativa de se encontrar em meio ao caos da adolescência.

Ricky convida Codi para um verão cheio de festas, novas experiências e, claro, uma garota chamada Lydia, que é um verdadeiro raio de sol e conquista tanto Codi quanto o leitor. O romance entre as duas é leve, doce e totalmente digno de torcida, mas nunca se sobrepõe ao foco principal do livro: a jornada de autoconhecimento.

O ponto mais tocante da história é como ela mostra que não existe um jeito “certo” de viver a juventude. Algumas pessoas gostam de multidões e música alta; outras preferem uma noite de filmes com os amigos. E tudo bem. “Nunca é tarde para a festa” fala sobre isso com uma honestidade rara — sobre como a gente tenta caber nos moldes que criam pra gente (seja a família, os amigos, ou a sociedade) e como é libertador perceber que a única expectativa que realmente importa é a sua.

É impossível não se emocionar com os conflitos internos da Codi. Ela erra, principalmente ao esconder partes importantes de sua nova vida dos seus melhores amigos, mas o faz para proteger Ricky e respeitar o tempo dele. Isso torna tudo ainda mais real. Afinal, crescer também é isso: tomar decisões difíceis, lidar com as consequências e aprender no processo.

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Outro destaque emocionante é o relacionamento da Codi com seu irmão mais novo, Grant. A evolução dessa relação traz uma camada extra de sensibilidade à narrativa, especialmente por tocar naquela insegurança silenciosa que muitos de nós carregamos: o medo de decepcionar quem amamos. Ver como esse vínculo se transforma ao longo da história é reconfortante e cheio de significado (principalmente para quem tem irmãos mais novos).

“Nunca é tarde para a festa” é um convite para quem está se descobrindo, para quem já se descobriu, e para quem ainda está tentando entender qual caminho quer seguir. Uma história que não romantiza a adolescência, mas a mostra em sua complexidade, com seus altos, baixos, e todos os tons entre eles. Prepare o coração, porque essa história vai mexer com você.

  • História
  • Personagens
4

Sinopse

Codi nunca foi de ir a festas. Nunca ficou fora até tarde. Nunca sequer foi beijada. E não é só porque ela gosta de meninas — é porque sua ideia de diversão perfeita sempre foi passar a noite no porão com seus melhores amigos, Maritza e JaKory, maratonando séries da Netflix. Mas quando eles insistem em ir a uma festa do colégio, sua vida muda completamente.

Entre luzes piscando e música alta, Codi flagra Ricky, o garoto mais popular da escola, beijando outro garoto — e, a partir desse segredo, nasce uma amizade improvável. Em troca do silêncio de Codi, Ricky a coloca sob sua proteção e a atrai para um verão intenso, cheio de noitadas, novas experiências e uma garota muito bonita chamada Lydia. O único problema? Codi decide esconder tudo isso de Maritza e JaKory e, de repente, se vê dividida entre a vida que sempre teve e a nova versão de si mesma que está aprendendo a amar.

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Resenha | Temporada relativa – uma boa leitura de fim de tarde

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Ficha Técnica
Livro: Temporada relativa
Autora: Mary Abade
Editora: Independente
Número de Páginas: 35
Ano de Lançamento: 2023


“Temporada relativa” é um conto publicado de forma independente pela autora tocantinense Mary Abade. O conto é repleto de nostalgia da adolescência e momentos fofos entre as protagonistas.

Neste conto acompanhamos Maria Francisca Einstein (sem nenhum parentesco, nem mesmo longínquo com o famoso físico) na sua tão esperada viagem de 15 anos para conhecer o mar. O que Maria não esperava é que sua viagem para conhecer o mar seria arruinada por uma chuva interminável que a mantém presa no hotel junto com os pais.

Felizmente, neste hotel também está hospedada Marie, uma garota que tem a mesma idade que Maria e que é dona de um gosto musical muito bom e o literário melhor ainda. Durante os dias de chuva trancadas no hotel, Maria e Marie vão construindo uma amizade à base de livros de dinossauros para colorir e histórias em quadrinhos sáficas.

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A narrativa é fluida e tem muito do que já vimos na escrita de Mary, a autodescoberta entremeada dos momentos de constrangimento da adolescência e pitadas de inaptidão social. Contendo muito do que esperamos em comédias sáficas, ela entrega momentos de risadas sinceras e gay panic levinhos e gostosos de acompanhar.

Mostrando não só a personagem principal lidando com a frustração da viagem dos sonhos dando errado, mas, também, os problemas com os pais, a dificuldade da mudança para uma nova cidade e as dúvidas sobre a sexualidade. Questões que mesmo na vida adulta ainda nos assustam tanto.  A história consegue nos prender em sua leitura e finalizar todos os arcos que se propõe a começar.  

“Temporada relativa” é uma leitura gostosa de fim de tarde para você ler de uma vez só e se divertir com Maria conhecendo o mar.

LesB Nota
  • História
  • Personagens
4

Sinopse

Maria Francisca sempre sonhou em ver o mar. O que ela não contava é com a confusão que só a pão-durice do seu pai poderia proporcionar, levando toda a família para a cidade praiana de Maré Mansa durante a baixa temporada. Assim, em vez de praia e mar, ela recebe chuva sem parar. Mas essa viagem pode ter seus dias de sol, quando conhece Marie.

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Resenha | De repente, namoradas – um romance leve que vale a pena

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Livro: De repente, namoradas
Autoras: G.B. Baldassari
Editora: Independente
Número de páginas: 437
Ano de lançamento: 2023


O último lançamento do casal Gisele e Bruna Baldassari, “De repente, namoradas“, é um spin-off de “Só por um verão” e acompanha uma das irmãs Lancellotti após a aventura no acampamento Luneta e as consequências positivas do que aconteceu no local.

Em um momento inusitado, após ser acusada de homofobia, Helena Lancellotti mente dizendo que tinha uma namorada, e em meio a grande repercussão desse anúncio, convence a professora de tênis dos seus filhos, Pati, a ser sua namorada por dois meses.

Pati Borges, sempre com um sorriso no rosto, pensamentos e atitudes positivas, faz o perfeito contraste com a pose de “big boss” e antipatia de Helena. Júlia e Júlio, filhos da empresária, completam o quarteto protagonista da história.

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Apesar de ser focado na vida e na relação de Helena e Pati, outros personagens da trama original voltam e tem participações importantes, além de trazer uma atualização da vida atual deles.

“De repente, namoradas” é uma comédia romântica sáfica de duas mulheres adultas que desenvolvem um relacionamento para fazer uma mentira se tornar real aos olhos do público, mas, apesar de ser uma história leve e divertida, toca em alguns temas mais sensíveis, como adoção e as questões familiares presentes na vida de pessoas da comunidade LGBTQIA+.

Seguindo a fórmula das autoras, o livro com mais de 400 páginas é cativante do começo ao fim. Nele, acompanhamos toda a trajetória do relacionamento e como elas vão se apaixonando uma pela outra e se tornando uma família.

Em “De repente, namoradas” você encontra um romance leve, que te deixa com um quentinho no coração, e te arranca umas boas risadas, com uma escrita envolvente que vai te fazer ler sem parar.


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