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LesB Saúde | Higiene feminina e sua importância

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No dia 25 de fevereiro de 2020, o parlamento escocês aprovou, em primeira votação, um projeto que disponibilizará gratuitamente produtos de higiene feminina, como absorventes internos/externos, em lugares públicos (centros comunitários, clubes, farmácias, etc.).

Mesmo que esse plano sanitário esteja sujeito a análise por um comitê e poderá sofrer alterações, é de grande impacto o seu teor progressista nesta década na qual as políticas públicas de cunho fundamentalista estão em ascensão, conquistando posição de poder no mundo.

No Brasil, o SUS oferece muitos tratamentos e meios profiláticos que evitam a proliferação de doenças, mas não há nenhuma disponibilização gratuita de tampões e pensos higiênicos nos centros de atendimento do Sistema Único de Saúde.

Uma grande parte da população brasileira, do sexo biológico feminino, não tem emprego e vive nas ruas. Por isso, é de suma importância que o governo brasileiro crie um plano a favor do melhoramento da saúde pública que atenda as necessidades das minorias marginalizadas, parecido com o modelo que está sendo proposto na Escócia.

As pessoas mais favorecidas, que não carecem desse tipo de amparo governamental, também podem planificar estratégias para doar artigos de asseio íntimo feminino para os que precisam. Em seguida, estão três sugestões para iniciar tal planejamento estratégico:

  1. Debater o assunto diariamente nos ambientes que você frequenta e com as pessoas que você convive;
    • As pessoas precisam saber sobre a existência dessa calamidade pública para engajar na causa e ajudar aqueles que precisam.
  2. Organizar grupos para doar e distribuir os produtos de higiene pessoal;
  3. Exigir dos governantes (vereadores, prefeitos, presidente, etc.) e órgãos reguladores uma postura mais eficaz para a solução de tal mazela social.

Ter pessoas sem acesso a produtos básicos de limpeza corporal é um problema de toda uma sociedade, porque higiene e saúde são direitos humanos que não devem ser negados a ninguém. Portanto, não se deve ignorar tamanha injustiça. Pagar por tampões e absorventes é o mesmo de pagar por uma taxa por ter nascido mulher ou pessoa de sexo feminino.

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LesB Indica | Jane The Virgin – série com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes

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Já imaginou uma mulher latina e virgem, de uma família católica, de repente, aparecer grávida? Essa é a premissa de “Jane The Virgin”.

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Jane Gloriana Villanueva (Gina Rodriguez), que era virgem, acaba engravidando por uma inseminação por acidente e como se não bastasse o erro médico, ela agora estava esperando um bebê do seu chefe e ex crush de uns anos antes, Rafael Solano (Justin Baldoni). Jane, que tinha um namorado, Michael (Brett Dier), e que estava tudo bem para o casamento dos dois, tem sua vida virada de cabeça para baixo por conta desse “acidente”, além de todas as outras tramas que estão acontecendo ao seu redor.

A responsável pela inseminação incorreta é Luísa Alves (Yara Martinez), irmã de Rafael e ginecologista. Luísa estava em um relacionamento sério com uma outra mulher até que na noite anterior a inseminação, ela descobre que estava sendo traída. Ela é consolada por Rose (Bridget Reagan), sua “madrasta” , mas segue extremamente abalada.

No dia seguinte, ela vai trabalhar completamente aérea, sem prestar atenção no que a enfermeira falava. Em uma das salas estava Jane, para uma consulta de rotina e na outra estava Petra (Yael Grobglas), sua cunhada, esperando pela inseminação. Mas Luísa só percebe o erro após o atendimento de Jane, e aí já era tarde.

Luísa é processada por negligência médica e Rose vira sua advogada. Elas tinham uma história antiga e mesmo com todo envolvimento de Rose com seu pai, elas continuam uma relação de várias idas e vindas.

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Outra personagem relevante para a história é Petra Solano, a mulher que deveria ter sido inicialmente inseminada. Petra, então casada com Rafael, tem na gravidez a única oportunidade de salvar seu casamento e ainda se manter segura financeiramente. Seus esquemas eram em parceria com sua mãe, mas Petra tinha um passado que nem Rafael conhecia, envolvendo sua identidade.

Gina Rodriguez, em 2014, ganhou o “Globo de Ouro” de Melhor Atriz em Série de Comédia ou Musical e a série chegou a ser indicada como Melhor Série de Comédia ou Musical. As cinco temporadas atingiram 100% de aprovação no Rotten Tomatoes e estão disponíveis na Netflix.

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LesB Indica | Girlfriend and Girlfriend – filme com protagonista divertida e “emocionada”

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“Girlfriend and Girlfriend” é um filme de comédia espanhol que apresenta Zaida (Zaida Carmona), uma mulher com a vida amorosa bem confusa e que comete erros por gostar demais das pessoas. Apaixonada por cinema e por música, a protagonista parece estar mergulhada em seu próprio drama romântico enquanto tenta arrumar as bagunças que os amores deixam nela.

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Com idas e vindas, amores repentinos e desilusões, o longa, aos poucos, apresenta as outras personagens que farão parte da jornada de Zaida: Rocío (Rocío Saiz) é a melhor amiga de Zaida e está em um relacionamento sério (e monogâmico) com Lara (Alba Cros); e mais duas mulheres integram esse grupo: Aroa (Aroa Elbira) e Julia (Thais Cuadreny). Elas vivem na companhia umas das outras suprindo na amizade (às vezes, colorida) as dificuldades dos amores.

