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As melhores séries com personagens femininas LGBTQIA+ de 2022 até o momento

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O primeiro semestre de 2022 está chegando ao fim e com isso chega o momento do nosso já (quase) clássico ranking com as melhores séries do ano até o momento! E nada melhor do que chegar no dia do Orgulho para exaltar essas produções que trazem representatividade LGBQTIA+ de formas diversas.

O ano já trouxe produções que passeiam por diversos gêneros, como ação, comédia, drama, suspense e até série de herói. Cada vez mais estamos conquistando novos espaços, estando em lugares que até então eram raros encontrarmos personagens femininas LGBQTIA+. Entre erros e acertos, vamos caminhando atrás de mais representatividade de qualidade na televisão e no streaming.

Assim como no ano passado, o streaming continua sendo a nossa principal fonte de produções, ocupando a maioria das posições do nosso Top 10. E outra curiosidade (e quase um spoiler): cinco posições das dez séries mais votadas são produções na segunda temporada. O que isso significa? Possivelmente nada, mas com certeza são séries que marcaram seu espaço e voltaram com mais força.

A equipe do LesB Out! selecionou as produções lançadas até junho de 2022 e através de uma votação interna fechamos esta lista com as dez melhores séries com personagens femininas LGBTQIA+ de 2022 até o momento. Confira:

10º: The Wilds – 2ª temporada | por Yimi FKS

A série do Prime Video apresenta a história de oito garotas exiladas em uma ilha após um falso acidente, incluindo Toni (Erana James) e Shelby (Mia Healey), que desenvolvem um relacionamento amoroso. Em sua temporada de estreia, “The Wilds” teve uma repercussão bastante positiva, deixando uma grande expectativa para a segunda temporada. No retorno, o foco estava no gancho do último episódio do ano anterior, apresentando vários garotos que também ficaram presos em uma ilha. Os episódios seguem o mesmo padrão da temporada anterior, dividindo as histórias em três linhas do tempo: o presente, quando já saíram da ilha, o período em que ficaram exilados e a vida de cada um antes de serem submetidos ao experimento.

As meninas com quem criamos laços no ano anterior foram deixadas de lado, mas sabemos que o casal que conquistou os fãs, Toni e Shelby, tem mais tempo de tela, mas ainda com um final em aberto. Apesar das críticas mais duras, sobre como o roteiro foi repetitivo e alguns dos meninos tiveram a trama mal desenvolvida, “The Wilds” ainda se mantém entre as melhores séries com personagens femininas LGBTQIA+, e aguardamos que na terceira temporada, que ainda não foi confirmada, a produção consiga corrigir os erros de roteiro e trazer algo ainda melhor.

9º: Dollface – 2ª temporada | por Bruna Fentanes

“Dollface” é uma série de comédia distribuída no Brasil pelo serviço de streaming do Star+. Na produção, acompanhamos Jules Wiley (Kat Dennings), que após terminar seu relacionamento de longa data, percebe que negligenciou suas amizades por causa do namorado. Desta forma, ela começa uma jornada de reconexão com suas amigas de faculdade, Madison Maxwell (Brenda Song) e Stella Cole (Shay Mitchell), além de se aproximar da sua colega de trabalho, Izzy (Esther Povitsky).

Na segunda temporada, a orientação sexual da personagem de Mitchell é explorada. Ela está tentando se encontrar profissionalmente, assim, conhece Liv (Lilly Singh), uma mulher lésbica e mãe solteira. “Dollface” não é uma série convencional e tem uma energia caótica, entretanto, é completamente encantadora e este ano está mais divertida do que nunca. Infelizmente, a produção foi cancelada e merecia ter tido mais destaque, tanto que conseguiu chegar no Top 10 dos lançamentos do ano.

8º: Euphoria – 2ª temporada | por Carol Souto

Um dos maiores sucessos dos últimos anos, a produção original da HBO conta a história da protagonista Rue (Zendaya), uma adolescente que enfrenta o vício em drogas desde a morte do pai. A trama traz debates sobre assuntos relevantes e sensíveis como o consumo de drogas, sexualidade e autoaceitação. Na segunda temporada, a produção adotou uma nova estética, deixando de lado os tons de azul e roxo, o neon e o glitter. Agora a incrível fotografia ganhou tons de amarelo e laranja, com uma tonalidade mais escura e densa.

O que também chama a atenção nessa temporada é a atuação impecável, cheia de energia e veracidade, digna de grandes indicações a prêmios, que Zendaya desenvolveu mais uma vez com a personagem, a partir de diálogos e embates emocionantes. “Euphoria” também abriu espaço para contar histórias de outros personagens que o público já conhecia, deu mais atenção às suas questões pessoais, com mais profundidade as suas narrativas e mostrou o grande potencial dos atores.

