Uma das apostas da Netflix para 2020, “Ratched” segue a história de Mildred Ratched (interpretada pela fantástica Sarah Paulson), personagem baseada na importante obra cinematográfica “Um Estranho no Ninho”, sendo a primeira uma espécie de prequel ao original.
Em 1947, a enfermeira Ratched começa a trabalhar em um hospital psiquiátrico na Califórnia, renomado por utilizar métodos ditos inovadores para a época, hoje já vistos como tortura. A personagem título, no entanto, tem o verdadeiro plano de libertar um assassino em série (de padres) que está em tratamento nesse hospital, e não tem escrúpulos para conseguir seu objetivo. Assim, com as ações obscuras e manipuladoras da mesma, a produção mantém um grande suspense durante todos os episódios, um dos maiores motivos para prender os telespectadores.
Outra grande razão que segura o público é o desenvolvimento do relacionamento de Ratched com Gwendolyn Briggs (Cynthia Nixon, conhecida por “Sex And The City”), que por mais que seja por muitas vezes apressado, nos ganha pela grande química entre as atrizes (o que nos mostra inclusive a importância de personagens LGBTQIA+ sendo interpretados por atores também parte dessa população).
Assim, mesmo com uma narrativa que contém vários gatilhos, e que não se mostra inovadora (sendo bem parecida com outras séries de Ryan Murphy, em questão de história e de estética), a produção acabou sendo um sucesso (mesmo que não amplamente comentada nas redes).
Seguindo esse sucesso, “Ratched” foi indicada ao Globo de Ouro 2021 em três categorias: Melhor Série de Drama (o que causa certo estranhamento, principalmente pelo fato dela não ter unanimidade entre os críticos), Melhor Atriz em Série de Drama e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente para Sarah Paulson e Cynthia Nixon (duas indicações merecidíssimas).
Agora o que nos resta é esperar se algumas das indicações se transformará em vitória, e quando teremos a segunda temporada (algo basicamente confirmado, já antes da série lançar, pelo sucesso de Murphy).