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The Bold Type e a repetição do plot de traição em produções LGBTQ+

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[Este texto contém spoilers]

Na semana passada, os fãs de “The Bold Type” ficaram chateados com o rumo que o casal LGBTQ+ Kadena (Kat + Adena) tomou. Mais uma vez o plot de traição, uma escolha de narrativa muito utilizada para quem acompanha os casais LGBTQ+ femininos representados nos filmes e séries de TV.

The Bold Type e Kadena

Ao mesmo tempo que é positivo, pois causa uma realidade e traz mais desenvolvimento para o casal, também temos a parte negativa, já que se for mal elaborado, pode trazer uma generalização das relações LGBTQ+. E todo cuidado é pouco, visto que só agora esses relacionamentos estão começando a ser mais explorados e é preciso ter cautela para não perpetuar ainda mais os esteriótipos construídos pela sociedade.

Em “The Bold Type” o motivo da traição foi que Kat (Aisha Dee) está entrando no universo lésbico e acabou sentindo-se atraída por outras mulheres, além disso, a carência que sentia pela ausência de Adena (Nikohl Boosheri) falou mais alto que o amor que sentia pela fotógrafa.

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De acordo com a psicologia, a traição está ligada as necessidades internas da pessoa que traiu, como por exemplo, medo de assumir uma responsabilidade, necessidade de algo novo, distanciamento e falta de comunicação na relação.

Como por exemplo, em “Grey’s Anatomy”, quando Arizona Robbins (Jessica Capshaw) traiu a Callie Torres (Sara Ramirez), a justificativa foi que Arizona tinha acabado de passar por um evento traumático em sua vida, o que acabou gerando conflitos entre as duas. E a forma que ela escolheu para escapar dessa realidade foi traindo a esposa (Callie).

Nos filmes, o plots de traição também são muito recorrentes e acontece principalmente quando a personagem principal está com dúvidas em relação a sua sexualidade, mas não quer deixar seu parceiro, ou quando está com questionamentos sobre o relacionamento.

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Como é o caso do longa “Imagine Eu & Você” em que Rachel (Piper Perabo) se apaixona no dia do seu casamento por Luce (Lena Headey), que auxiliou a organizar sua festa. Mesmo ela tendo se encantado pela florista, a personagem de Perabo não termina seu relacionamento até ter certeza depois que beija a mesma (Luce).

Já em “Azul é a Cor Mais Quente”, Adele (Adele Exarchopolus) trai Emma (Léa Seydouox), porque estava infeliz com seu relacionamento. Essa traição acontece nos últimos minutos do filme, o que dificulta que as pessoas entendam os motivos pelo qual o casal não deu certo.

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Assim a traição precisa ser bem explorada nas séries e filmes, e não apenas ser colocada como um empecilho que o casal precisa passar. Acredito que “The Bold Type” irá ter essa responsabilidade ao abordar essa questão de forma leve e consciente, assim como ela está fazendo ao retratar outras questões tão importantes quanto.

E aí, o que você achou dessas traições? Tem alguma em especial que você sofreu junto com as personagens? Conta para gente!

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