7º: Pacificador – 1ª temporada | por Monica Teixeira

“Pacificador” estreou este ano na HBO Max como um spin-off do filme “O Esquadrão Suicida”, dirigido por James Gunn, que também assina a série. A produção acompanha Pacificador (John Cena) e sua equipe em missões totalmente duvidosas, mas com o propósito maior de salvar o mundo de um ataque alienígena. Dentre os personagens já conhecidos como Emília Harcout (Jennifer Holland) e Economos (Steve Agee), acompanhamos também Leota Adebayo (Danielle Brooks), filha da Amanda Waller (Viola Davis). Com uma personalidade única, a personagem traz uma grande representatividade para a série.

Adebayo, é lésbica, casada e mãe de pet. Ela tem grande destaque na série pois além de trabalhar lado a lado com o Pacificador, ela acaba se tornando melhor amiga dele. A personagem se destaca também pelo seu crescimento pessoal: ela vai de uma mulher com bastante receios para uma incrível heroína capaz de salvar o dia e o mundo mesmo sem superpoderes, além de ser extremamente divertida e arrancar boas risadas de quem está assistindo.

6º: This is Us – 6ª temporada | por Carol Moreno

“This is Us”, uma das poucas séries dessa lista que não é produzida por uma das plataformas de streaming, chegou a sua temporada final em 2022. Conhecida por ser emocionante e trazer seu público às lágrimas, conta, de forma envolvente, a história da família Pearson por gerações, mostrando flashbacks e flashforwards, centrada principalmente nos pais, Rebecca (Mandy Moore) e Jack (Milo Ventimiglia), e nos seus três filhos, Randall (Sterling K. Brown), Kate (Chrissy Metz) e Kevin (Justin Hartley). “This is Us” busca trazer questionamentos e ensinamentos, e deixa uma sensação de que vale a pena acreditar na humanidade.

Os dois personagens LGBTQIA+ estão dentro do mesmo núcleo da história, o de Randall, sendo o primeiro seu pai biológico, William (Ron Cephas Jones), que é bissexual, e então sua filha, Tess (Eris Baker), que se descobre sáfica na adolescência. Os dois personagens mostram diferentes jornadas quanto a sua sexualidade, no quesito de descobertas ou de já se entender e poder viver a sua realidade, mas têm em comum a aceitação por parte da família e o fato de ser uma representação saudável de ser LGBTQIA+ e negros, algo nem sempre comum em séries e filmes.

5º: Home Economics – 1ª temporada | por Grasielly Sousa

“Home Economics” poderia ser apenas mais uma comédia familiar da fórmula que o canal americano ABC aperfeiçoou nos últimos anos. E ela realmente usa bastante dessa fórmula de sucesso, que já trouxe nomes como “Modern Family” e “Black-ish”, mas ao longo da primeira temporada, que chegou ao Brasil este ano no Prime Video, a série vai construindo a sua própria identidade, com um elenco competente e carismático e um roteiro que sabe aproveitar ao máximo do potencial de cada um. A produção acompanha a relação de três irmãos (interpretados por Topher Grace, Caitlin McGee e Jimmy Tatro) e a situação financeira de cada um: um pai solteiro, recentemente divorciado e extremamente rico; um escritor tentando escrever um novo best-seller depois do fracasso do último livro, classe média com três filhos; e a irmã desempregada, vivendo em um apartamento minúsculo com a esposa e duas crianças.

O casal formado por Sarah (personagem da McGee) e Denise (Sasheer Zamata) trazem uma representatividade que ainda é difícil ver nos dias de hoje: um casal já de longa data, com filhos, em uma outra fase da vida, e isso no palco principal, não como secundárias. Em tantos anos com comédias familiares em alta, é ótimo poder ver finalmente a nossa realidade sendo retratada e de uma maneira tão bem feita e cheia de coração.

4º: Heartstopper – 1ª temporada | por Carol Moreno

Uma das grande novidade deste ano da Netflix e já renovada para mais duas temporadas, “Heartstopper”, é baseada nas Histórias em Quadrinhos de Alice Oseman, e mostra a história de Charlie (Joe Locke) e Nick (Kit Connor), dois estudantes de um colégio de ensino médio apenas para garotos, que ao desenvolverem uma grande amizade começam a também ter sentimentos românticos um pelo outro. O destaque da série é de mostrar de forma leve a experiência de ser LGBTQIA+ na adolescência, que mesmo com várias dificuldades pode ser boa quando cercada de apoio e aceitação.

Outro ponto importante de ressaltar sobre a produção é que a representatividade vai além de seu casal principal, sendo as três personagens femininas com destaque LGBTQIA+, sendo uma das melhores amigas do protagonista, Ellie (Yasmin Finney), uma garota trans, que muda de escola após a transição e agora precisa ser a aluna nova neste novo lugar, e suas duas novas amigas, Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgell), que além de melhores amigas também namoram, e passam pela experiências de como é contar para todos sobre o seu relacionamento.

3º: Rebelde (2022) – 1ª temporada | por Roberta Valentim

A primeira temporada de “Rebelde (2022)” chegou à Netflix com o peso de honrar o legado daquele que é considerado o maior fenômeno audiovisual da América Latina e mesmo com seus curtos episódios conseguiu nos encher de nostalgia com as referências a trama original, mas também nos envolver com as histórias dos novos frequentadores do EWS.

