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Literatura

4 livros com personagens sáficas favoritos de 2022

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Em 2022, tiveram muitos lançamentos de livros com personagens sáficas que conquistaram o coração das leitoras. Pensando nisso, cada colaboradora de literatura resolveu indicar o seu livro favorito do ano passado. Quer saber quais são eles? Confira abaixo!

Ela fica com a garota – Editora Alt | por Monica Teixeira

“Ela fica com a garota” apresenta Molly e Alex, duas universitárias, com personalidades bem diferentes que têm seus caminhos cruzados. Molly quer ser uma pessoa mais sociável, conseguir fazer amigos e de quebra conquistar uma menina por quem é apaixonada desde a escola. Já Alex precisa provar para a ex-namorada que é uma garota “boa”. As duas fazem um acordo de ajuda mútua, elas só não esperavam que no meio do caminho os sentimentos ficariam muito mais fortes.

Com autoria de Rachel Lippincontt e Alyson Derrick, a narrativa encanta por vários motivos, mas, um dos principais, é poder acompanhar o desenvolvimento da história pelo ponto de vista das duas personagens. Com os capítulos divididos, ora com a visão de Moll, ora com a visão de Alex, é possível acompanhar as diferentes formas com que elas interpretam as situações e como cada uma se apaixona do seu jeito. Esse modo de contar uma trama também ajuda a aproximar o leitor dos personagens, é como se estivéssemos lendo um diário, o que torna toda a experiência da leitura mais cativante.

A jogada do amor – Editora Alt | por Pollyelly Florêncio

Quem não gosta de um clichê romântico que surge de um enemies to lovers?! Pois é, “A jogada do amor” é um desses clichês graciosos de ler, em que as personagens se odeiam, mas fazem um acordo para fingir ser um casal, e ambas levarem algo com isso.

Mas, para além de todo o clichê, o que me fez amar este livro foi, definitivamente, Irene Abraham, simplesmente por ser impossível não gostar da personagem desde o início, mesmo que a obra seja narrada pela Scottie Zajac, e ela deixar claro desde o início seu ódio por Irene, ainda assim, sempre que a personagem está presente, ela traz algo de interessante para a trama.

Seja por, incialmente, você não entender exatamente a personagem, por ter esse mistério por trás das atitudes que levaram Scottie a odiá-la, e/ou pela personalidade interessante e o jeito inteligente, um tanto soberbo, de Irene. Enfim, Irene Abraham, me ganhou desde o início, de modo que eu precisava terminar a história para saber com quem ela ficaria, e principalmente, para entender um pouco as reais motivações da personagem.

Enfim, leiam “A jogada do amor”, vocês também irão se apaixonar por Irene Abraham.

O legado de Chandler – Editora Harper Collins | por Shirley Pinheiro

Na Academia Chandler, um colégio interno extremamente elitista e tradicional, encontram-se cinco jovens de classes sociais completamente diferentes, alguns até com rivalidades de anos anteriores. Reunidos em um clube de escrita, Beth Kramer, Sarah Brunson, Amanda Spencer (Spence), Ramin Golafshar e Freddy Bello, encontram uns nos outros, não somente colegas de escrita, mas um espaço seguro para se mostrarem como são e explorarem a si mesmos através da escrita.

A história de Abdi Nazemian é sensível e brutal na mesma medida e aborda temas como sexualidade, raça, assédio, bullying e homofobia, sempre com a sensibilidade exigida por cada assunto. Além disso, os acontecimentos são permeados pela reflexão acerca da importância e o poder que ela exerce sobre os que se dedicam a esta arte.

LesB Cast | Temporada 3 Episódio 04 – “Harlem” e a representatividade feminina negra LGBTQIA+

Delilah Green não está nem aí – Editora Arqueiro | por Bruna Fentanes

“Delilah Green não está nem aí” é o primeiro livro da série Bright Falls, da autora Ashley Herring Blake, lançado no Brasil pela Editora Arqueiro. A história acompanha dois pontos de vistas: Delilah Green que jurou nunca mais voltar para a cidade onde cresceu, devido as suas memórias da infância fracassada e desprezo da sua madrasta e irmã postiça, Astrid. E do outro lado tem a Claire Sutherland, uma das amigas de infância de Astrid, que, ao mesmo tempo em que cria a sua filha pré-adolescente sozinha, ainda tem que gerenciar uma livraria e um ex nada confiável.

