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LesB Indica | LGBT Sem Terra: o amor faz revolução – curta-metragem retrata a vida de pessoas LGBTQIA+ no MST

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O curta-metragem “LGBT Sem Terra: o amor faz revolução” apresenta as linhas políticas do Coletivo LGBT do MST, desafia e interroga o próprio Movimento sobre as sexualidades, identidades e fala da dureza das violências que os LGBTQIA+ estão expostos, mas faz isso com poesia, esperança e altivez de quem encontra na grandeza deste Movimento da luta pela reforma agrária a possibilidade de ser, viver e amar sem medo.

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A proposta do curta-metragem de representar a temática LGBTQIA+ foi uma demanda do próprio Coletivo no intuito de mostrar os avanços do Movimento em relação a esta questão. Por ser uma organização plural de trabalhadores, onde muitos são também religiosos, Alessandro Mariano – um dos integrantes do Coletivo, conta que era muito difícil para um militante se assumir LGBTQIA+ dentro do MST.

Lutar contra o latifúndio e por uma agricultura livre de agrotóxicos está na centralidade do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra desde 1984. E após três décadas de embates, o MST dá mostras de amadurecimento. Hoje, a organização é a maior produtora de arroz orgânico do país, promove a educação formal em escolas rurais, mantém rádios comunitárias e edita livros. No entanto, no atual momento brasileiro de retrocessos no campo social, aliado à pandemia da COVID-19, é preciso fortalecer as redes de solidariedade, com doações de alimentos e mais espaços de acolhimento, para garantir que as pessoas LGBTQIA+ sobrevivam dentro e fora do Movimento.

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Como citado no curta-metragem, levou tempo, mas finalmente o Movimento oferece protagonismo a uma militância LGBTQIA+ em um ambiente tradicionalmente patriarcal e machista. Desde o surgimento do Coletivo, o debate da diversidade sexual e de gênero foi agregado ao programa da Reforma Agrária Popular que, desde 2014, vem orientando com novas formas de cuidado com a terra e o meio ambiente, e também novas relações humanas. Além disso, em 2017 foi publicada a cartilha “O MST e a Diversidade Sexual: questões para debate”, que permitiu a ampliação da temática nos cursos de formação e encontros da organização.

O curta-metragem tem aproximadamente 12 minutos, foi lançado em maio de 2020 e retrata o cotidiano de 300 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais moradores de assentamentos da reforma agrária ou vivendo sob as lonas de acampamentos à beira de estradas. A produção conta com a participação de Ruth Venceremos, Drag Queen do Distrito Drag e Alessandro Mariano, ambos do Coletivo LGBTQIA+ do MST, além da cantora feminista e artista pernambucana Doralyce e também de Bruna Benevides, da diretoria da ANTRA e ABGLT.

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O curta está disponível no YouTube e foi produzido pela Brigada de Audiovisual Eduardo Coutinho, que homenageia o cineasta e jornalista falecido em 2014. A Brigada contou com o apoio de um programa de intercâmbio estudantil europeu que promoveu oficinas, incentivou a criação de uma linguagem cinematográfica própria e viabilizou a exibição de filmes em acampamentos e assentamentos.

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