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Comic-Con@Home 2021 | Mulher-Maravilha – através do multiverso

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O painel da “Mulher-Maravilha” mediado pela editora associada da DC Brittany Holzherr, contou com a participação de escritores e ilustradoras dos arcos mais recentes da personagem.

“Wonder Woman” se passa nos eventos pós Death Metal, uma crise em que a Liga da Justiça e outros super-heróis tiveram que lutar contra uma Terra dominada pelo Multiverso Obscuro. Essa batalha resultou no sacrifício de Diana.

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Becky Cloonan e Michael Conrad (“Wonder Woman”), autores desse novo arco, falaram sobre como, recentemente Diana se descobriu em um lugar novo e estranho depois de morrer e aparentemente ter rejeitado sua divindade.  Os escritores comentaram sobre uma personagem ainda perdida, após a morte, enfrentando uma série de problemas para lidar e precisando encontrar seu caminho de volta para casa, ou seja, em certa medida, renascer, depois da última crise citada anteriormente. Comentaram sobre uma Diana que, mesmo morta, não conseguiu descansar. O arco tem bastante ação e aventura, ainda não existe uma pausa da vida da personagem.

É importante ressaltar que Diana vai voltar para um mundo que seguiu em frente, muito bem sem ela com a ajuda de Núbia e Yara por exemplo, o que pode causar uma estranheza e certa decepção na personagem. Diana Prince não é mais a única Mulher-Maravilha. Os escritores disseram que nesse arco estamos conhecendo uma Diana que está se redescobrindo, se reconectando com sua mitologia e se tornando realizada com suas ações.

Falaram sobre Siegfried, um herói da mitologia Nórdica, citado pelos escritores no painel como “um amigo que Diana fez enquanto se aventurou por Asgard”, ele se tornou basicamente um encontro de uma noite de Diana, mas com grandes especulações de que será o novo interesse amoroso da personagem. Esse arco de “Wonder Woman” contará com a colaboração de Jill Thompson, roteirista colorista e ilustradora, ela já esteve imersa na história da Mulher-Maravilha antes com a HQ “Mulher-Maravilha: A verdadeira Amazona”.

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Stephanie Williams (Wonder Woman 1984″), Alitha Martinez (“Immortal Wonder Woman”) e Vita falaram sobre Núbia. Pela primeira vez, Núbia, irmã de Diana, tem uma história solo em que ela é o foco no arco inteiro. Segundo elas, essa é a melhor chance para contar quem Núbia é de verdade. Além disso, falaram sobre a forte representatividade que Núbia, com um arco inteiro apenas dela, vai trazer para meninas negras. Para elas, é importante ler e se ver representada, poder de fato enxergar aquela história como sua, e esta personagem tem a chance agora de fazer isso. E exaltaram a importância do arco dela, uma super-heroína negra, ser escrita e produzida por mulheres negras.

Também comentaram sobre como chegaram ao design final da Núbia. Passando por características clássicas de super-heroínas, até inovações que a tornassem forte passando uma imagem poderosa para os leitores. Os comentários sobre o arco dela não puderam ser muitos específicos para evitar spoilers.

Jöelle Jones, escritora e ilustradora de Yara Flor, não pôde estar presente, mas enviou um vídeo em que ela agradeceu aos fãs pela recepção da Yara e aos brasileiros que a ajudaram a construir a personagem. Yara Flor é a Mulher-Maravilha brasileira.

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Finalizando com a importante mensagem de que, em 80 anos de Mulher-Maravilha, estamos em uma época em que é a primeira vez que existe tantos arcos da personagem e de sua família: Diana, Núbia e Yara Flor. Por outro lado, todos esses anos se passaram, ano 2021 e, apesar da diversidade estar sendo abordada em vários âmbitos, a bissexualidade da Diana ainda parece ser um grande tabu. Apesar de ter sido confirmada, não existe nenhum plano de explorar a sexualidade da personagem de forma completa em nenhum arco novo da Diana, nem mesmo da Núbia ou da Yara. Pelo contrário, como mencionado acima, mesmo depois de sua morte, Diana foi diretamente encaminhada a um novo caso de amor: um novo homem.

Ainda é decepcionante que, em uma década em que a diversidade é o tema foco, com isso se refletindo nas histórias em quadrinhos e filmes de super-heróis, os escritores e produtores tendo em mãos uma personagem tão importante como a Mulher-Maravilha, canonicamente bissexual, fujam de todas as formas de trabalhar isso a fundo.

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