Se você é fã de webséries LGBTQ+ você já ouviu falar de “Queering”, ou se você é fã da atriz Tatiana Fernandes, conhecida pela websérie “Esconderijo”, você também já ouviu falar, considerando que a atriz se uniu ao elenco nesta segunda temporada, mas vamos voltar um pouco.
A primeira temporada de “Queering” está disponível no YouTube e conta com seis episódios apenas. É bem curtinha, mas bem gostosa de assistir. A websérie segue Harper (Sophia Grasso), que tenta se recuperar de um relacionamento de nove anos enquanto lida com a nova revelação de que sua mãe está se separando de seu pai e, para a sua surpresa, saiu do armário como uma mulher bissexual.
Essa revelação traz à tona um assunto bem presente em meio a comunidade LGBTQ+: o preconceito com as pessoas bissexuais. Harper, uma mulher lésbica, inicialmente não consegue aceitar a nova revelação de sua mãe e destila seu preconceito contra ela. Uma parte disso também se dá por não aceitar a separação de seus pais, mas não é somente através de sua filha que Val (Susan Gallagher) lida com o descrédito com a sua sexualidade, ao conhecer sua nova companheira ela, em um jantar com uma amiga, também passa por uma situação bem desconfortável.
É interessante que a websérie explore essa situação, afinal, o preconceito contra as pessoas bissexuais dentro da própria comunidade LGBTQ+ é mais presente do que muitos imaginam.
Por outro lado, Val recebe todo o apoio do mundo da melhor amiga de sua filha, Devon (Diana Oh), uma mulher excêntrica e que esconde por trás dos seus chapéus coloridos e toda a purpurina uma tristeza por não ser aceita completamente por seus pais. Diana consegue passear bem entre a alegria e a tristeza de sua personagem.
“Queering” é uma série que você precisa colocar na sua lista e que dá para ser vista no ônibus, a caminho da faculdade, do trabalho, em qualquer lugar. É uma produção que mostra a realidade de três mulheres queer bem distintas com muita diversão, mas sendo séria e profunda quando necessário.