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Pro Mundo (Out!) | Tara Chambler e seu desenvolvimento em The Walking Dead

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“The Walking Dead” é uma série televisiva norte-americana que estreou em 2010, na AMC, baseada nas revistas em quadrinhos de mesmo nome. A história acompanha a vida de diversos sobreviventes após um apocalipse zumbi, liderados pelo ex-policial, Rick Grimes (Andrew Lincoln). Durante os mais de dez anos no ar, a produção trouxe alguns personagens LGBTQIA+, uma delas é Tara Chambler (Alanna Masterson).

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Tara Chambler chegou à trama na quarta temporada, no episódio “Live Bait”. A sua primeira aparição foi recebendo o Philip Blake – o famoso Governador – (David Morrissey) armada em sua casa. Após a morte de seu pai, a jovem aceita a proposta para acompanhar o Governador na viagem que planejava realizar. Assim começou a sua trajetória como uma das personagens regulares da série, tentando sobreviver, dia após dia, ao caos do mundo pós-apocalíptico.

Apesar de ter uma aparência ingênua no início da série, ela foi uma das personagem que mais teve desenvolvimento na história, tornando-se uma das sobreviventes mais antigas de “The Walking Dead”. Tara ganhou a confiança do grupo de Rick, foi protagonista de diversos momentos marcantes e, ao longo do anos, se tornou uma pessoa forte, capaz de enfrentar zumbis e acampamentos inimigos.

Tara Chambler participou de alguns episódios marcantes, como o ataque do Governador à prisão de Rick, viveu a alegria de encontrar um lugar seguro em Alexandria, entretanto, vivenciou os momentos de combate no local. Além disso, participou ativamente da grande guerra contra os Salvadores. A jovem era cheia de personalidade e conseguiu ser uma das líderes Hilltop. Tudo isso a construiu, deixando-a cada vez mais preparada e resistente ao novo mundo. 

A sexualidade também foi um dos pontos abordados na série desde o início de forma natural. Na quarta temporada, se relacionou com Alisha (Juliana Harkavy), membro de um acampamento que ela se juntou, contudo, as duas não tiveram tempo de desenvolver uma relação longa porque a companheira dela morre em um confronto com o grupo de Rick. Mais tarde, ela se relaciona com Dra. Denise Cloyd (Merritt Wever), médica de Alexandria, que também acaba morrendo, com uma flecha no olho.

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É importante ressaltar que o universo “The Walking Dead”, nessa longa jornada na televisão norte-americana, conseguiu apresentar personagens LGBTQIA+, alguns deles faleceram no decorrer da trama, tiveram pouca ou nenhum desenvolvimento a respeito de seus relacionamentos. Tara foi uma das personagens regulares que teve um pouco mais de atenção quanto à sexualidade.

O desfecho de sua história na produção não agradou a todos os espectadores, mesmo que a morte de personagens seja muito comum em “The Walking Dead”, que não poupa nem mesmo os protagonistas. Ela foi uma das vítimas da estaca de Alpha, líder dos Sussurradores (comunidade inimiga), ela foi decapitada e depois sua cabeça foi colocada em uma lança de madeira, na fronteira que dividia o território dos grupos. O episódio deixou o público bastante chocado, já que ela havia ganhado a simpatia dos espectadores e era uma representatividade na produção.

Tara Chambler terminou sua jornada em “The Walking Dead” fazendo parte do núcleo principal da série e sendo uma das mais queridas pelos telespectadores. A sobrevivente se desenvolveu durante os anos ao lado de seu grupo, que pode ser chamado de sua família. Tornou-se uma personagem segura, com uma bela desenvoltura em cena, capaz de combater os zumbis e seus piores inimigos. De uma jovem ingênua para uma mulher corajosa, finalizou a sua narrativa de forma brilhante e deixando muitas saudades no coração dos fãs.

“The Walking Dead” está disponível nos canais de streaming Netflix e Star+.