Com muita música e todo o drama que só uma série baseada em uma novela mexicana pode oferecer, temos uma chuva de conflitos, rivalidades sendo criadas, dramas familiares e ainda muito romance. E se enquanto os protagonistas, Esteban (Sérgio Mori) e Jana (Azul Guaita), deixam a desejar, e MJ (Andrea Chaparro) e Dixon (Jerônimo Cantillo) ainda estão se entendendo, o casal formado por Emília (Giovanna Grigio) e Andi (Lizeth Selene) dá um show de química, carisma e representatividade.

2º: Gentleman Jack – 2ª temporada | por Shirley Pinheiro

Depois de dois anos, finalmente a espera acabou! A segunda temporada de “Gentleman Jack” já está disponível na HBO Max e quem estava com saudades de ver Suranne Jones quebrando a quarta parede já pode maratonar a série no streaming!

A história da primeira lésbica moderna, contada a partir dos diários da proprietária de terras Anne Lister (Jones), retorna neste segundo ano com os acontecimentos que se deram após a cerimônia não oficial de casamento entre Lister e Ann Walker (Sophie Rundle). A série acompanha o empenho de Anne Lister em expandir os negócios e as reformas de sua propriedade, Shibden Hall, para receber sua companheira. Enquanto a outra enfrenta as próprias incertezas e os conflitos familiares que não vêem com bons olhos a relação das duas.

Suranne Jones é a grande estrela da série, embora a química entre as atrizes seja inegável e profundamente satisfatória de assistir. Assim como a primeira, esta temporada adota um tom bem humorado, mas sem deixar de lado cenas tensas e melancólicas. E vale ressaltar que a evolução da personagem de Sophie Rundle é uma das melhores coisas da produção, vê-la impor suas próprias vontades é quase tão bom quanto as cenas apaixonadas do casal.

1º: Hacks – 2ª temporada | por Karolen Passos

Esta não é a primeira vez que a produção criada por Lucia Aniello (“A Noite é Delas”), Paul W. Downs (“Broad City”) e Jen Statsky (“The Good Place”) entra em nosso Top 10 (ou 9) de Melhores do Ano. Durante o ano passado, a primeira temporada da série ficou em sétimo na matéria da metade do ano e terceiro na do final do ano. E este ano, ela brilha em nosso primeiro lugar.

A trama conta a história de Deborah Vance (Jean Smart), uma lendária comediante de Las Vegas, e Ava (Hannah Einbinder), uma escritora de 25 anos, que acabou de perder um contrato. O segundo ano da produção foi o que podemos classificar como um primor da comédia norte-americana. Os roteiristas souberam utilizar do que há de melhor em seus personagens e permitiu que suas trajetórias tivessem um crescimento espetacular.

Para além disso, a química entre o elenco, em especial, Smart e Einbinder, é palpável, e conforme o espectador assiste se sente parte da família de “Hacks”. A representatividade LGBTQIA+ está em dia, principalmente, no episódio “The Captain’s Wife”, o quarto da segunda temporada.

A premiada “Hacks” é tudo isso que você está pensando e muito mais, por esta razão, merece o primeiro lugar da nossa lista. A série está disponível na HBO Max.

Menção Honrosa: Yellowjackets – 1ª temporada | por Karolen Passos

Nossa menção honrosa vai para a produção criada por Ashley Lyle e Bart Nickerson (“Narcos: Mexico”), original do canal Showtime e distribuída no Brasil pela Paramount+, aqui conhecemos a história de uma talentosa equipe de jogadoras de futebol que se tornam sobreviventes de um acidente de avião nas profundezas de Ontário.

O trailer e a sinopse de “Yellowjackets” não conseguem capturar o que a série realmente é – e talvez isso seja algo positivo, considerando que a surpresa e a forma como a narrativa fará seu coração palpitar seja uma experiência única que merece ser vivida.

Se por um lado “Hacks” é o primor da comédia este ano, “Yellowjackets” é o primor do suspense. Nos quesitos como roteiro, direção, trilha sonora, arte, a produção é incrível e quando se trata de atuação um verdadeiro show à parte. A série estreou no final do ano passado somente finalizando no início deste ano, e por esta razão, ela se encontra nesta lista como uma menção honrosa.


Segue a lista com as outras séries com personagens femininas LGBTQIA+ citadas em nossa votação, com suas respectivas posições:

11. “Love, Victor” (3ª temporada);
12. “iCarly” (2ª temporada);
13. “Girls5eva” (1ª temporada);
14. “Primeira Morte” (1ª temporada);
15. “Um de nós está mentindo” (1ª temporada);
16. “How I Met Your Father” (1ª temporada);
17. “Tudo Igual… SQN” (1ª temporada);
18. “Naomi” (1ª temporada);
19. “The First Lady”;
20. “Work in Progress” (2ª temporada);
21. “Elite” (5ª temporada);
22. “Bem-vindos ao Éden” (1ª temporada)


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