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Aruanas – o protagonismo feminino no ativismo ambiental

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“Aruanas” é uma série de drama da plataforma Globoplay, lançada em 2019, com roteiro de Estela Renner, Marcos Nisti, Carolina Kotscho e Augusto CanadiCom direção de Estela Renner, Bruno Safadi, Lucio Tavares e Mariana Richard, conhecemos Aruanas, ONG que representa a força das ativistas que lutam a todo vapor para proteger o meio ambiente e evitar as consequências para a humanidade.

Crítica | Nós Duas – um longa-metragem cujo amor é seu background

Luiza (Leandra Leal), Natalie (Débora Falabella), Verônica (Taís Araújo) e Clara (Thainá Duarte), junto a seus companheiros de ativismo, tentam evitar que uma reserva na Amazônia seja explorada ilegalmente, causando sérios danos para o meio ambiente e para as pessoas que residem no local. 

Baseada em fatos reais, a narrativa retrata a luta contra o garimpo ilegal, desmatamento e contaminações de rios. Portanto, vemos a luta das personagens contra a extração de minério que resulta na liberação de mercúrio, contaminando a água, os animais e os residentes locais. A exploração de riquezas de forma imediata, sem pensar nas consequências a longo prazo, fazendo com que seus telespectadores abram os olhos para o ativismo ambiental. Importante citar que esta série é escrita por ativistas com acompanhamento próximo a pessoas do Greenpeace.

Heartstopper – uma obra sensível e essencial para jovens adolescentes

“Aruanas”, “sentinelas da natureza” em Tupi Guarani, nos apresenta personalidades únicas como Natalie, jornalista e ativista, Luiza, ativista ambiental, Verônica, advogada bem sucedida e extremamente ligada a causas da ONG Aruanas, e Clara, ativista e que abordará uma trama pessoal sobre relacionamento abusivo.

Vemos a dualidade dos vilões, de como podem ser egoístas, inconsequentes e fazer de tudo por amor ao que acreditam, mostrando o lado humano de cada um, que muitas vezes não é bem vista, por ser o lado ruim do ser humano, o que nos recusamos a falar, mas que existe. E assim conhecemos Olga (Camila Pitanga), ambiciosa, que se aproveita do seu poder de sedução, advogada, mulher rica que tem acesso ao congresso, poder e sabe como usá-lo a seu favor com racionalidade. E Miguel (Luiz Carlos), cliente da Olga, que enxerga ela como uma igual, mesmo sendo seu chefe e entendendo que ela está cuidando deste trâmites não porque precisa, mas pela sede de poder.

A força do protagonismo feminino, seja ao lado das mocinhas ou da vilã, chegou para mostrar que nem tudo é preto no branco, que a mocinha, que luta pela sustentabilidade, pode sim ser a que traí a melhor amiga. E também ficamos presas no desenrolar da trama quanto ao caso de dois personagens, gerando o questionamento sobre como se sucederá a descoberta, como permanecer em uma luta ao lado da pessoa em que mais confiava e que a traiu no âmbito pessoal?

Uma série sobre pessoas da vida real que correm perigos diários em prol de proteger o nosso ecossistema e sustentabilidade, que faltava nas produções brasileiras. Um olhar para os locais que, por não serem próximos da nossa realidade, são esquecidos e abandonados.

LesB Indica | Vovó Saiu do Armário – longa-metragem necessário e importante

A primeira temporada está disponível no Globoplay, assim como a segunda que foi lançada recentemente. Que tal assistir e nos contar o que achou? Aguardo a opinião de vocês 😉

Viviane Marques é paulistana, formada em marketing e amante da arte. Atualmente estuda teatro para formação e é bailarina por paixão. Vive em constante desconstrução e escrever é uma forma de sobreviver ao dia a dia e as constantes mudanças no mundo.

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Crítica | Por Trás da Inocência – longa-metragem com potencial não explorado

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“Por Trás da Inocência” é um filme de 2021 que conta a história de Mary Morrison (Kristin Davis), uma famosa escritora de suspense, se preparando para embarcar em uma nova obra, a autora decide contratar uma babá para ajudar nos cuidados com as crianças.

LesB Indica | Badhaai Do – uma salada de casamento de fachada, confusão familiar e amor

No entanto, a trama sinistra do livro começa a se misturar com a realidade. Mary seria vítima de uma perigosa intrusa, ou estaria imaginando as ameaças? Conforme o livro da escritora se desenvolve, a vida dos familiares é colocada em risco.

Quando assistimos a candidata a babá Grace (Greer Grammer) entrar pela porta, ela faz uma cara de psicopata à câmera. Clássico. E em uma de suas primeiras frases, a garota comportada até demais afirma: “Eu sou um pouco obsessiva”. E é neste momento que já conseguimos pensar no que vem pela frente.

