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Review | The First Lady – minissérie sobre as primeiras-damas

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“The First Lady” é uma minissérie que tem o objetivo de explorar o ponto de vista das mulheres que ocuparam o papel de primeira-dama dos Estados Unidos; contar suas histórias, o seu lado dos fatos, assim como demonstrar a importância histórica deste papel, que ultrapassa a visão de esposa do presidente, e mostrando que essas mulheres também são importantes na construção da imagem desses governos.

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 09 – nossos pitacos sobre “First Kill”

A narrativa possui três núcleos: os Obamas, com Michelle (Viola Davis) e Barack Obama (O-T Fagbenle), mostrando a visão de Michelle pré e pós se tornar primeira-dama; de modo que o roteiro explora a passagem de tempo para contar como ela era antes das eleições, com sua vida, seu trabalho e, após as eleições, quando precisa abdicar de tudo para seguir seu marido.

Um ponto importante explorado no núcleo dos Obamas, por “The First Lady”, é o racismo, não só quando Michelle vê sua intimidade sendo invadida pelos agentes do serviço secreto, ainda quando Barack era candidato e sofreu ameaças de morte, como também após a eleição, como podemos ver na cena de seu primeiro dia na Casa Branca, quando ela se dá conta de que a maioria dos funcionários domésticos são negros, e fica diante da disparidade de realidade entre eles.

O segundo núcleo é composto por Betty (Michelle Pfeiffer) e Gerald Ford (Aaron Eckhart), uma história muito interessante por si só, já que estamos tratando de um presidente que não foi eleito. Gerald já era político, governador, mas acaba ocupando o cargo de Vice-Presidente após a renúncia de seu antecessor, e meses depois chega ao de Presidente, diante da renúncia de Nixon.

E diferente da trama das outras primeiras-damas, o mais intrigante sobre Betty não é seu papel “político”, mas sim acompanhar sua luta para se encaixar neste papel que ela caiu de paraquedas, e que intensifica ainda mais seus sentimentos de solidão e sua relação problemática com o álcool. Sem mencionar a relação que ela tem com a filha, Susan Ford, interpretada por ninguém menos que Dakota Fanning; a filha é sua confidente e este contato das duas nos permite aproximar da personagem, e de seus dramas.

Revista LesB Out!

O último núcleo é o de Eleanor (Gillian Anderson) e Franklin D. Roosevelt (Kiefer Sutherland), um dos mais famosos Presidentes dos Estado Unidos, entretanto, sua primeira-dama é uma das mais lembradas, principalmente diante de sua forte defesa dos direitos das mulheres, mesmo se tratando da década de 1920. Acompanhamos como seu marido insiste em deixá-la afastada da política, só que, por outro lado, ela tem importância significativa nas escolhas políticas e até nos discursos dele.

No núcleo da família Roosevelt, é explorado o apoio incondicional de Eleanor, em relação a sua jornada até a presidência, sendo ela a pessoa que mais acredita nele, mesmo diante de sua luta com a poliomielite; até sua relação com a jornalista Lorena Hickok (Lily Rabe). Depois que a primeira-dama descobre a traição do marido, suas vidas íntimas se distanciam, contudo, ela permanece ao seu lado em toda a jornada à Casa Branca.

“The First Lady” tem sim seus problemas: a mudança de núcleo muitas vezes cortando o clima, o que torna um pouco difícil se envolver com os dramas das personagens, ainda mais pelo fato das dificuldades encaradas por cada uma delas não se relacionarem, a não ser pelo mesmo papel que ocupam. Assim como, é difícil lidar com as caras e bocas feitas por Viola Davis e Gillian Anderson, na busca de reproduzir os trejeitos das primeiras-damas reais. E por mais que pareçam caricatos, principalmente no caso de Davis, diante do quanto conhecemos Michelle, isso não reduz a trama contada por suas personagens.

Ainda assim, é muito interessante conhecer o outro lado desta moeda que é o cargo de Presidente, da importância que possui o lugar de primeira-dama, para além de seu papel patriarcal. E para nós, espectadores, é intrigante acompanhar a vida “dupla” da família Roosevelt, que por mais que estivessem sempre juntos, viviam um casamento de fachada, em que o Presidente tinha suas amantes, assim como Eleanor se relacionava com Lorena.

LesB Indica | Dopesick – minissérie sobre a dependência em opióides

É essencial acompanhar histórias que mostram a vida de mulheres poderosas, invertendo os papéis principais, e “The First Lady”  faz exatamente isso, mostrando que as primeiras-damas não estão ali apenas para ocupar o papel de esposas modelos. É através da trama dessas três mulheres que a série demonstra como elas conseguiram influenciar importantes decisões políticas.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
3

Sinopse

Na Ala Leste da Casa Branca, muitas das decisões mais impactantes e que mudaram o mundo na história foram escondidas à vista de todos, feitas pelas primeiras-damas carismáticas, complexas e dinâmicas da América.

