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LesB Saúde | O significado de uma comunidade LGBTQIA+

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Em outubro de 2021, o Lesb Saúde discutiu um pouco sobre os vínculos entre a população LGBTQIA+, e a importância da formação de uma rede de apoio dentro desta população, por ser onde podemos encontrar pessoas que passam por situações parecidas, ocorrendo assim uma maior identificação. Mas por que estamos falando disso novamente?

LesB Saúde | Rede de Apoio – vínculos entre a população LGBTQIA+

Junho, o mês do Orgulho, gera diversas discussões da necessidade, e importância, de se separar um período de “comemoração”, ou ao menos de maior visibilidade, para a população LGBTQIA+. As respostas para isso acabam sendo sobre como essa população ainda está lutando por seus direitos, e ainda é vítima de muitas violências, mostrando que mesmo com tantas vitórias as batalhas ainda não acabaram. Isso se relaciona diretamente ao porque, nesse mês, também é importante pensar em como um espaço e relação de comunidade entre essa população é positivo, e como essa (comunidade) pode ser formadora de uma forte rede de apoio, especialmente importante para momentos de vulnerabilidade.

Essa ideia de comunidade LGBTQIA+ vem de uma perspectiva de um grupo de pessoas, diversas nas suas características, não apenas de expressão de gênero e sexualidade, unidas pela criação de espaços seguros para poder ser quem cada um é, com respeito e sem preconceitos, buscando se apoiar nas situações da vida que já são difíceis. Hoje essa situação não está próxima da realidade, mas não deixa de ser um caminho legal de se ter.

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Claro, esse texto não sai de um lugar de inocência, que não leva em conta que as dificuldades de união dentro da própria comunidade LGBTQIA+ vem não só das diferenças individuais de cada um, mas também dos espaços de privilégios e até mesmo disputas por poder, problemáticas muito mais complexas socialmente. Isso não exclui, no entanto, as possibilidades de luta conjunta e busca de espaços cada vez mais seguros.

Vamos usar esse mês de junho para refletir, o quanto, hoje, nos sentimos seguros e bem recebidos dentro dos espaços LGBTQIA+, e o quanto estamos sendo receptivos com os outros, e o que podemos fazer para que esse seja um fator de fortalecimento das nossas vulnerabilidades. A partir disso podemos pensar em o que realmente é ser uma comunidade e o que podemos fazer para chegar lá.


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Carol Moreno é estudante de psicologia, bissexual e do interior de São Paulo. Ama todos os filmes, séries e webseries com personagens LGBTQ+, espera um dia conseguir assistir tudo que coloca na sua listinha.

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LesB Indica | Veep – política, sarcasmo e um amor que floresce no meio do caos

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Se política e comédia parecem uma mistura improvável, “Veep” prova que juntas elas podem ser brilhantes. A série, disponível na HBO, acompanha Selina Meyer (Julia Louis-Dreyfus), uma vice-presidente dos Estados Unidos ambiciosa, sarcástica e completamente despreparada para lidar com o caos da política americana e com o próprio ego.

Ao longo das temporadas, “Veep” se consolida como uma das sátiras políticas mais inteligentes já feitas. O roteiro é rápido, ácido e sem piedade: ninguém é poupado, muito menos Selina, que tenta desesperadamente deixar sua marca enquanto tropeça nas próprias decisões. É o tipo de série que te faz rir de situações absurdas que, por vezes, lembram demais a realidade.

Mas o que coloca a série aqui no LesB Out! vai além das risadas. É nesse cenário totalmente disfuncional que conhecemos Catherine Meyer (Sarah Sutherland), a filha de Selina. Sensível e frequentemente ignorada pela mãe, Catherine começa como uma figura tímida, à sombra do brilho político (e egocêntrico) de Selina. No entanto, conforme a série avança, ela se torna um dos pontos-chave da produção, sendo completamente oposta à mãe.

LesB Indica | O Ultimato: Queer Love – realidade, drama e amor entre mulheres

O arco de Catherine é marcado por autodescoberta. Ao longo da história, ela percebe que seus relacionamentos com homens nunca deram certo porque, na verdade, ela não se sentia atraída por eles. Essa jornada culmina em um dos momentos mais sinceros da série: quando Catherine se apaixona por Marjorie (Clea DuVall), agente do Serviço Secreto designada para proteger Selina.

O romance das duas nasce de forma inimaginável, o que contrasta com o meio carregado de cinismo que domina o universo de “Veep”. A relação entre Catherine e Marjorie é sutil, mas significativa. Enquanto Selina vive obcecada por poder e validação pública, Catherine busca algo mais genuíno: conexão e afeto.

Outro destaque é o espaço que a série dá para personagens femininas complexas.  A série não idealiza suas mulheres: elas são falhas, contraditórias, cínicas e, por isso mesmo, profundamente humanas. Entre escândalos, discursos improvisados e egos inflados, vemos o quanto o poder pode corromper, mas também revelar o melhor (e o pior) de quem o busca.

5 séries que lançaram temporadas esse ano (e talvez você não tenha assistido ainda)

Com sete temporadas disponíveis na HBO, “Veep” continua sendo uma das comédias políticas mais afiadas já feitas e, de quebra, entrega representatividade sem forçar o riso. Catherine Meyer pode não ocupar o Salão Oval, mas definitivamente conquista o público. Se você ama diálogos afiados, personagens moralmente questionáveis e uma boa dose de ironia, essa é a pedida perfeita.

