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Grey’s Anatomy: o significado do casamento Calzona

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Não é segredo para ninguém que Arizona Robbins (Jessica Capshaw) e Callie Torres (Sara Ramirez) protagonizaram um dos casais mais amados em “Grey’s Anatomy”, e podemos perceber isso claramente vendo o amor que o público da série tem pelo ship até hoje. Mas como todo par romântico, a história de amor entre as médicas não foi das mais fáceis. Elas namoraram, se assumiram dentro do ambiente de trabalho e o mais marcante disso é que elas foram reconhecidas o tempo inteiro como um casal e ponto. O fato de estarem em um relacionamento homoafetivo em nenhum momento foi um problema no Seattle Grace.

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Mas isso não evitou os conflitos que elas viveram durante o tempo em que ficaram juntas, como a ida da Arizona para África e a separação, a gravidez inesperada da Callie e o acidente de carro que a deixou entre a vida e a morte, até que enfim conseguiram chegar no dia do casamento.

O evento acontece em um episódio cheio de emoções e tinha tudo para dar certo. As famílias estavam reunidas e tudo parecia às mil maravilhas, até que demos de frente com uma questão (infelizmente) ainda atual: a homofobia.  Perto da hora da cerimônia, mãe de Callie, que não parecia nada confortável desde o início, explicita suas razões de estar insatisfeita. Além da filha ter lhe dado uma neta fora do casamento, Lucia (Gina Gallego) estava indignada ,principalmente, por vê-la se unindo matrimonialmente com outra mulher. Em uma conversa cheia de palavras fortes que provocaram uma grande comoção, a matriarca dos Torres fala que não aguenta vê-la (Callie) fazendo isso, pois não suportaria não vê-la no “paraíso” que ela acreditava existir. E assim, Lucia foi embora sem ficar para o casamento da filha.

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A essa altura, a personagem da Ramirez sofreu de todas as dúvidas possíveis, principalmente porque essas palavras vieram de sua própria mãe, com um tom de decepção e reprovação, e obviamente não é algo que você espera escutar em um dos dias mais importante da sua vida e pior ainda sendo da pessoa que deveria te proteger. Bem, nesse momento Callie estava arrasada e querendo desistir de tudo por estar completamente insegura e perdida, até que Bailey (Chandra Wilson) vai até a casa da mesma e, depois de uma conversa carrega de emoção, consegue convencê-la de que é capaz de vencer mais um obstáculo colocado a sua frente.

A médica se recompôs, conseguiu recuperar sua auto-segurança e subiu ao altar levada por Mark Sloan (Eric Dane), seu melhor amigo. E isto nos faz perceber que ela ter levado o casamento adiante, mesmo depois de todo o ocorrido, é mais do que o amor que ela sente pela Arizona. É a força de uma mulher que precisou enfrentar a família, se impor e de uma autoconfiança maior do que qualquer outra pessoa ali. Ela ter levantado do sofá e ter ido ao encontro da esposa significou dar a cara a tapa mesmo quando tudo voltou contra ela, e nada é mais representativo do que isso sobre a vida de todo LGBTQ+. Todo dia, colocar a si mesmo no mundo para ser o que verdadeiramente é, mesmo com todos os fatores contra.

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E no final disso tudo, Callie ainda teve o prazer de poder dançar com o pai, que voltou justamente para não perder a hora da valsa na festa. Este casamento foi uma marca de força e luta para que duas mulheres pudessem viver o amor que obtinham uma pela outra.

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