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FLIPOP 2020 | Resumo do último dia que contou com Rainbow Rowell, Bruna Viera, Iris Figueiredo e mais

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No último dia (12) da FLIPOP – Festival de Literatura POP, que aconteceu online no canal da editora Seguinte no YouTube, ocorreram quatro mesas que debateram questões como leitura obrigatória nas escolas, jovens que fazem poesia, procurar um agente literário e um bate-papo especial com a autora internacional Rainbow Rowell.

FLIPOP 2020 | Resumo do terceiro dia que contou com Kiersten White, Elayne Baeta, Thalita Rebouças e mais

A primeira mesa intitulada “Leitura obrigatória ou leitura de férias” teve como participante Iris Figueiredo, autora de “Céu sem estrelas” e da duologia “Confissões On-line”, Adriana Falcão, escritora e roteirista de “A Grande Família” e “A comédia da minha vida privada”, além de ter escrito livros que fazem sucesso até hoje como “Luna Clara e Apollo Onze” e “A Gaiola”, Janaina Tokitaka, escritora e ilustradora para crianças e adolescentes com as animações “Tem um monstro no meu jardim” e “Pedro vira um porco-espinho” com mediação de Patrícia Metzler.

Durante a conversa as participantes falaram da importância da Literatura na escola, e de como a educação e os professores tem um poder enorme na formação dos alunos como leitores. Também foi debatido o poder do livro na vida dos jovens e de como a representatividade é importante e necessária na vida dos leitores. Adriana Falcão citou o “Movimento Tropicália” como um dos marcos principais na cultura brasileira e de como a música também é super importante para o desenvolvimento crítico dos adolescentes. Ouvimos também Iris Figueiredo sendo certeira em sua crítica sobre como acontece uma mercantilização absurda da educação e como é uma rede gigante que envolve pais; sistema financeiro; questões políticas e a discrepância entre escolas públicas e privadas. Janaina Tokitaka enfatizou a importância das escolas incentivarem um pensamento critico e de como biblioteca são essenciais e indispensáveis na vida dos jovens.

FLIPOP 2020 | Resumo do segundo dia que contou com Ibi Zoboi, Natalia Borges Polesso e mais

A mesa também contou com uma surpresa final da autora Iris Figueiredo, revelando que a editora Seguinte vai relançar sua duologia “Confissões On-line” no primeiro semestre de 2021.

A segunda mesa do dia, chamada “Jovens que fazem poesia; jovens que leem poesia” contou com a presença de Bruna Vieira, autora de “Depois dos quinze” e “De volta aos quinze”, João Doederlein (akapoeta), autor de “O livro dos ressignificados” e Lorena Pimenta, autora de “Chorar de alegria”, com a mediação de Paulo Santana.

FLIPOP 2020 | Resumo do primeiro dia que contou com Casey McQuiston, Koda Gabriel, Vitor Martins e mais

O bate-papo foi iniciado com os autores falando sobre a importância da poesia na vida deles e de como se encontraram como escritores dentro deste campo literário. Também deram várias dicas de como os jovens que querem escrever poesias podem começar a fazer isso e da importância de persistir nos seus sonhos. Esta foi a única mesa de todo festival que trouxe o tema poesia como principal, o que nos faz pensar no quanto este assunto ainda é pouco discutido e no quanto – muitos leitores ainda tem bastante preconceito com esse gênero literário. A conversa terminou de forma super descontraída com a autora Lorena Pimenta recitando um dos seus poemas, intitulado de “Escorpião”.

Na terceira roda de conversa, intitulada “Procura-se um agente”, contamos com a presença de Guta Bauer, Mia Roman e Taissa Reis que são agentes literárias, com a mediação de Jana Bianchi. Esta foi a mesa da FLIPOP com mais informações técnicas durante esses quatro dias de festival. “Pensou em escrever um livro e não tem a menor ideia dos caminhos da publicação?” foi um dos assuntos mais pertinentes abordados no bate-papo, também foi citado como funciona mercado editorial e de como as agentes literárias são essenciais e indispensáveis para qualquer autor, tanto no inicio de carreira como aqueles que já estão atuando no mercado a mais tempo. A mesa foi muito esclarecedora para as pessoas que ainda não sabiam qual o trabalho “real” do agente e no chat ao vivo, ficou claro que existe muita gente interessada em seguir esta carreira aqui no Brasil.

Codinome Villanelle x Killing Eve: diferenças entre o livro e a série

O papo foi super descontraído e cheio de informações legais sobre a relação do agente com o autor e de como funciona a jornada para a publicação.

Por último, mas não sendo menos importante. A quarta mesa da FLIPOP contou com a autora internacional Rainbow Rowell, que teve a mediação do autor de “Quinze Dias” e “Um Milhão de Finais Felizes” Vitor Martins.

LesB Out! Mixtape #1: vamos conversar sobre música?

Durante o bate-papo Rainbow – que agora tem a Seguinte como casa editorial aqui no Brasil, também vai lançar o filme de um dos seus livros mais famoso “Eleanor e Park” e que está animada, porque ela vai ser a roteirista do mesmo. Ela também falou sobre a representação das minorias em seus livros e do quanto sentiu falta de ler obras que representassem isso durante sua jornada como leitora/escritora. A autora também contou como está passando a quarentena e que seus hábitos neste momento são basicamente: chorar e ouvir música.

Na mesa também foram abordados diversos assuntos sobre o papel que uma escritora com um espaço tão grande nas redes sociais tem com seus leitores e a sociedade no geral. O recado final foi que ela ama os fãs brasileiros e o país, e que adoraria estar presencialmente aqui para a FLIPOP.

Resenha | Conectadas – o clichê que toda garota que ama outra garota espera

Lembrando que quem não conseguiu acompanhar os quatro dias de festival, todas as mesas – com exceção da Rainbow Rowell, vão ficar disponíveis no canal da editora Seguinte no YouTube.

A FLIPOP é o Festival de Literatura Juvenil que está em sua 4ª edição e que com certeza faz toda diferença para vários jovens que gostam do mundo dos livros. E é claro que aguardamos com ansiedade a próxima edição desse festival.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

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No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando

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