Um dos pontos principais para este livro ser tão especial é o fato das protagonistas serem adultas com problemas reais, além de que, uma personagem é lésbica e a outra é bissexual com uma filha (uma situação muito difícil de se encontrar em narrativas sáficas). É um romance slow burn que te proporcionará boas risadas, cenas quentes bem escritas, boas doses de drama e um casal que aquecerá seu coração.


Agora comente qual foi a sua obra favorita de 2022 😉

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Literatura

Resenha | Nunca é Tarde para a Festa – uma história sensível sobre se permitir ser quem você é

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Ficha Técnica
Livro: Nunca é tarde para a festa
Autora: Kelly Quindlen
Editora: Alt
Número de Páginas: 320
Ano de lançamento: 2025


Sabe aqueles livros que parecem te dar um abraço apertado enquanto te fazem refletir sobre quem você é e quem quer se tornar? “Nunca é tarde para a festa” é exatamente assim.

Publicado pela Editora Alt e da mesma autora de “A jogada do amor”, a história apresenta uma escrita sensível, divertida e cheia de representatividade, que conquista por sua honestidade e pela forma delicada com que trata temas como amizade, autoaceitação e a liberdade de viver fora das caixinhas que o mundo insiste em nos empurrar.

“— Olha. Você tem que entender seus motivos por trás disso. Às vezes, mentimos porque estamos nos colocando em primeiro lugar.”

Codi nunca foi o tipo de adolescente que se encaixa nos padrões. Lésbica, reservada e completamente apaixonada por noites tranquilas no porão com seus melhores amigos, Maritza (bissexual) e JaKory (gay), ela achava que já tinha encontrado sua versão final. Mas tudo muda quando ela decide, meio a contragosto, ir a uma festa do colégio e flagra Ricky, o garoto mais popular da escola, beijando outro garoto. A partir daí, nasce uma amizade improvável entre os dois, construída entre segredos, descobertas e a tentativa de se encontrar em meio ao caos da adolescência.

Ricky convida Codi para um verão cheio de festas, novas experiências e, claro, uma garota chamada Lydia, que é um verdadeiro raio de sol e conquista tanto Codi quanto o leitor. O romance entre as duas é leve, doce e totalmente digno de torcida, mas nunca se sobrepõe ao foco principal do livro: a jornada de autoconhecimento.

O ponto mais tocante da história é como ela mostra que não existe um jeito “certo” de viver a juventude. Algumas pessoas gostam de multidões e música alta; outras preferem uma noite de filmes com os amigos. E tudo bem. “Nunca é tarde para a festa” fala sobre isso com uma honestidade rara — sobre como a gente tenta caber nos moldes que criam pra gente (seja a família, os amigos, ou a sociedade) e como é libertador perceber que a única expectativa que realmente importa é a sua.

É impossível não se emocionar com os conflitos internos da Codi. Ela erra, principalmente ao esconder partes importantes de sua nova vida dos seus melhores amigos, mas o faz para proteger Ricky e respeitar o tempo dele. Isso torna tudo ainda mais real. Afinal, crescer também é isso: tomar decisões difíceis, lidar com as consequências e aprender no processo.

Resenha | Temporada relativa – uma boa leitura de fim de tarde

Outro destaque emocionante é o relacionamento da Codi com seu irmão mais novo, Grant. A evolução dessa relação traz uma camada extra de sensibilidade à narrativa, especialmente por tocar naquela insegurança silenciosa que muitos de nós carregamos: o medo de decepcionar quem amamos. Ver como esse vínculo se transforma ao longo da história é reconfortante e cheio de significado (principalmente para quem tem irmãos mais novos).

“Nunca é tarde para a festa” é um convite para quem está se descobrindo, para quem já se descobriu, e para quem ainda está tentando entender qual caminho quer seguir. Uma história que não romantiza a adolescência, mas a mostra em sua complexidade, com seus altos, baixos, e todos os tons entre eles. Prepare o coração, porque essa história vai mexer com você.

  • História
  • Personagens
4

Sinopse

Codi nunca foi de ir a festas. Nunca ficou fora até tarde. Nunca sequer foi beijada. E não é só porque ela gosta de meninas — é porque sua ideia de diversão perfeita sempre foi passar a noite no porão com seus melhores amigos, Maritza e JaKory, maratonando séries da Netflix. Mas quando eles insistem em ir a uma festa do colégio, sua vida muda completamente.

Entre luzes piscando e música alta, Codi flagra Ricky, o garoto mais popular da escola, beijando outro garoto — e, a partir desse segredo, nasce uma amizade improvável. Em troca do silêncio de Codi, Ricky a coloca sob sua proteção e a atrai para um verão intenso, cheio de noitadas, novas experiências e uma garota muito bonita chamada Lydia. O único problema? Codi decide esconder tudo isso de Maritza e JaKory e, de repente, se vê dividida entre a vida que sempre teve e a nova versão de si mesma que está aprendendo a amar.

