LesB Indica | O Canto da Sereia – narrativa que foge dos clichês das produções policiais
Baseada no romance homônimo de Nelson Motta, “O Canto da Sereia” conta os bastidores da vida de Sereia (Isis Valverde), uma cantora de axé baiana que é tragicamente assassinada em um trio elétrico enquanto se apresentava no Carnaval. Em quatro episódios, descobrimos como a fama pode ser muito mais fatal do que imaginamos.
Baseada no romance homônimo de Nelson Motta, “O Canto da Sereia” conta os bastidores da vida de Sereia (Isis Valverde), uma cantora de axé baiana que é tragicamente assassinada em um trio elétrico enquanto se apresentava no Carnaval. Em quatro episódios, descobrimos como a fama pode ser muito mais fatal do que imaginamos.
A história começa momentos antes de Sereia subir no trio para começar sua apresentação e logo conhecemos as figuras mais importantes da trama: Mara (Camila Morgado), sua empresária e amante, Augustão (Marcos Palmeira), segurança particular de Sereia, Paulinho de Jesus (Gabriel Braga Nunes), seu ex-namorado e produtor, Só Love (João Miguel), fundador do fã clube de Sereia e seu secretário pessoal, Mãe Marina de Oxum (Fabíula Nascimento), sua mãe-de-santo, o marqueteiro Tuta Tavares (Marcelo Médici), aproveitador da fama de Sereia, e o governador Jotabê (Marcos Caruso), interessado em aumentar sua popularidade.
Após a morte da maior estrela em ascensão de Salvador, todos querem descobrir quem é o assassino e quais são suas motivações. A partir disso, a história se divide entre o presente, durante as investigações, e flashbacks da trajetória de Sereia até alcançar o sucesso, dando ênfase as interações da cantora com aqueles que a rodeavam.
“O Canto da Sereia” faz um ótimo trabalho em instigar o espectador em todos os momentos. O desenrolar do mistério e suas reviravoltas são muito bem construídos e deixam aquele gostinho de “quero mais”. Apesar de contar somente com quatro episódios, a história é explorada de uma forma que todas as coisas se encaixam, não deixando nada mal desenvolvido.
Outro ponto positivo da minissérie é como a narrativa foge do clichê que vemos em produções policiais. O jeito que nada é óbvio mostra a preocupação da produção, sob direção de José Luiz Villamarim (“Amor de Mãe”), em não tratar o público como idiota. Tudo acontece em decorrência das nuances de Sereia e como a mesma, e os outros, lidavam com sua fama.