Zaida, a protagonista da história, tenta a todo custo superar sua ex, ela só não contava por quantas mulheres ela precisaria “morrer de paixão” para que isso acontecesse. A cada fase de “Girlfriend and Girlfriend”, ela encontra um novo “gosto de você de verdade” e, em um tom cômico, as histórias vão se desenrolando das melhores e piores formas.

Com direção e roteiro de Zaida Carmona, o longa é ambientado na Espanha, mostrando o dia a dia das mulheres com o contraste dos encontros noturnos nos “points” lésbicos da cidade. Com um grande foco nas artes, a história demonstra a importância da música, do cinema e das produções independentes para o grupo de amigas, pois, além do carinho, é a arte que as une e de certa forma, é o que desperta todos os sentimentos nelas.

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“Girlfriend and Girlfriend” vale a pena ser conferido, pois traz um tom cômico aos desencontros e as (des)paixões ao longo da vida. Retrata, sob o ponto de vista de mulheres lésbicas, as diferentes formas de amar e suas diversas intensidades. Com uma protagonista divertida e “emocionada”, e com duração de uma hora e meia, o filme é uma boa opção para se identificar e rir. A produção está disponível no Brasil pelo canal de streaming MUBI.

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LesB Saúde | Prevenção de ISTs para mulheres

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As campanhas divulgadas quanto a prevenção das infeções sexualmente transmissíveis (ISTs), que trazem informações importantes, acabam focando em um contexto heteronormativo, falando em geral de sexo entre homens e mulheres e ignorando a diversidade dos relacionamentos.

Mulheres LGBTQIA+ também podem contrair e passar ISTs, independente do gênero da pessoa que está se relacionando, e por isso precisamos pensar na sua saúde e nas possíveis formas de prevenção. Por conta disso, vamos discutir alguns métodos de prevenção a ISTs, para relações com pessoas com vagina ou para pessoas com pênis.

Vamos começar pelo método mais divulgado e muito importante, mas, que, de uma forma ou de outra, se relaciona com indicações heteronormativas: o preservativo “masculino” (ou para pênis), a famosa camisinha. A camisinha é o método indicado para a prevenção de ISTs ao se realizar sexo com pessoas com pênis, é fácil de ser encontrada em centros de saúde e em farmácias, e também evita gravidez. A camisinha também é importante ao se utilizar brinquedos sexuais, para a proteção local na qual o brinquedo está sendo usado, e quando houver o uso em uma outra pessoa (lembrando que neste último caso é importante a troca do preservativo para que a proteção realmente aconteça e não haja troca de fluidos). É possível, também, para uso em sexo oral, o corte do preservativo, para que ele se torne retangular – infelizmente um uso pouco prático.

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Mas existem métodos focados em pessoas com vagina? A resposta é sim, mas, infelizmente, eles são pouco conhecidos ou acessíveis. O primeiro, mais fácil de encontrar, pois existe a distribuição gratuita em centros de saúde e a venda em farmácias, é o preservativo feminino, indicado para sexo com penetração, mas possíveis para outros usos. Em seguida, pensamos em métodos barreira, como o uso de luvas de látex, vinil ou nitrílica (é possível encontrar em farmácias ou lojas de instrumentos de saúde) e o dental dam (acessório odontológico, que é um pedaço de látex retangular, que evita o contato direto com o local colocado, em geral indicado para uso na vulva ou ânus). Nos Estados Unidos foi liberado a venda e o uso de uma calcinha preservativa, para o sexo oral, que parece trazer inovação para a prevenção nas relações sexuais. No entanto, o produto ainda não chegou ao Brasil, sendo apenas possível comprar pelo site da empresa com pagamento em dólar.

Por conta dessa dificuldade de acesso aos métodos, é importante lembrar de outras formas que podem ajudar a prevenir as ISTs: o primeiro é a a realização da testagem de ISTs, pelo menos, a cada seis meses, e é possível conseguir de forma gratuita pelo SUS. Além disso, caso tenha qualquer situação fora do comum, como machucados, verrugas, dor, diferença em odor, procure um atendimento em saúde e evite ter relações sexuais.

Ainda nessa linha, a vacina de HPV é importante para que se evite câncer de colo de útero proveniente do Papilomavírus Humano, transmitido em relações sexuais. É possível conseguir pelo SUS dependendo da idade da pessoa e em clínicas privadas.

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Em momentos anteriores a relação sexual, pode se tomar o cuidado em manter as unhas curtas, para que não haja lesões, e a não escovação dos dentes logo antes do sexo oral, para que não tenha risco de ocorrerem machucados na boca que facilitem a entrada de algum vírus ou bactéria.

Para o momento das relações sexuais, citamos mais algumas prevenções: o primeiro é a lavagem das mãos. Além disso, o uso de lubrificante à base d’agua é importante, principalmente para práticas que tenham atrito.

Mesmo com dificuldade de acesso a métodos específicos para a nossa população, mulheres LGBTQIA+ podem e devem tomar cuidados para se prevenir contra ISTs, tornando suas relações mais seguras e cuidando da sua saúde de forma integral.

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