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Review | First Kill (Primeira Morte) – Primeira Temporada

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A Netflix, ao longo dos anos, acumulou produções com protagonismo LGBTQIA+ que fez muito sucesso com o público e coincidentemente foram canceladas, tais como One Day at a Time, Caçadoras de Recompensas e Sense8”. Porém, nenhuma apostava no gênero fantasioso, assim sendo, a série da vez é “First Kill” (“Primeira Morte”) que vem dividindo opiniões no mundo sáfico.

“First Kill” (“Primeira Morte”) é uma produção de drama teen sobrenatural baseada no conto homônimo da autora Victoria Schawab. A história acompanha a vida de dois grupos rivais, no estilo Romeu e Julieta: uma família de vampiros e uma família de caçadores de monstros.

A vampira adolescente Juliette Fairmont (Sarah Catherine Hook) pertence a uma linhagem longa e poderosa de vampiros imaculados, descendentes diretos de Lilith (mordida pela serpente no Jardim do Éden) e precisa realizar sua primeira morte para que consiga sobreviver.

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Do outro lado, conhecemos Calliope Burns (Imani Lewis), uma caçadora de monstros, que nunca criou raízes em um lugar devido as inúmeras viagens que realiza com a sua família devido ao trabalho. Depois de falhar na sua primeira morte, ela está tentando a qualquer custo provar que é digna da confiança novamente.

Em uma verdadeira dinâmica “enemies to lovers”, Juliete e Calliope se encontram para efetuarem suas primeiras mortes, o que, claramente, dá errado e elas acabam se envolvendo romanticamente. Desta forma, advindas de mundos opostos, elas precisam lutar metaforicamente e literalmente, se quiserem ficar juntas e viver esse grande amor.

Apesar de existirem inúmeras críticas aos efeitos especiais de “First Kill” (“Primeira Morte”), o problema da série vai muito além disso. O roteiro, principalmente a relação entre as duas protagonistas, é mecânico e superficial. Dessa forma, a narrativa não flui naturalmente, o que torna quase impossível continuar assistindo a produção.

O romance em si poderia até ser interessante se houvesse mais entrosamento entre as personagens, conversas mais longas ou que tivesse o mínimo de sentido com a história. Entretanto, não é isso que acontece aqui e o roteiro não é nem um pouco amigável. Ele aposta na química entre Hook e Lewis e parece esquecer que um relacionamento envolvente precisa de uma construção mais cuidadosa.

Revista LesB Out!

Elinor (Gracie Dzienny), irmã de Juliette, é a única que transforma a produção em algo prazeroso de assistir. Todas as passagens da personagem são recheadas de sarcasmo e diversão, o que a faz roubar a cena inúmeras vezes. Além disso, sua mãe, Margot (Elizabeth Mitchell) é outra que merece destaque pela atuação impecável.

É perceptível que a ideia da série é mostrar que nós, mulheres LGBTQIA+, podemos existir em narrativas fora do eixo descoberta da sexualidade e mortes mal justificadas, entretanto, nesta história nada funciona. A mitologia é mal explicada, a trilha sonora é tão mal selecionada e direcionada que existem momentos em que a música está sobressaindo a voz das personagens, e o pior de tudo, a montagem das cenas é precária.

“First Kill” (“Primeira Morte”) tinha todos os elementos para ser um drama teen fantasioso maravilhoso, com o plus de ser sáfico, entretanto, este primeiro ano (se houver segundo…) peca em todos os aspectos imagináveis e vai precisar se esforçar muito para conseguir desenvolver uma segunda temporada mais envolvente e consistente.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
2

Sinopse

Apaixonar-se é complicado para as adolescentes Juliette e Calliope: uma é uma vampira, e a outra é uma caçadora de vampiros e as jovens estão prontas para experimentar a sua primeira morte.

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Review | Sem Resquícios – Primeira Temporada

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Uma imigrante ilegal mexicana e uma cigana encontram um cadáver em um país europeu. Quais as chances de acreditarem que elas não são as culpadas pelo assassinato? É deste tema que se trata a série da Amazon Prime, chamada “Sin Huellas”, traduzida como “Sem Resquícios”, dirigida por Paco Caballero, Samantha López Speranza, Koldo Serra e Gemma Ferraté.

