LesB Indica | Retrato de Uma Jovem em Chamas – longa-metragem com cenas de tirar o fôlego

O drama histórico aclamado pela crítica especializada, que caiu nas graças do Festival de Cannes, é uma história de amor entre duas mulheres, mas também é sobre cumplicidade e sororidade. A narrativa se passa na França e logo de início nos apresenta a Marianne (Noémie Merlant), uma jovem pintora que tem um trabalho para fazer: pintar uma moça que irá se casar. O retrato será mandado ao seu pretendente para que ele reconheça a beleza da futura esposa.

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Ao chegar na casa da cliente, Marianne descobre que a mãe da moça a contratou dizendo para a filha que ela seria sua dama de companhia, já que a mesma se recusou a posar para o pintor anterior. A jovem é reclusa, passou a vida em um convento e só saiu de lá porque iria se casar. A condição é que, enquanto a artista faz seu papel, ela deverá estuda-la para que pinte o quadro sem que a jovem saiba. Ao aceitar a condição, ela conhece Héloïse (Adèle Haenel), a jovem que deverá retratar.

O longa-metragem é contado como uma lembrança de Marianne sobre o tempo em que conheceu Héloïse. Ela ainda fala que a viu duas outras vezes, mas não há histórias da co-protagonista. O filme é cheio de cenas de tirar o fôlego e pequenos detalhes que vão fazer sentido mais para o final, como uma música que a personagem de Merlant mostra para a outra ao tentar explicar para ela como era uma orquestra (a música é parte do concerto “As quatro estações”, de Vivaldi).

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“Retrato de Uma Jovem em Chamas” ganhou o Queer Palm, premio do Festival de Cannes voltado a produções com temática LGBTQIA+, e também o Felix no Festival do Rio como melhor filme de ficção. Ele também foi indicado ao 31º GLAAD Media Awards de 2020, mas por conta da pandemia do COVID-19, a premiação ainda está pendente. A diretora Céline Sciamma é conhecida por outra produção francesa, o aclamado “Tomboy” (2011).

O longa-metragem está disponível nas plataformas Looke, Vivo Play e ITunes.