Setembro Amarelo é considerado o mês de prevenção ao suicídio, assim nesse texto vamos conversar sobre a importância dos atravessamentos do cuidado da saúde mental não ser somente durante este período, tratando-se em específico sobre a população LGBTQIA+.
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Durante esse mês em que estamos no tema do suicídio e do cuidado da saúde mental, sendo estes assuntos bastante falados na sociedade por profissionais especializados no assunto, em campanhas midiáticas, ou no dia a dia, mesmo com todos os tabus que ainda envolvem falar sobre essa temática, fica o questionamento: e durante os outros meses? A intenção da campanha deveria também ser justamente evidenciar a importância de se ter debates sobre o assunto ao longo do ano todo e não só nesse período específico de tempo.
Admitindo essa importância e levando em conta a realidade que estamos vivendo desde o início da pandemia do Covid-19, estudos já apontam como tal afeta desproporcionalmente a saúde mental de pessoas LGBTQIA+, em que sintomas de depressão e ansiedade se tornaram mais frequentes, isso não só relacionado com o efeito do lockdown, mas também envolvendo as questões de relações familiares, do uso de substâncias, preocupações financeiras e a falta de uma rede de apoio.
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Desta maneira, fica evidenciado o jeito de como esse cuidado com o bem-estar psíquico não se faz somente de forma individual e pontual, é (ou deveria ser) um processo coletivo. E levando em consideração a realidade de muitas pessoas que ainda não têm condição de pagar por um serviço psicológico privado, se mostra a necessidade de se ter um forte financiamento e fortalecimento da rede de atenção psicossocial, este sendo um serviço do SUS, em que proporciona equipamentos para receber estas e outras demandas.
Assim, durante esse mês de Setembro Amarelo também é necessário destacar que a procura por um profissional de psicologia é bem importante, a fim de obter uma ajuda qualificada. Além disso as Clínicas Escolas das Faculdades geralmente oferecem esse serviço por valor social ou gratuitamente, outra alternativa de procurar ajuda profissional é por meio de UBS, CRAS e CAPS da sua cidade por meio do SUS. Caso seja necessário, existe o Centro de Valorização da Vida (CVV), um serviço que funciona 24h e oferece apoio e escuta desses casos que envolvem a saúde mental, disque 188.
Referência: Angústia, insegurança e medo na população LGBTQIA+: Comprometimento da saúde mental na pandemia da COVID-19