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A trama apresenta Desi (Carolina Yuste), uma mulher livre, lésbica e divertida, que sabe aproveitar bem a vida noturna da cidade, e é muito engraçada; ela é aquela amiga louca e descontrolada que sempre está pronta para te apoiar com unhas e dentes. E Cati (Camila Sodi), uma mexicana imigrante, doce e até inocente demais, que chegou na Espanha com o objetivo de ganhar dinheiro e trazer a sua filha e a sua mãe para o país e prover uma vida melhor e um futuro diferente para a filha, além de tentar manter o seu casamento com um encostado.

Essas amigas, extremamente atrapalhadas, dividem um apartamento e trabalham juntas em uma empresa de limpeza. Logo no início da série, elas descobrem que a empresa onde trabalhavam, de forma terceirizada, declarou falência e ambas estavam demitidas.

Na busca de encontrar um trabalho rápido, acabam aceitando uma oportunidade de limpar a casa de uma família milionária. Ao serem contratadas, descobrem que, na verdade, ali foi a cena de um crime, se deparam com um corpo de mulher recém assassinada e para piorar, pegam acidentalmente uma mala cheia de euros e placas de ouro, que seriam destinadas a uma gangue de assassinos russos.

É, neste momento, que elas se dão conta que devem se livrar da culpa de um assassinato que não cometeram e de russos que querem matá-las por terem roubado o dinheiro destinado a eles. Como podem se livrar desta confusão ao qual foram colocadas e ainda saírem vivas? Uma certeza é que “Sem Resquícios” garante boas risadas e surpresas, com uma comédia de muita qualidade, ação e um casal sáfico com uma química extrema.

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Ao sermos introduzidos ao núcleo policial, fica claro que a policial investigadora do caso é a ex-namorada da Desi. Claro que, ao longo dos episódios, surge a necessidade de saber mais sobre a relação de Desi e Irene (Silvia Alonso), a policial que entra na história investigando o crime e acaba se tornando cúmplice na busca de comprovar a inocência das meninas.

Acompanhamos pequenos flashbacks sobre a relação delas, o motivo da separação e o dia a dia dessa construção. A química das atrizes é muito forte e através do olhar expressam os sentimentos. Inclusive, os diálogos são bem elaborados.

Esta produção é uma indicação excelente para o final de semana, contudo, apenas para quem tem estômago “forte”, já que algumas cenas fortes e sangrentas fazem parte desta comédia espanhola.

Com um elenco de rosto conhecidos, por quem consome produções espanholas, um roteiro incrível, uma trilha sonora dançante e aqueles puxões de orelha nos preconceitos e temas tabus, que são abordados de forma inteligente, “Sem Resquícios” é uma produção que vale muito a pena.

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Review | Grease: Rise of The Pink Ladies – Primeira Temporada

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“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série de musical romântica dramática criada por Annabel Oakes (“Awkward”). A produção é um prequel do musical de mesmo nome, lançado em 1978. A série é ambientada em 1954, quatro anos antes da história de amor entre Danny Zuko e Sandy Olsson. Enquanto a gangue dos T-Birds já existe, a narrativa se propõe a mostrar como a gangue das Pink Ladies surgiu.

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A narrativa acompanha a vida de Jane (Marisa Davila), uma adolescente que namora secretamente o quarterback Buddy (Jason Schmidt) até que ele permite que a escola inteira acredite em rumores inapropriados sobre ela. Em uma cidade onde cada pessoa é definida por sua reputação, isso a deixa alucinada para reparar o que as pessoas pensam sobre ela. Dessa forma, acaba se unindo a mais três párias sociais: Olivia (Cheyenne Isabel Wells), Cynthia (Ari Notartomaso) e Nancy (Tricia Fukuhara).

Olivia é uma estudante inteligente que manchou sua reputação no ano letivo anterior ao se envolver romanticamente com um professor. Nancy é uma aspirante a designer de moda e uma esquisita socialmente que foi largada pelas amigas por causa de garotos. Por fim, tem Cynthia, que sonha em se juntar aos T-Birds e vestir orgulhosamente a jaqueta de couro. Com o intuito de iniciar uma revolução no Rydell High, elas criam a gangue de garotas Pink Ladies.

