“Margarita com Canudinho” segue a vida de Laila (Kalki Koechlin), uma jovem indiana, com paralisia cerebral, que tem a chance de explorar o mundo quando passa para uma universidade em Nova York. Por ser uma pessoa com deficiência, Laila vai com a mãe, mas isso não a impede de começar a viver suas próprias experiências. Após sofrer uma decepção amorosa com um rapaz na banda onde também tocava, tomou a decisão de sair de Nova Delhi para NY, apesar das ressalvas de seu pai a essa mudança.
Em um momento super improvável, em meio a um protesto, Laila conhece Khanum (Sayani Gupta), uma ativista deficiente visual. As duas começam uma amizade, onde cada uma descobre coisas novas uma com a outra. A amizade logo evolui para um relacionamento, em que Khanum definitivamente parece mais investida na relação do que Laila, que ainda busca conhecer mais coisas novas e vivência-las. A relação de Khanum e Laila serve para que Laila também entenda mais sobre si mesma e sobre como ela se relaciona com as pessoas ao seu redor.
“Margarita com Canudinho” é um filme sobre descobertas e vivências. É muito mais do que sobre deficiências ou a sexualidade das personagens, é mais sobre a percepção do mundo ao redor delas. Não é uma história sobre adversidades e dificuldades, apesar dos momentos dramáticos, a história apresenta leveza.
Vivemos em uma sociedade que muitas vezes marginaliza ou até infantiliza pessoas adultas com deficiência quando o assunto é sexualidade a ponto desse assunto mal ser representado. Apesar de ser um filme, onde nenhum ator ou atriz tem uma deficiência na vida real, é um dos poucos que trazem essa temática em uma história LGBTQIA+.