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Personagens pioneiros em representatividade LGBTQ+ nos games

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Sabemos que a indústria dos games é cada vez mais forte, se consolidando até acima do cinema. Com a imersão de diversos temas e gêneros, atualmente é um pouco mais comum termos exemplos de representatividade LGBTQ+ nos jogos (mesmo que sejam feitas de maneira incorreta). Daí fica a pergunta: quem foram os pioneiros na causa LGBTQ+ nos games? Vamos conhecê-los agora!

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Birdetta – “Super Mario Bros 2” (1988)

Foi no ano de 1988 que apareceu a primeira personagem trans feminina no mundo dos games. No jogo Super Mario 2”, a Nintendo trouxe uma personagem chamada Birdo. No manual a descrição é a seguinte “Birdo gosta de ser chamado de Birdetta, ele pensa que é uma garota” (eu revirando os olhos para essa colocação). A empresa (Nintendo) apesar de errar feio na tratativa de Birdetta, merece um crédito por apresentar essa questão no final da década de 1980.

Poison – “Final Fight” e “Street Fighter” (1988)

Ainda na década de 1980, a Capcom nos apresentaria Poison, uma personagem trans feminina no game Final Fight”. Na versão japonesa do jogo, Poison tem uma parceira chamada Roxy que também é trans, porém na América do Norte houve uma mudança nas personagens, que foram substituídas por homem-cis com a desculpa de que o jogo não queria influenciar a violência contra a  mulher (*cof). Nos anos seguintes, Poison se tornava uma personagem fixa e influente da série “Street Fighter”.

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Flea – “Chrono Trigger” (1994)

Primeira personagem de gênero não binário (fluído) da história dos games, Flea é uma maga poderosíssima e uma das três aliadas do vilão do jogo. Conhecida também por uma das falas mais militantes da história do segmento: “Homem ou mulher, que diferença isso faz? O poder é bonito e eu tenho o poder”.

Vivien – “Moonmist” (1986)

O enredo do jogo de 1986 é textual e se desenvolve quando a protagonista (Tamara) se sente ameaçada dias antes de seu casamento, resolvendo assim contratar um detetive para saber quem está intimidando-a. Uma das suspeitas é Vivien, que sente ciúmes do noivo da protagonista. No final do jogo, se o detetive prendê-la a mesma revela que ela era quem estava colocando a vida de Tamara em risco porque a amava, se mostrando a grande vilã do jogo. “Moonmist” é o primeiro jogo com uma personagem LGBTQ+ no mundo dos games.

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O estereótipo dos personagens LGBTQ+ nos anos 1980 a 1990 era basicamente os de vilões ou hiper sexualizados, como é o caso de Vivien e Poison, respectivamente. Sabemos que a indústria dos games é jovem e ainda está se adaptando, apesar da sua comunidade ser, infelizmente, muito machista. A abordagem dos personagens ainda é um tabu mas aos poucos as empresas se tornam mais flexíveis e abertas a comunidade LGBTQ+, como por exemplo no meu último texto em que falo sobre os  personagens lgbtq+ da bioware.

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