A personagem de Notartomaso é uma verdadeira moleca e não performa feminilidade. Quando ela é obrigada a entrar no grupo de teatro (por causa das confusões que as Pink Ladies cometeram), acaba conhecendo Lydia (Niamh Wilson), uma atriz dedicada e totalmente confiante de suas habilidades artísticas, que a princípio desaprova as aptidões de Cynthia.

Em uma energia “enemies to lovers”, Cynthia e Lydia são forçadas a treinar falas da apresentação do clube de teatro todos os dias, o que aflora os sentimentos das duas. Da hostilidade pura e muitos beijos de “brincadeirinha”, começam a desenvolver sentimentos reais uma pela outra. Além delas serem um casal bem explorado e com bastante química, apesar de escondido por causa do contexto da época, Cynthia protagoniza um momento de saída do armário sensível e genuíno ao lado de uma das suas melhoras amigas Nancy.

“Grease: Rise of The Pink Ladies” é uma série que sabe mesclar bem a década de 1950 com referências ao mundo moderno da geração Z. As músicas não são muito cativantes se comparadas ao musical original, no entanto, a história da produção conquista nos detalhes: as menções ao filme, o grupo de garotas encantador e principalmente, a representatividade e diversidade do elenco.

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Infelizmente, a produção foi cancelada com apenas uma temporada e sairá do streaming da Paramount+ nos próximos dias. A série não teve a oportunidade de encontrar seu público ideal e explorar ainda mais a história das personagens principais, que individualmente e coletivamente, possuíam muito potencial.

Leve e revigorante, a produção conseguiu debater temas como racismo e sexismo, e ainda entregar cenas nostálgicas para quem acompanhou a história de amor de Danny e Sandy. “Grease: Rise of The Pink Ladies” tinha uma potencialidade absurda de brilhar, mas, para a tristeza do público, a série acabou cedo demais e só deixou a saudade do que poderia ser uma narrativa épica.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4.7

Sinopse

Um spinoff do musical original de John Travolta e Olivia Newton John de 1978.

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Review | Dois Tempos – Primeira Temporada

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A nova série nacional da plataforma Star+ foi lançada dia 10 de maio e carrega o nome “Dois Tempos”, a trama mostra a vida de duas garotas separadas por um século, que um dia trocam de corpo. A obra da diretora Vera Egito conta com as protagonistas Paz (Sol Menezzes), uma influenciadora digital de 2022, e Cecília (Mari Oliveira), aspirante a escritora de 1922.

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Como o nome já diz, as duas garotas são de épocas diferentes e em uma noite, frustradas com suas respectivas realidades, fazem um apelo ao universo para que possam ‘ser livres’, assim elas trocam de corpo. A influencer vai para 1922, onde se encontra em um casamento por conveniência e uma família um tanto suspeita, e logo entende o que aconteceu e começa a procurar uma forma de voltar a sua realidade.

Enquanto isso, Cecília aproveita as maravilhas do mundo novo. Junto ao amigo de Paz, Tiago (Leonardo Bianchi), ela vai até o centro cultural de Água Marinha, onde conhece sua paixão, Maria (Pâmela Germano). Nesse primeiro encontro, elas tem uma forte conexão, mas, ao decorrer dos acontecimentos, a relação passa a ter muitos altos e baixos em um curto período. É interessante ver que em “Dois Tempos” as coisas não são por acaso e os acontecimentos estão conectados entre as épocas.

Em 2022, a cidade de Água Marinha é apresentada como a terra das mulheres fortes que lutam e protegem umas as outras, mas é quando Paz está em 1922 que podemos ver como a modernidade nas atitudes da garota ‘influenciam’ as mulheres a sua volta, moldando aquele lugar aos poucos para se tornar o que vemos com Cecília em 2022.

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A produção tem oito episódios e flerta muito com a comédia, mas não deixa de explicar como as coisas acontecem, como o fato de Maria possuir o antigo caderno que Cecília escrevia, o que se torna a única forma de comunicação entre os dois tempos e ajuda a garota a acreditar que aquilo realmente era verdade. O final fica aberto para uma continuação, mas nada ainda foi confirmado pela plataforma ou a empresa produtora.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4

Sinopse

Duas garotas misteriosamente viajam no tempo e vão parar uma no corpo – e no século – da outra.

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Bombando