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Especial Aniversário | A importância da representatividade positiva

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Enquanto crescia até que tinham personagens LGBTQIA+ na mídia, inclusive vários que eu amava, como Callie Torres (Sara Ramirez) e Arizona Robbins (Jessica Capshaw) de “Grey’s Anatomy”, no entanto não me identificava de verdade com nenhuma dessas mulheres.

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Já adolescente tinha notado que sentia atração por mulheres e homens (hoje notando que, na verdade, me sinto atraída por todos os gêneros), mas mesmo assim, não me identificava como bissexual nem pansexual, e nem mesmo entendia o quanto estava internalizando muitas questões até que, entre 2016 e 2017, conheci a websérie Carmilla” (provavelmente por alguma indicação no Tumblr).

“Carmilla” é uma produção do canal de Youtube KindaTv, lançada em 2014, e se baseia no livro de 1872 do escritor Joseph Sheridan Le Fanu. Na história original, Carmilla é uma vampira que seduz jovens moças e as leva a morte, sendo a personagem principal da história, Laura, a sua próxima vítima. 

Já na websérie, que se passa nos dias atuais, Laura (Elise Bauman) é uma jovem universitária da Silas University (um local muito estranho) que, ao notar que sua colega de quarto desapareceu, começa a buscar a mesma com ajuda de seus amigos, e acaba notando um padrão de desaparecimento de jovens no campus. Com isso surge Carmilla (Natasha Negovanlis), a nova colega de quarto da personagem de Bauman, uma estudante com comportamentos muito esquisitos e que logo de cara não se dá bem com a protagonista.

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A produção mostra toda a história com bastante comédia e um misto de mistério, e os personagens LGBTQIA+ (que são quase todos, mesmo que não os identificando claramente pelas denominações) são apenas personagens, com suas próprias características e importância, sendo que o seu gênero ou sexualidade não são o grande diferencial.

Assim, com os personagens de “Carmilla”, finalmente me foram mostradas pessoas com quem pude me identificar. Mesmo que a história fosse sobre vampiros, sacrifícios, deuses, os personagens se pareciam muito mais como pessoas reais, e muito importantes, eram jovens entrando na vida adulta que não precisavam de toda a história de descoberta, drama ou preconceito por serem LGBTQIA+.

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