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LesB Indica | A League Of Their Own – uma série que vale a pena

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Mulheres jogando beisebol nos Estados Unidos em plena década de 40 é o enredo principal de “A League Of Their Own”, porém a série original da Amazon Prime Video não aborda só isso. A produção que mostra a formação das Rockford Peaches, um time de beisebol, composto somente por mulheres, para participar da All American League. A moral do povo estava em baixa por conta dos soldados que foram à guerra. Então, a ideia de um magnata dos doces foi criar a liga feminina e vários times, mesmo com todo ceticismo e preconceito. A notícia se espalhou pelo país e diversas mulheres compareceram às seletivas. Carson Shaw (Abbi Jacobson), uma mulher do interior, praticamente foge de sua vida pacata para participar da seletiva, logo ela conhece Jo De Luca (Melanie Field) e Greta Gill (D’Arcy Carden), ambas seguindo para as seletivas.

Ao mesmo tempo em que Carson, Jo e Greta chegam na seletiva, também chega Max Chapman (Chanté Adams), cujo sonho sempre foi ser uma jogadora profissional de beisebol. No entanto, Max nem chegou a participar da seletiva: ela era negra. Então, por mais talento que tivesse, ela não seria permitida a jogar no Peaches, mesmo assim, a partir daquele momento, a sua história cruzaria diversas vezes com as das Peaches.

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Carson, Greta e Jo passam para o time e junto com outras garotas, passam a viver em uma espécie de república, enquanto Max, tenta várias alternativas para poder jogar em um time, desde fingir um relacionamento com um rapaz até começar em um emprego sem que sua mãe soubesse.

Carson e Max são as co-protagonistas, com isso, suas histórias são contadas com maior profundidade. Ambas viviam em uma época em que o relacionamento entre mulheres não era permitido, qualquer coisa, além de amizade, elas poderiam acabar presas. Carson, nem tinha noção de que poderia gostar de uma outra mulher até Greta aparecer, afinal, ela tinha um marido que estava na guerra, seu melhor amigo. Já Max sempre se relacionou com mulheres, contudo, escondida, porque, além do risco de ser presa, Max ainda passava pelo conservadorismo na família.

“A League Of Their Own” é um reboot do filme homônimo de 1992, que tinha no elenco Madonna e Geena Davis e tratava do mesmo assunto: mulheres no beisebol, porém sem falar sobre a sexualidade dessas personagens. Vimos que as mulheres lésbicas jogaram nos times da All American Girls League, com o documentário “Secreto e Proibido”, da Netflix. A série trouxe uma comédia leve, mas, ao mesmo tempo, aborda diversos outros assuntos importantes, como o racismo e a homofobia. Abbi Jacobson conseguiu a “benção” de Geena Davis e da diretora Penny Marshall (antes de sua morte em 2018) para efetuar o reboot em forma de série.

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A produção havia sido renovada para sua segunda e última temporada em março de 2023, porém, em Agosto, com a justificativa de que a Greve dos Autores havia atrasado a entrega, a segunda temporada foi cancelada.

A primeira temporada está disponível no Amazon Prime Video.

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LesB Indica | Veep – política, sarcasmo e um amor que floresce no meio do caos

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Se política e comédia parecem uma mistura improvável, “Veep” prova que juntas elas podem ser brilhantes. A série, disponível na HBO, acompanha Selina Meyer (Julia Louis-Dreyfus), uma vice-presidente dos Estados Unidos ambiciosa, sarcástica e completamente despreparada para lidar com o caos da política americana e com o próprio ego.

Ao longo das temporadas, “Veep” se consolida como uma das sátiras políticas mais inteligentes já feitas. O roteiro é rápido, ácido e sem piedade: ninguém é poupado, muito menos Selina, que tenta desesperadamente deixar sua marca enquanto tropeça nas próprias decisões. É o tipo de série que te faz rir de situações absurdas que, por vezes, lembram demais a realidade.

Mas o que coloca a série aqui no LesB Out! vai além das risadas. É nesse cenário totalmente disfuncional que conhecemos Catherine Meyer (Sarah Sutherland), a filha de Selina. Sensível e frequentemente ignorada pela mãe, Catherine começa como uma figura tímida, à sombra do brilho político (e egocêntrico) de Selina. No entanto, conforme a série avança, ela se torna um dos pontos-chave da produção, sendo completamente oposta à mãe.

LesB Indica | O Ultimato: Queer Love – realidade, drama e amor entre mulheres

O arco de Catherine é marcado por autodescoberta. Ao longo da história, ela percebe que seus relacionamentos com homens nunca deram certo porque, na verdade, ela não se sentia atraída por eles. Essa jornada culmina em um dos momentos mais sinceros da série: quando Catherine se apaixona por Marjorie (Clea DuVall), agente do Serviço Secreto designada para proteger Selina.

O romance das duas nasce de forma inimaginável, o que contrasta com o meio carregado de cinismo que domina o universo de “Veep”. A relação entre Catherine e Marjorie é sutil, mas significativa. Enquanto Selina vive obcecada por poder e validação pública, Catherine busca algo mais genuíno: conexão e afeto.

Outro destaque é o espaço que a série dá para personagens femininas complexas.  A série não idealiza suas mulheres: elas são falhas, contraditórias, cínicas e, por isso mesmo, profundamente humanas. Entre escândalos, discursos improvisados e egos inflados, vemos o quanto o poder pode corromper, mas também revelar o melhor (e o pior) de quem o busca.

