A primeira temporada da série “Big Shot – Treinador de Elite” apresentou diferentes tipos de relacionamentos, de família, de relações de trabalho e de relacionamentos amorosos. Entre os vários casais temos Carolyn ‘Mouse’ Smith (Tisha Custodio), uma das jogadoras do time de basquete do colégio, as Sirens (sereias) e Harper Schapira (Darcy Rose), participante e filha da professora de teatro.
A série do roteirista e criador Brad Garrett teve duas temporadas nos anos de 2021 e 2022. Ao todo, foram ao ar 20 episódios, tratando principalmente da relação em torno das jogadoras do time de basquete, suas relações com a família, com as amizades e com o treinador, que está tentando reabilitar sua carreira que um dia foi de sucesso. Pelo fato da série ter introduzido um casal sáfico, isso mostra que a Disney está tentando trazer representatividade dentro de seus conteúdos, porém, entre Mouse e Harper, existe uma outra face da representatividade, uma que não é boa.
O primeiro contato direto entre elas ocorre em uma ação de marketing para o time de basquete, após isso, elas vão se aproximando, até que no episódio oito da primeira temporada, intitulado ‘Tudo pra mim’ acontece a declaração e o primeiro beijo. Porém Harper pressiona Mouse para contar sobre seu namoro aos pais, mas elas conversam e fica tudo bem. Nas outras cenas de “Big Shot – Treinador de Elite” em que elas aparecem juntas, estão sempre de mãos dadas e evidenciando claramente que estão apaixonadas.
Na segunda temporada, durante o episódio cinco, ‘o dia da Gincana’, quando a Mouse tem um acidente e se machuca, fica claro que Harper tem a tendência a se importar somente com seus desejos. A sua necessidade de se provar e estar sempre no topo faz com que a jogadora perceba que aquele relacionamento não a faz bem e antes de terminar, uma das suas companheiras de equipe diz que Mouse é tóxica e que ela merece alguém melhor.
Porém, ao final de “Big Shot – Treinador de Elite”, elas terminam juntas, é explícito que a saudade que sentem uma pela outra faz com que elas acabem juntas, porém, esse argumento evidencia que a jogadora escolhe voltar novamente para uma relação que a faz mal, por talvez não ter outra escolha ou não acreditar que tenha.
A série tem uma classificação indicativa para maiores de 10 anos e seu público-alvo pode ser considerado juvenil, o que abre debate sobre a interpretação que esse público pode ter dessa relação, sendo evidente que o ruim é melhor do que o nada.