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LesB Indica | Veep – política, sarcasmo e um amor que floresce no meio do caos

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Se política e comédia parecem uma mistura improvável, “Veep” prova que juntas elas podem ser brilhantes. A série, disponível na HBO, acompanha Selina Meyer (Julia Louis-Dreyfus), uma vice-presidente dos Estados Unidos ambiciosa, sarcástica e completamente despreparada para lidar com o caos da política americana e com o próprio ego.

Ao longo das temporadas, “Veep” se consolida como uma das sátiras políticas mais inteligentes já feitas. O roteiro é rápido, ácido e sem piedade: ninguém é poupado, muito menos Selina, que tenta desesperadamente deixar sua marca enquanto tropeça nas próprias decisões. É o tipo de série que te faz rir de situações absurdas que, por vezes, lembram demais a realidade.

Mas o que coloca a série aqui no LesB Out! vai além das risadas. É nesse cenário totalmente disfuncional que conhecemos Catherine Meyer (Sarah Sutherland), a filha de Selina. Sensível e frequentemente ignorada pela mãe, Catherine começa como uma figura tímida, à sombra do brilho político (e egocêntrico) de Selina. No entanto, conforme a série avança, ela se torna um dos pontos-chave da produção, sendo completamente oposta à mãe.

LesB Indica | O Ultimato: Queer Love – realidade, drama e amor entre mulheres

O arco de Catherine é marcado por autodescoberta. Ao longo da história, ela percebe que seus relacionamentos com homens nunca deram certo porque, na verdade, ela não se sentia atraída por eles. Essa jornada culmina em um dos momentos mais sinceros da série: quando Catherine se apaixona por Marjorie (Clea DuVall), agente do Serviço Secreto designada para proteger Selina.

O romance das duas nasce de forma inimaginável, o que contrasta com o meio carregado de cinismo que domina o universo de “Veep”. A relação entre Catherine e Marjorie é sutil, mas significativa. Enquanto Selina vive obcecada por poder e validação pública, Catherine busca algo mais genuíno: conexão e afeto.

Outro destaque é o espaço que a série dá para personagens femininas complexas.  A série não idealiza suas mulheres: elas são falhas, contraditórias, cínicas e, por isso mesmo, profundamente humanas. Entre escândalos, discursos improvisados e egos inflados, vemos o quanto o poder pode corromper, mas também revelar o melhor (e o pior) de quem o busca.

5 séries que lançaram temporadas esse ano (e talvez você não tenha assistido ainda)

Com sete temporadas disponíveis na HBO, “Veep” continua sendo uma das comédias políticas mais afiadas já feitas e, de quebra, entrega representatividade sem forçar o riso. Catherine Meyer pode não ocupar o Salão Oval, mas definitivamente conquista o público. Se você ama diálogos afiados, personagens moralmente questionáveis e uma boa dose de ironia, essa é a pedida perfeita.

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LesB Indica | O Ultimato: Queer Love – realidade, drama e amor entre mulheres

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Casais da Primeira Temporada de "O Ultimo: Queer Love"

Se você curte um bom reality de relacionamentos com tensão, emoção e muita visibilidade sáfica, “O Ultimato: Queer Love” é aquele tipo de programa que prende do começo ao fim. A produção acompanha cinco casais formados por mulheres (e pessoas não-binárias) vivendo um ultimato: casar ou terminar de vez.

A proposta é simples, mas o impacto emocional é intenso. Uma das pessoas do casal está pronta para o casamento; a outra, cheia de dúvidas. Para testar o relacionamento, cada participante passa três semanas vivendo com uma nova “esposa” escolhida entre as outras participantes e, depois, mais três semanas com sua parceira original. No final da experiência, as participantes só têm três opções: sair noiva da parceira original, sair noiva da parceira experimental ou sair solteira. O resultado? Um caldeirão de ciúmes, descobertas, conflitos e muitas conversas sinceras sobre amor, liberdade e futuro.