O que mais incomoda nessa personagem é que ela foi fetichizada desde o início de “Por Trás da Inocência”. Ela parece ser constantemente usada para justificar a “nova” atração de Mary por mulheres, que até então nunca tinha acontecido. É como se Mary tivesse sido privada de todos os seus desejos e somente com a chegada dela tudo emergisse.

Soa familiar para vocês?

LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

A diretora e roteirista Anna Elizabeth James tem a mão leve para a condução das cenas. Talvez ela tema que suas simbologias não sejam claras o bastante, ou duvide da capacidade de compreensão do espectador. De qualquer modo, ressalta suas intenções ao limite do absurdo: o erotismo entre as duas mulheres se confirma por uma sucessão vertiginosa de fusões, sobreposições, câmeras lentas e imagens deslizando por todos os lados, sem saber onde parar.

A escritora bebe uísque e fuma charutos o dia inteiro (é preciso colocar um objeto fálico na boca, claro), enquanto a funcionária mostra os seios, segura facas de maneira sensual e acidentalmente entra no quarto da patroa sem bater na porta. “Por trás da inocência” se torna um herdeiro direto da estética soft porn da televisão aberta por suas simplicidades e exageros. Ou seja, típico filme feito para agradar homens.

Este é o clássico filme sáfico que poderia ser muito bom, mas foi apenas mediano. Infelizmente, o longa só nos mostra mais uma vez o quanto ainda temos um longo caminho pela frente nessa indústria.

ANNE+: O Filme e o relacionamento de Anne e Sara em uma nova fase

“Por trás da inocência” está disponível para assistir na Netflix.

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LesB Cast | Temporada 2 Episódio 02 – The Wilds e teorias para a segunda temporada

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Fala LesBiCats, o LesB Cast está de volta com um novo episódio. Desta vez, vamos conversar sobre a série do Prime Video “The Wilds”, que retorna dia 6 de maio, o desenvolvimento das personagens ao longo da primeira temporada e PRINCIPALMENTE, o que esperamos do segundo ano da produção. Estão preparadas para nossas teorias?

Nesta edição contamos com a presença da nossa apresentadora Grasielly Sousa, nossa editora-chefe Karolen Passos, nossa diretora de arte Bruna Fentanes e nossa colaboradora França Louise. E aí, vamos conversar sobre “The Wilds”?

Se você gostar do nosso podcast, quiser fazer uma pergunta ou sugerir uma pauta, envie-nos uma DM em nossas redes sociais ou um e-mail para podcast@lesbout.com.br 😉

Créditos:

Lembrando que nosso podcast pode ser escutado nas principais plataformas como: Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music e Google Podcasts.

Espero que gostem. Até a próxima!

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LesB Saúde | A descoberta tardia da sexualidade

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Com a evolução de se ter a cultura sáfica (sáfica aqui carrega o sentido de mulheres que se relacionam com outras mulheres) sendo representada em produções artísticas e na mídia como livros, filmes e séries, se observarmos bem, nesses espaços o tema, na maioria das vezes, vem sendo abordado com a descoberta da sexualidade durante a adolescência. E sim, é importante ter essas produções voltadas para a identificação do público juvenil, entretanto, também se faz importante discutir sobre as possibilidades dessa descoberta em outras fases da vida, esse texto tem a intenção de refletir sobre isso.

Diante das outras possibilidades da descoberta, podemos usar como exemplo o recente casal Gabilana (Gabriela e Ilana) que vem sendo bastante falado; as personagens são interpretadas por Natália Lage e Mariana Lima na novela “Um Lugar ao Sol”, da Rede Globo. Casal esse que conseguiu ficar junto na trama só depois de 20 anos após se conhecerem, depois dos desencontros da vida. Durante o desenvolvimento da história das duas podemos perceber como elas lidaram com a heterossexualidade compulsória, o medo do julgamento e de se permitirem vivenciar quem são de verdade.

Pro Mundo (Out!) | Um pouco sobre Ilana Prates de “Um Lugar ao Sol”

Devemos considerar também que, para além de toda a invisibilidade percebida na mídia, o nosso dia a dia também faz parte desse processo de reconhecimento. Estamos atentas para conhecermos e conversarmos com mulheres que vivem essa realidade depois de certa idade, sendo esta uma idade que a sociedade julga como “errada” para descobrir a sua sexualidade. Portanto, o que essas mulheres sentem depois que percebem que estão nessa situação?

A experiência de mulheres que passam por essa descoberta “tardia” não envolve só a descoberta em si, mas devemos olhar também para outras complexidades que vêm com isso, como o sentimento de invalidação da sua sexualidade, além do possível sofrimento causado depois de anos experienciando o que as impedem de viver plenamente o que sentem.

Review | Heartstopper – Primeira Temporada

A representação da mídia traz aqui um papel importante, já que provavelmente mulheres dessas vivências passam pelo questionamento “não existem pessoas como eu?” e indagações semelhantes. A sensação de reconhecimento, além da troca com outras mulheres que passam pelo mesmo, pode importar e fazer a diferença na vida de quem é atravessada por essas questões.

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Bombando