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LesB Indica | O Ultimato: Queer Love – realidade, drama e amor entre mulheres

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Casais da Primeira Temporada de "O Ultimo: Queer Love"

Se você curte um bom reality de relacionamentos com tensão, emoção e muita visibilidade sáfica, “O Ultimato: Queer Love” é aquele tipo de programa que prende do começo ao fim. A produção acompanha cinco casais formados por mulheres (e pessoas não-binárias) vivendo um ultimato: casar ou terminar de vez.

A proposta é simples, mas o impacto emocional é intenso. Uma das pessoas do casal está pronta para o casamento; a outra, cheia de dúvidas. Para testar o relacionamento, cada participante passa três semanas vivendo com uma nova “esposa” escolhida entre as outras participantes e, depois, mais três semanas com sua parceira original. No final da experiência, as participantes só têm três opções: sair noiva da parceira original, sair noiva da parceira experimental ou sair solteira. O resultado? Um caldeirão de ciúmes, descobertas, conflitos e muitas conversas sinceras sobre amor, liberdade e futuro.

LesB Indica | Hospital New Amsterdam – um drama médico que vale a pena conhecer

Mais do que um reality de pegação ou intrigas, “O Ultimato: Queer Love” chama atenção por dar protagonismo a narrativas que raramente vemos nesse formato. São mulheres lésbicas/bissexuais e pessoas não-binárias sendo vulneráveis na frente das câmeras, questionando o que realmente esperam de um relacionamento e quais são os limites do amor. É uma montanha-russa emocional, com casais pelos quais você torce, outros que você quer ver bem longe e momentos que vão fazer você pausar só pra respirar.

Casais da segunda temporada de "O Ultimato: Queer Love"
A representatividade importa e aqui, ela é entregue sem filtros. Entre discussões sobre monogamia, maternidade, identidade de gênero e traumas do passado, o programa joga luz em questões profundas e reais do universo LGBTQIA+. Ao mesmo tempo, não deixa de oferecer os elementos que tornam um reality irresistível: tretas memoráveis, reviravoltas, mulheres com ações duvidosas e decisões que nos deixam em choque até o último episódio.

Com uma estética moderna, trilha sonora certeira e edição viciante, o reality é o tipo de entretenimento que nos diverte, mas também nos faz pensar. Assim como também é uma chance de se identificar, refletir e ver outras formas de amar ganharem espaço. Se você é fã de Casamento às Cegas ou  Tampa Baes, esse reality tem tudo para te conquistar.

A produção está disponível na Netflix e possui duas temporadas.

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LesB Indica | Hospital New Amsterdam – um drama médico que vale a pena conhecer

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Em meio a um mar de séries médicas, “Hospital New Amsterdam: Toda Vida Importa” se destaca por sua abordagem humanista e crítica ao sistema de saúde. Inspirada no livro Doze Pacientes: Vida e Morte no Hospital Bellevue, a produção acompanha o idealista Dr. Max Goodwin (Ryan Eggold) em sua missão de reformar um dos hospitais públicos mais antigos dos EUA, enfrentando burocracias e priorizando o cuidado ao paciente.

A série não apenas entrega casos médicos emocionantes, mas também mergulha nas complexidades pessoais de seus personagens. Um destaque é a Dra. Lauren Bloom (Janet Montgomery), chefe do departamento de emergência.

Lauren é chefe do setor de emergência e, desde os primeiros episódios, se destaca pela competência e pela intensidade com que vive cada aspecto da vida. Ao longo da série, ela enfrenta o vício em medicamentos (iniciado na adolescência com a prescrição de remédios para TDAH), uma luta silenciosa que muitas vezes passa despercebida em ambientes médicos. “Hospital New Amsterdam” trata do tema com sensibilidade e profundidade, mostrando como o vício afeta não apenas o desempenho profissional, mas também os relacionamentos e a percepção de si mesma.

LesB Indica | Os Bucaneiros – amor sáfico e rebeldia feminina em pleno século XIX

É justamente nesse contexto que conhecemos Leyla Shinwari (Shiva Kalaiselvan), uma médica paquistanesa determinada, inteligente e carismática. O relacionamento entre Lauren e Leyla floresce de maneira inesperada, iniciando como uma relação de apoio e evoluindo para algo mais profundo, mas também é marcado por conflitos éticos e profissionais. Leyla representa uma nova chance para Lauren, não apenas no amor, mas também na construção de uma vida mais equilibrada. No entanto, a relação é colocada à prova quando Lauren tenta ajudar Leyla a conseguir uma vaga no hospital, comprometendo a confiança entre as duas.

Crítica | Badhaai Do: Casamento por Conveniência – produção que aquece o coração

Com cinco temporadas, “Hospital New Amsterdam” é uma série que toca o espectador não apenas pelas emergências médicas, mas pelas histórias humanas que carrega. E Lauren Bloom é, sem dúvida, um dos grandes corações da série: imperfeita, intensa e profundamente humana. Além disso, a série aborda a bissexualidade de Lauren de maneira orgânica, sem recorrer a estereótipos.  Disponível no Globoplay, é uma excelente escolha para quem busca uma série médica que vai além dos clichês e valoriza a diversidade.

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