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Pro Mundo (Out!) | Lucy Tara – representação positiva em séries policiais

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Depois do Pro Mundo (Out)! do mês de março apresentar a personagem Kate Whistler (Tori Anderson), esse mês vamos falar sobre Lucy Tara (Yasmine Al-Bustami), também da série “NCIS:Hawaii”, o par romântico de Kate.

“NCIS:Hawaii”, no ar com a sua segunda temporada, acompanha a equipe de investigadores do NCIS, que tem o trabalho focado em crimes relacionados a marinha americana. É a quarta série de uma longa franquia, e a primeira a ter personagens LGBTQIA+, em específico, duas mulheres sáficas, desde o começo da trama, em seu elenco principal.

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Lucy Tara, agente júnior da equipe, é descrita pelos próprios colegas de time como feroz e pequena, o que resume bem a primeira impressão que se tem da personagem, é também amigável e falante, e quer resolver os crimes de qualquer forma e nem sempre tem paciência para esperar pelas burocracias.

Essa sua falta de paciência a coloca em situações difíceis com sua (não) namorada, Kate, que como oficial de inteligência é a pessoa que impede a equipe de acessar informações que, por mais que possam ser importantes para os casos, também são confidenciais. Isso faz com que a relação delas, no início da série, seja algo como um enemies to lovers, mas que, no “vai e volta” que tem a cada episódio, acabe não deixando ser nem totalmente enemies nem lovers, pelo menos por uma parte do tempo.

Além das suas características básicas, Lucy cresce com o passar da trama. A amizade que tem com os colegas, e a admiração por sua chefe e mentora, Jane Tennant (Vanessa Lachey), permite a ela mostrar o que é capaz como agente e como é uma pessoa doce e leal. Yasmine Al-Bustami também consegue trazer realidade para a personagem, caminhando facilmente entre o humor e o drama, dando a chance de Lucy ser grande parte do alivio cômico (parte importante para que não seja uma série tão pesada) e também uma das personagens a ter as cenas que mais passam revolta e tristeza, que também sentiríamos se estivéssemos em seu lugar. Isso faz com que a gente consiga, mesmo em um contexto tão distante do nosso, se aproximar de Lucy.

Lucy também é aberta quanto à sua sexualidade, e em momento algum isso é colocado como uma problemática, outro ponto positivo para a produção que, ao discutir o relacionamento amoroso entre as duas mulheres, não coloca isso como uma surpresa, uma descoberta ou até mesmo pontos de homofobia, apresentando como qualquer outro relacionamento, com suas qualidades e defeitos.

Outra informação importante é a origem da atriz, levada também para a personagem, que mesmo que tenha crescido nos Estados Unidos, tem origens Palestina e Filipina, sendo uma das pessoas não brancas, em uma trama que consegue apresentar diversidade de diferentes formas.

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Assim, Lucy Tara é uma mulher que sabe o que quer e luta para chegar nesse lugar, sendo também sensível e amigável. Mesmo tendo ações que nem sempre concordamos, conseguimos entender, exatamente por ser tão humana e tão fácil de se relacionar. Consegue ser assim não apenas uma das personagens mais adoradas de “NCIS:Hawaii” como de toda a franquia NCIS, e tem cada vez mais chance de ganhar espaço e desenvolvimento nas próximas temporadas.

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