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Review | Sem Resquícios – Primeira Temporada

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Uma imigrante ilegal mexicana e uma cigana encontram um cadáver em um país europeu. Quais as chances de acreditarem que elas não são as culpadas pelo assassinato? É deste tema que se trata a série da Amazon Prime, chamada “Sin Huellas”, traduzida como “Sem Resquícios”, dirigida por Paco Caballero, Samantha López Speranza, Koldo Serra e Gemma Ferraté.

LesB Cast | Temporada 3 Episódio 13 – a segunda temporada de “Stupid Wife”

A trama apresenta Desi (Carolina Yuste), uma mulher livre, lésbica e divertida, que sabe aproveitar bem a vida noturna da cidade, e é muito engraçada; ela é aquela amiga louca e descontrolada que sempre está pronta para te apoiar com unhas e dentes. E Cati (Camila Sodi), uma mexicana imigrante, doce e até inocente demais, que chegou na Espanha com o objetivo de ganhar dinheiro e trazer a sua filha e a sua mãe para o país e prover uma vida melhor e um futuro diferente para a filha, além de tentar manter o seu casamento com um encostado.

Essas amigas, extremamente atrapalhadas, dividem um apartamento e trabalham juntas em uma empresa de limpeza. Logo no início da série, elas descobrem que a empresa onde trabalhavam, de forma terceirizada, declarou falência e ambas estavam demitidas.

Na busca de encontrar um trabalho rápido, acabam aceitando uma oportunidade de limpar a casa de uma família milionária. Ao serem contratadas, descobrem que, na verdade, ali foi a cena de um crime, se deparam com um corpo de mulher recém assassinada e para piorar, pegam acidentalmente uma mala cheia de euros e placas de ouro, que seriam destinadas a uma gangue de assassinos russos.

É, neste momento, que elas se dão conta que devem se livrar da culpa de um assassinato que não cometeram e de russos que querem matá-las por terem roubado o dinheiro destinado a eles. Como podem se livrar desta confusão ao qual foram colocadas e ainda saírem vivas? Uma certeza é que “Sem Resquícios” garante boas risadas e surpresas, com uma comédia de muita qualidade, ação e um casal sáfico com uma química extrema.

Resenha | De repente, namoradas – um romance leve que vale a pena

Ao sermos introduzidos ao núcleo policial, fica claro que a policial investigadora do caso é a ex-namorada da Desi. Claro que, ao longo dos episódios, surge a necessidade de saber mais sobre a relação de Desi e Irene (Silvia Alonso), a policial que entra na história investigando o crime e acaba se tornando cúmplice na busca de comprovar a inocência das meninas.

Acompanhamos pequenos flashbacks sobre a relação delas, o motivo da separação e o dia a dia dessa construção. A química das atrizes é muito forte e através do olhar expressam os sentimentos. Inclusive, os diálogos são bem elaborados.

Esta produção é uma indicação excelente para o final de semana, contudo, apenas para quem tem estômago “forte”, já que algumas cenas fortes e sangrentas fazem parte desta comédia espanhola.

Com um elenco de rosto conhecidos, por quem consome produções espanholas, um roteiro incrível, uma trilha sonora dançante e aqueles puxões de orelha nos preconceitos e temas tabus, que são abordados de forma inteligente, “Sem Resquícios” é uma produção que vale muito a pena.

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Review | Grease: Rise of The Pink Ladies – Primeira Temporada

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“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série de musical romântica dramática criada por Annabel Oakes (“Awkward”). A produção é um prequel do musical de mesmo nome, lançado em 1978. A série é ambientada em 1954, quatro anos antes da história de amor entre Danny Zuko e Sandy Olsson. Enquanto a gangue dos T-Birds já existe, a narrativa se propõe a mostrar como a gangue das Pink Ladies surgiu.

LesB Indica | Harley Quinn – uma produção que vale seu tempo

A narrativa acompanha a vida de Jane (Marisa Davila), uma adolescente que namora secretamente o quarterback Buddy (Jason Schmidt) até que ele permite que a escola inteira acredite em rumores inapropriados sobre ela. Em uma cidade onde cada pessoa é definida por sua reputação, isso a deixa alucinada para reparar o que as pessoas pensam sobre ela. Dessa forma, acaba se unindo a mais três párias sociais: Olivia (Cheyenne Isabel Wells), Cynthia (Ari Notartomaso) e Nancy (Tricia Fukuhara).

