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A era gaymer chegou: o que aprendemos com a E3 2018

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Entre os dias 12 e 14 de junho aconteceu, em Los Angeles, a maior conferência de jogos eletrônicos da América, a E3. As empresas aproveitam o evento para mostrar novidades ao mercado, apresentando assim os novos produtos que serão lançados nos próximos meses e até o ano que vem. Em todas as conferências que participei (no caso assistindo em casa, mas aí empresas, se quiserem me convidar para E3 2019 estou disponível, bjs) minha esperança era de ver um personagem LGBTQ+ protagonista em uma grande franquia de jogos. E não é que isso aconteceu?

Personagens pioneiros em representatividade LGBTQ+ nos games

Kassandra ♥

A Ubisoft apresentou seu mais novo jogo da saga “Assassin’s Creed”, o “Odyssey”, no qual vai se ambientar na Grécia antiga. O jogador tem duas opções de protagonista, Alexios ou Kassandra, e ambos podem manter relacionamentos com homens ou mulheres no jogo (lésbica, gay e bi) uma novidade na franquia, pois os protagonistas anteriores na sua grande maioria eram homens cis héteros.

Minha primeira surpresa foi essa. “Assassin’s Creed” nunca foi um jogo que achei que iria mudar seu gênero, no caso ação. A adaptação de elementos de RPG trouxe para a saga algo refrescante apesar de ter público fiel a série.  A opção de romance e os dois protagonistas é uma grande mudança para essa franquia que é tão grande, apesar de ainda não ter uma mulher como principal solo, a representatividade está ali, mesmo que pequena.

The Bold Type e Kadena

O L DE LGBT É DE LAST OF US

Logo após teve a conferência da Sony, que começou com a apresentação de um gameplay de “The Last of Us 2”, continuação do aclamado jogo da “Naughty Dog”. Eis que somos apresentados com um cutscene cuja protagonista, Ellie, dança com sua namorada e a beija. No momento estava em choque, mas por motivos de quão natural a cena foi mostrada ao público, e a reação na internet teve dois extremos: os que ficaram felizes e os que demonstraram incomodo:

As pessoas reclamam e falam que “The Last of Us 2” está se tornando político (SJW) por fazer Ellie lésbica, porém na DLC do primeiro jogo ela já demonstra interesse em mulheres… O foco sempre foi o roteiro e a vida dos personagens que cativaram o público.

Ellie na DLC The Left Behind (2014)

Acho extremamente importante pensar que os jogos tem esse poder de nos levar a lugares que nunca fomos, e estão se adaptando a uma realidade de representatividade em que basta apenas o respeito.

Desobediência ganha dois novos clipes legendados

E você sabe o que eu mais gostei? A maioria dos jogos apresentados na E3 deste ano, que muitas das pessoas estão animadas, são os que apresentam uma história original com uma ótima experiência. E o que mais gostei ainda é: duas empresas grandes no mercado, em que a maior parte do público são homens, mostram personagens LGBTQ+ de forma não sexualizada, mas sim de maneira natural. É meus amigxs, a era gaymer chegou.

Bombando

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