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Literatura

Resenha | Temporada relativa – uma boa leitura de fim de tarde

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Ficha Técnica
Livro: Temporada relativa
Autora: Mary Abade
Editora: Independente
Número de Páginas: 35
Ano de Lançamento: 2023


“Temporada relativa” é um conto publicado de forma independente pela autora tocantinense Mary Abade. O conto é repleto de nostalgia da adolescência e momentos fofos entre as protagonistas.

Neste conto acompanhamos Maria Francisca Einstein (sem nenhum parentesco, nem mesmo longínquo com o famoso físico) na sua tão esperada viagem de 15 anos para conhecer o mar. O que Maria não esperava é que sua viagem para conhecer o mar seria arruinada por uma chuva interminável que a mantém presa no hotel junto com os pais.

Felizmente, neste hotel também está hospedada Marie, uma garota que tem a mesma idade que Maria e que é dona de um gosto musical muito bom e o literário melhor ainda. Durante os dias de chuva trancadas no hotel, Maria e Marie vão construindo uma amizade à base de livros de dinossauros para colorir e histórias em quadrinhos sáficas.

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A narrativa é fluida e tem muito do que já vimos na escrita de Mary, a autodescoberta entremeada dos momentos de constrangimento da adolescência e pitadas de inaptidão social. Contendo muito do que esperamos em comédias sáficas, ela entrega momentos de risadas sinceras e gay panic levinhos e gostosos de acompanhar.

Mostrando não só a personagem principal lidando com a frustração da viagem dos sonhos dando errado, mas, também, os problemas com os pais, a dificuldade da mudança para uma nova cidade e as dúvidas sobre a sexualidade. Questões que mesmo na vida adulta ainda nos assustam tanto.  A história consegue nos prender em sua leitura e finalizar todos os arcos que se propõe a começar.  

“Temporada relativa” é uma leitura gostosa de fim de tarde para você ler de uma vez só e se divertir com Maria conhecendo o mar.

LesB Nota
  • História
  • Personagens
4

Sinopse

Maria Francisca sempre sonhou em ver o mar. O que ela não contava é com a confusão que só a pão-durice do seu pai poderia proporcionar, levando toda a família para a cidade praiana de Maré Mansa durante a baixa temporada. Assim, em vez de praia e mar, ela recebe chuva sem parar. Mas essa viagem pode ter seus dias de sol, quando conhece Marie.

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Literatura

Resenha | De repente, namoradas – um romance leve que vale a pena

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Ficha técnica
Livro: De repente, namoradas
Autoras: G.B. Baldassari
Editora: Independente
Número de páginas: 437
Ano de lançamento: 2023


O último lançamento do casal Gisele e Bruna Baldassari, “De repente, namoradas“, é um spin-off de “Só por um verão” e acompanha uma das irmãs Lancellotti após a aventura no acampamento Luneta e as consequências positivas do que aconteceu no local.

Em um momento inusitado, após ser acusada de homofobia, Helena Lancellotti mente dizendo que tinha uma namorada, e em meio a grande repercussão desse anúncio, convence a professora de tênis dos seus filhos, Pati, a ser sua namorada por dois meses.

Pati Borges, sempre com um sorriso no rosto, pensamentos e atitudes positivas, faz o perfeito contraste com a pose de “big boss” e antipatia de Helena. Júlia e Júlio, filhos da empresária, completam o quarteto protagonista da história.

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Apesar de ser focado na vida e na relação de Helena e Pati, outros personagens da trama original voltam e tem participações importantes, além de trazer uma atualização da vida atual deles.

“De repente, namoradas” é uma comédia romântica sáfica de duas mulheres adultas que desenvolvem um relacionamento para fazer uma mentira se tornar real aos olhos do público, mas, apesar de ser uma história leve e divertida, toca em alguns temas mais sensíveis, como adoção e as questões familiares presentes na vida de pessoas da comunidade LGBTQIA+.

Seguindo a fórmula das autoras, o livro com mais de 400 páginas é cativante do começo ao fim. Nele, acompanhamos toda a trajetória do relacionamento e como elas vão se apaixonando uma pela outra e se tornando uma família.

Em “De repente, namoradas” você encontra um romance leve, que te deixa com um quentinho no coração, e te arranca umas boas risadas, com uma escrita envolvente que vai te fazer ler sem parar.


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