Olivia é uma estudante inteligente que manchou sua reputação no ano letivo anterior ao se envolver romanticamente com um professor. Nancy é uma aspirante a designer de moda e uma esquisita socialmente que foi largada pelas amigas por causa de garotos. Por fim, tem Cynthia, que sonha em se juntar aos T-Birds e vestir orgulhosamente a jaqueta de couro. Com o intuito de iniciar uma revolução no Rydell High, elas criam a gangue de garotas Pink Ladies.

A personagem de Notartomaso é uma verdadeira moleca e não performa feminilidade. Quando ela é obrigada a entrar no grupo de teatro (por causa das confusões que as Pink Ladies cometeram), acaba conhecendo Lydia (Niamh Wilson), uma atriz dedicada e totalmente confiante de suas habilidades artísticas, que a princípio desaprova as aptidões de Cynthia.

Em uma energia “enemies to lovers”, Cynthia e Lydia são forçadas a treinar falas da apresentação do clube de teatro todos os dias, o que aflora os sentimentos das duas. Da hostilidade pura e muitos beijos de “brincadeirinha”, começam a desenvolver sentimentos reais uma pela outra. Além delas serem um casal bem explorado e com bastante química, apesar de escondido por causa do contexto da época, Cynthia protagoniza um momento de saída do armário sensível e genuíno ao lado de uma das suas melhoras amigas Nancy.

“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série que sabe mesclar bem a década de 1950 com referências ao mundo moderno da geração Z. As músicas não são muito cativantes se comparadas ao musical original, no entanto, a história da produção conquista nos detalhes: as menções ao filme, o grupo de garotas encantador e principalmente, a representatividade e diversidade do elenco.

LesB Cast | Temporada 3 Episódio 08 – as melhores séries de 2023 até o momento

Infelizmente, a produção foi cancelada com apenas uma temporada e sairá do streaming da Paramount+ nos próximos dias. A série não teve a oportunidade de encontrar seu público ideal e explorar ainda mais a história das personagens principais, que individualmente e coletivamente, possuíam muito potencial.

Leve e revigorante, a produção conseguiu debater temas como racismo e sexismo, e ainda entregar cenas nostálgicas para quem acompanhou a história de amor de Danny e Sandy. “Grease: Rise of The Pink Ladies” tinha uma potencialidade absurda de brilhar, mas, para a tristeza do público, a série acabou cedo demais e só deixou a saudade do que poderia ser uma narrativa épica.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4.7

Sinopse

Um spinoff do musical original de John Travolta e Olivia Newton John de 1978.

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Review | Dois Tempos – Primeira Temporada

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A nova série nacional da plataforma Star+ foi lançada dia 10 de maio e carrega o nome “Dois Tempos”, a trama mostra a vida de duas garotas separadas por um século, que um dia trocam de corpo. A obra da diretora Vera Egito conta com as protagonistas Paz (Sol Menezzes), uma influenciadora digital de 2022, e Cecília (Mari Oliveira), aspirante a escritora de 1922.

As melhores séries com personagens femininas LGBTQIA+ de 2023 até o momento

Como o nome já diz, as duas garotas são de épocas diferentes e em uma noite, frustradas com suas respectivas realidades, fazem um apelo ao universo para que possam ‘ser livres’, assim elas trocam de corpo. A influencer vai para 1922, onde se encontra em um casamento por conveniência e uma família um tanto suspeita, e logo entende o que aconteceu e começa a procurar uma forma de voltar a sua realidade.

Enquanto isso, Cecília aproveita as maravilhas do mundo novo. Junto ao amigo de Paz, Tiago (Leonardo Bianchi), ela vai até o centro cultural de Água Marinha, onde conhece sua paixão, Maria (Pâmela Germano). Nesse primeiro encontro, elas tem uma forte conexão, mas, ao decorrer dos acontecimentos, a relação passa a ter muitos altos e baixos em um curto período. É interessante ver que em “Dois Tempos” as coisas não são por acaso e os acontecimentos estão conectados entre as épocas.

Em 2022, a cidade de Água Marinha é apresentada como a terra das mulheres fortes que lutam e protegem umas as outras, mas é quando Paz está em 1922 que podemos ver como a modernidade nas atitudes da garota ‘influenciam’ as mulheres a sua volta, moldando aquele lugar aos poucos para se tornar o que vemos com Cecília em 2022.

Resenha | A lista da sorte – um livro para se apaixonar

A produção tem oito episódios e flerta muito com a comédia, mas não deixa de explicar como as coisas acontecem, como o fato de Maria possuir o antigo caderno que Cecília escrevia, o que se torna a única forma de comunicação entre os dois tempos e ajuda a garota a acreditar que aquilo realmente era verdade. O final fica aberto para uma continuação, mas nada ainda foi confirmado pela plataforma ou a empresa produtora.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4

Sinopse

Duas garotas misteriosamente viajam no tempo e vão parar uma no corpo – e no século – da outra.

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Bombando