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Modern Love e a representatividade LGBTQIA+ na adolescência

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Quantas formas de amor podem existir? E de quantas mais ele pode se manifestar? Em “Modern Love” somos apresentados às inúmeras possibilidades de respostas para essas perguntas. A série aborda, sobretudo, o desenvolvimento de relacionamentos, estejam eles no início, meio, fim ou nem mesmo tenham começado.

Além disso, a produção tem a premissa de mostrar os diferentes caminhos que essas relações podem tomar. Após quase dois anos da estreia dos seus primeiros episódios, a nova temporada finalmente chegou com tudo ao Prime Video.

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A série dirigida por John Carney é baseada na coluna homônima publicada no jornal The New York Times e apresenta, em cada episódio, histórias de “amores modernos” diferentes, como uma antologia.

Nesse sentido, a segunda temporada incorpora essa mesma ideia de representação diversificada dos relacionamentos. Ao longo dos capítulos, vemos também que a produção cumpre com essa proposta ao não retratar apenas o romance do ponto de vista do casal hétero, clichê e padrão.

Nesta temporada, é possível perceber a presença de mais atores negros ocupando os papeis principais, casais com problemas reais e temáticas LGBTQIA+, que se mostram mais presentes do que na primeira temporada, por exemplo. E este é um dos pontos positivos dessa etapa. No entanto, mesmo com mais representatividade, a série fica dividida entre episódios que, por mais que tentem fugir do óbvio, acabam por repeti-lo

Na segunda e tão esperada temporada de “Modern Love” ganhamos um episódio (inteirinho) sobre um casal de adolescentes LGBTQIA+.

No quinto capítulo chamado “Am I Gay or Straight? Maybe This Fun Quiz Game Will Tell Me”, acompanhamos as descobertas de Katie (Lulu Wilson) e Alexa (Grace Edwards). As adolescentes levam vidas completamente diferentes, tanto no convívio social, quanto no familiar. Do lado de Katie temos uma vida sempre agitada, sua mãe se desdobra em mil para conseguir dar conta da criação dos filhos e pouco lhe sobra tempo para conversar com a filha.

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Já Alexa vive em um ambiente familiar dos “sonhos”, tem uma boa relação com os pais e tem total liberdade para ser quem é e amar quem quiser.

“Modern Love” é conhecida por ser uma série que debate questões importantes, e aqui não seria diferente. O desenvolvimento entre as duas personagens é muito bom. Diferente do que estamos acostumadas a assistir.

Sou da época em que a maior representatividade LGBTQIA+ foi a série Glee”, que mesmo cometendo erros, foi importante para a jornada de descobrimento e aceitação de várias garotas, falo por mim. E assistir esse episódio me fez ter a certeza de que mesmo dando “baby steps” – passos de bebê -, conseguimos ter uma boa representatividade nas telinhas.

Do que o episódio fala?

Na primeira temporada, o público se viu envolvido com as dificuldades da personagem de Anne Hathaway vivendo uma advogada bipolar que sofria para encontrar um parceiro — em trama que repercutiu nas redes sociais pela complexidade da personagem vivida por uma atriz muito conhecida. A sensação é de que buscamos o amor perfeito, hollywoodiano mesmo, em cada parte da primeira temporada.

E nesse episódio, o amor é visto em pequenas atitudes, na mais pura essência. As atrizes praticamente iniciantes brilham em um dos capítulos por mostrarem que um bom roteiro também causa impacto: no meio de uma gincana de séries do ensino médio, elas sentem atração uma pela outra e acabam se beijando. A partir disso, Katie entra em sua jornada para o seu descobrimento e aceitação.

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Vale a pena assistir?

100%! E se você quiser se emocionar, recomendo ainda mais.

“Modern Love” traz, nessa temporada, histórias com temáticas mais diversificadas do que na anterior. Contudo, perde-se em alguns momentos na proposta de trazer romances reais e acaba, ou caindo no clichê, ou apresentando histórias confusas, que fogem do ideal da série.

No geral, entretanto, a sua forma característica de narrar essas tramas, aproximando-se do real, ainda se faz predominante ao longo da produção. E assim, nos vemos de cara com romances que nem sempre são tão fáceis e mágicos, mas que mesmo assim têm a chance de dar certo e a possibilidade de felicidade.

Mesmo com todos os pesares, a série consegue fugir do óbvio e tratar de assuntos importantes de modo natural e confortável, o que gera muitas situações empáticas de reconhecimento, proximidade e identificação.

Você pode assistir a série no Prime Video.

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