LesB Indica | Hospital New Amsterdam – um drama médico que vale a pena conhecer

Mais do que um reality de pegação ou intrigas, “O Ultimato: Queer Love” chama atenção por dar protagonismo a narrativas que raramente vemos nesse formato. São mulheres lésbicas/bissexuais e pessoas não-binárias sendo vulneráveis na frente das câmeras, questionando o que realmente esperam de um relacionamento e quais são os limites do amor. É uma montanha-russa emocional, com casais pelos quais você torce, outros que você quer ver bem longe e momentos que vão fazer você pausar só pra respirar.

Casais da segunda temporada de "O Ultimato: Queer Love"
A representatividade importa e aqui, ela é entregue sem filtros. Entre discussões sobre monogamia, maternidade, identidade de gênero e traumas do passado, o programa joga luz em questões profundas e reais do universo LGBTQIA+. Ao mesmo tempo, não deixa de oferecer os elementos que tornam um reality irresistível: tretas memoráveis, reviravoltas, mulheres com ações duvidosas e decisões que nos deixam em choque até o último episódio.

Com uma estética moderna, trilha sonora certeira e edição viciante, o reality é o tipo de entretenimento que nos diverte, mas também nos faz pensar. Assim como também é uma chance de se identificar, refletir e ver outras formas de amar ganharem espaço. Se você é fã de Casamento às Cegas ou  Tampa Baes, esse reality tem tudo para te conquistar.

A produção está disponível na Netflix e possui duas temporadas.

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LesB Indica | Hospital New Amsterdam – um drama médico que vale a pena conhecer

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Em meio a um mar de séries médicas, “Hospital New Amsterdam: Toda Vida Importa” se destaca por sua abordagem humanista e crítica ao sistema de saúde. Inspirada no livro Doze Pacientes: Vida e Morte no Hospital Bellevue, a produção acompanha o idealista Dr. Max Goodwin (Ryan Eggold) em sua missão de reformar um dos hospitais públicos mais antigos dos EUA, enfrentando burocracias e priorizando o cuidado ao paciente.

A série não apenas entrega casos médicos emocionantes, mas também mergulha nas complexidades pessoais de seus personagens. Um destaque é a Dra. Lauren Bloom (Janet Montgomery), chefe do departamento de emergência.

Lauren é chefe do setor de emergência e, desde os primeiros episódios, se destaca pela competência e pela intensidade com que vive cada aspecto da vida. Ao longo da série, ela enfrenta o vício em medicamentos (iniciado na adolescência com a prescrição de remédios para TDAH), uma luta silenciosa que muitas vezes passa despercebida em ambientes médicos. “Hospital New Amsterdam” trata do tema com sensibilidade e profundidade, mostrando como o vício afeta não apenas o desempenho profissional, mas também os relacionamentos e a percepção de si mesma.

LesB Indica | Os Bucaneiros – amor sáfico e rebeldia feminina em pleno século XIX

É justamente nesse contexto que conhecemos Leyla Shinwari (Shiva Kalaiselvan), uma médica paquistanesa determinada, inteligente e carismática. O relacionamento entre Lauren e Leyla floresce de maneira inesperada, iniciando como uma relação de apoio e evoluindo para algo mais profundo, mas também é marcado por conflitos éticos e profissionais. Leyla representa uma nova chance para Lauren, não apenas no amor, mas também na construção de uma vida mais equilibrada. No entanto, a relação é colocada à prova quando Lauren tenta ajudar Leyla a conseguir uma vaga no hospital, comprometendo a confiança entre as duas.

Crítica | Badhaai Do: Casamento por Conveniência – produção que aquece o coração

Com cinco temporadas, “Hospital New Amsterdam” é uma série que toca o espectador não apenas pelas emergências médicas, mas pelas histórias humanas que carrega. E Lauren Bloom é, sem dúvida, um dos grandes corações da série: imperfeita, intensa e profundamente humana. Além disso, a série aborda a bissexualidade de Lauren de maneira orgânica, sem recorrer a estereótipos.  Disponível no Globoplay, é uma excelente escolha para quem busca uma série médica que vai além dos clichês e valoriza a diversidade.

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Bombando