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Com sete temporadas disponíveis na HBO, “Veep” continua sendo uma das comédias políticas mais afiadas já feitas e, de quebra, entrega representatividade sem forçar o riso. Catherine Meyer pode não ocupar o Salão Oval, mas definitivamente conquista o público. Se você ama diálogos afiados, personagens moralmente questionáveis e uma boa dose de ironia, essa é a pedida perfeita.

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LesB Indica | O Ultimato: Queer Love – realidade, drama e amor entre mulheres

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Casais da Primeira Temporada de "O Ultimo: Queer Love"

Se você curte um bom reality de relacionamentos com tensão, emoção e muita visibilidade sáfica, “O Ultimato: Queer Love” é aquele tipo de programa que prende do começo ao fim. A produção acompanha cinco casais formados por mulheres (e pessoas não-binárias) vivendo um ultimato: casar ou terminar de vez.

A proposta é simples, mas o impacto emocional é intenso. Uma das pessoas do casal está pronta para o casamento; a outra, cheia de dúvidas. Para testar o relacionamento, cada participante passa três semanas vivendo com uma nova “esposa” escolhida entre as outras participantes e, depois, mais três semanas com sua parceira original. No final da experiência, as participantes só têm três opções: sair noiva da parceira original, sair noiva da parceira experimental ou sair solteira. O resultado? Um caldeirão de ciúmes, descobertas, conflitos e muitas conversas sinceras sobre amor, liberdade e futuro.

LesB Indica | Hospital New Amsterdam – um drama médico que vale a pena conhecer

Mais do que um reality de pegação ou intrigas, “O Ultimato: Queer Love” chama atenção por dar protagonismo a narrativas que raramente vemos nesse formato. São mulheres lésbicas/bissexuais e pessoas não-binárias sendo vulneráveis na frente das câmeras, questionando o que realmente esperam de um relacionamento e quais são os limites do amor. É uma montanha-russa emocional, com casais pelos quais você torce, outros que você quer ver bem longe e momentos que vão fazer você pausar só pra respirar.

Casais da segunda temporada de "O Ultimato: Queer Love"
A representatividade importa e aqui, ela é entregue sem filtros. Entre discussões sobre monogamia, maternidade, identidade de gênero e traumas do passado, o programa joga luz em questões profundas e reais do universo LGBTQIA+. Ao mesmo tempo, não deixa de oferecer os elementos que tornam um reality irresistível: tretas memoráveis, reviravoltas, mulheres com ações duvidosas e decisões que nos deixam em choque até o último episódio.

Com uma estética moderna, trilha sonora certeira e edição viciante, o reality é o tipo de entretenimento que nos diverte, mas também nos faz pensar. Assim como também é uma chance de se identificar, refletir e ver outras formas de amar ganharem espaço. Se você é fã de Casamento às Cegas ou  Tampa Baes, esse reality tem tudo para te conquistar.

A produção está disponível na Netflix e possui duas temporadas.

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LesB Indica | Hospital New Amsterdam – um drama médico que vale a pena conhecer

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Em meio a um mar de séries médicas, “Hospital New Amsterdam: Toda Vida Importa” se destaca por sua abordagem humanista e crítica ao sistema de saúde. Inspirada no livro Doze Pacientes: Vida e Morte no Hospital Bellevue, a produção acompanha o idealista Dr. Max Goodwin (Ryan Eggold) em sua missão de reformar um dos hospitais públicos mais antigos dos EUA, enfrentando burocracias e priorizando o cuidado ao paciente.

A série não apenas entrega casos médicos emocionantes, mas também mergulha nas complexidades pessoais de seus personagens. Um destaque é a Dra. Lauren Bloom (Janet Montgomery), chefe do departamento de emergência.

Lauren é chefe do setor de emergência e, desde os primeiros episódios, se destaca pela competência e pela intensidade com que vive cada aspecto da vida. Ao longo da série, ela enfrenta o vício em medicamentos (iniciado na adolescência com a prescrição de remédios para TDAH), uma luta silenciosa que muitas vezes passa despercebida em ambientes médicos. “Hospital New Amsterdam” trata do tema com sensibilidade e profundidade, mostrando como o vício afeta não apenas o desempenho profissional, mas também os relacionamentos e a percepção de si mesma.

LesB Indica | Os Bucaneiros – amor sáfico e rebeldia feminina em pleno século XIX

É justamente nesse contexto que conhecemos Leyla Shinwari (Shiva Kalaiselvan), uma médica paquistanesa determinada, inteligente e carismática. O relacionamento entre Lauren e Leyla floresce de maneira inesperada, iniciando como uma relação de apoio e evoluindo para algo mais profundo, mas também é marcado por conflitos éticos e profissionais. Leyla representa uma nova chance para Lauren, não apenas no amor, mas também na construção de uma vida mais equilibrada. No entanto, a relação é colocada à prova quando Lauren tenta ajudar Leyla a conseguir uma vaga no hospital, comprometendo a confiança entre as duas.

Crítica | Badhaai Do: Casamento por Conveniência – produção que aquece o coração

Com cinco temporadas, “Hospital New Amsterdam” é uma série que toca o espectador não apenas pelas emergências médicas, mas pelas histórias humanas que carrega. E Lauren Bloom é, sem dúvida, um dos grandes corações da série: imperfeita, intensa e profundamente humana. Além disso, a série aborda a bissexualidade de Lauren de maneira orgânica, sem recorrer a estereótipos.  Disponível no Globoplay, é uma excelente escolha para quem busca uma série médica que vai além dos clichês e valoriza a diversidade.

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