“Amor Proibido” é o nome em português do filme “Snapshots”, um drama que traz a história de uma avó, Rose (Piper Laurie/Shannin Collis), que viveu um romance com uma mulher chamada Louise (Emily Goss), nos anos de 1960, uma época em que qualquer coisa feita por uma mulher era um escândalo. Esse romance foi mantido em segredo por longas décadas, pois Rose nunca teve a coragem de revelar a ninguém o mundo incrível que viveu com a amada no passado enquanto estava casada com um homem, a quem se dedicou o resto da vida.
Essa trama vem à tona através de uma caixa repleta de passado e de lembranças do que um dia foi a melhor época da vida dela. “Amor Proibido” é ambientado na casa de Rose no interior e se passa em um fim de semana em que sua filha, Patty (Brooke Adams), e sua neta, Allison (Emily Baldoni), vão visitá-la. Entre flashbacks de seu passado amoroso, a protagonista cede ao peso das lembranças que nos contam um drama de um amor perigoso. A mulher com quem se envolveu era diferente de todas as pessoas que ela já tinha conhecido, como Rose mesma diz, era um espírito livre, por isso a encantou desde o primeiro segundo.
Com direção de Melanie Mayron (“Jane The Virgin”), roteiro de Jan Miller Corran (“Ausente”) e Katherine Cortez, “Amor Proibido” leva o espectador a uma viagem no tempo repleta de amor, carinho e segredos ao mesmo tempo em que se entrelaça com o presente enquanto Allison vive em um dilema muito parecido com o da avó. Entre embates, há o entendimento do que é amor e de que ele não pode ser pedido e nem controlado, de que o amor precisa ser livre para ser sentido quando e por quem for.
O longa, apesar de trazer drama em seu gênero, aparece ao mesmo tempo como um romance. A sutileza em que aos poucos mergulhamos na melancolia e na paixão de Rose é o que faz com que, assim como ela, nos apaixonemos por Louise. “Amor Proibido” vale a pena ser assistido por se tratar de uma história de amor, mesmo que proibido, de duas mulheres nos anos 1960, trazendo uma reflexão acerca de aceitação e autoaceitação para a atualidade quando o assunto entra em pauta durante o fim de semana em família. Isso nos faz pensar o quanto os preconceitos e os estereótipos ainda precisam ser quebrados e combatidos porque o amor, é só amor.