No dia 26 de abril foi lançada, na plataforma de streaming Disney+, a série documental de nome “Matildas: A Caminho do Mundial”. A série de seis episódios foi produzida pela ex-ginasta e esquiadora australiana Katie Bender Wynn, retrata a jornada da seleção de seu país desde o dia 25 de junho de 2020, quando foi anunciado que a Austrália e a Nova Zelândia iriam sediar a maior competição de futebol feminino do mundo juntas, até mais ou menos o dia 12 de novembro de 2022, quando a seleção australiana venceu a poderosa medalhista de prata Suécia por 4 a 0 em solo nacional.
Entre os vários tópicos, a diretora retratou alguns aspectos da vida das atletas, como as dificuldades em relação à família, os relacionamentos, os sacrifícios e as decisões tomadas tendo que se pensar não somente em si mesma, mas em todo o país. A primeira mudança que ocorreu nas Matildas foi a mudança do comando técnico com a chegado do sueco Tony Gustavsson para treinar o time. O começo de sua trajetória foi bem conturbado com uma grande dificuldade de encontrar o time ideal, tendo que lidar com uma questão presente em muitas seleções, principalmente, nesse último ciclo de mundiais, a renovação.
É claro que o conjunto de muitos aspectos indica que a copa da Austrália e da Nova Zelândia vai ser a melhor da história até o momento, mas algo que foi muito enfatizado durante “Matildas: A Caminho do Mundial” foi a decisão de que este ciclo é para ser além dos três anos de preparação do mundial. Jogadoras importantes das Matildas como Sam Kerr, Lydia Williams e Alanna Kennedy falam muito sobre suas experiencias não tendo um exemplo feminino no futebol e como elas encaram a possibilidade e responsabilidade de ser esse exemplo para as próximas gerações de garotas que hoje podem sonhar em ser jogadoras de futebol.
Além disso, a produção trata temas como os grandes sacrifícios que precisam ser feitos, como, por exemplo, o desgaste das jogadoras que têm uma partida a cada três ou quatro dias, praticamente não tendo tempo de viver a vida; no primeiro episódio a capitã e maior artilheira, Sam Kerr, diz que a última vez em que teve uma folga descente de mais de 18 dias foi há cerca de dois anos e meio enquanto ainda jogava nos Estados Unidos, o que leva a equipe técnica da seleção ter que ser obrigada a dar essa folga as jogadoras importantes.
Com esse descanso obrigatório, podemos ver a chegada de novas jogadoras promissoras na seleção, como a zagueira Charli Grant e a atacante Cortnee Vine. Em jogos difíceis, elas foram convocadas e convenceram o treinador que deveriam fazer parte das Matildas. Outro aspecto muito presente na modalidade, que foi retratado na série, são as lesões de LCA (ligamento cruzado anterior) do joelho, algo que pode tirar as jogadoras do campo por pelo menos dez meses. Portanto, entre todos os desafios que foram propostos e as dificuldades que podemos ver durante todo o ciclo, a Austrália conseguiu se firmar como uma das favoritas a vencer a copa do mundo, em sua própria casa.
LesB Nota
Roteiro
Direção
Personagens
4.5
Sinopse
A inspiradora história das Matildas enquanto elas se preparam para a Copa do Mundo.