Para quem acompanha as séries do Arrowverse, a Batwoman não chega a ser uma total desconhecida já que a personagem fez a sua primeira aparição no crossover do ano passado que levou Barry Allen (Grant Gustin), Oliver Queen (Stephen Amell) e Kara Danvers (Melissa Benoist) para uma Gotham sem o Batman, mas como uma nova heroína de capa e atitude.
O episódio pilota da série volta um pouco no tempo, antes de tais acontecimentos, e mostra Kate Kane (Ruby Rose) em meio ao seu treinamento e bem longe de casa, mas que é trazida de volta a sua cidade após seu antigo amor, Sophie Moore (Meagan Tandy), ser sequestrada por um grupo de bandidos. Assim vemos o início da sua jornada como a nova heroína de Gotham, porém vou tentar deixar os spoilers de lado hoje.
“Batwoman” estreou na noite deste domingo (07) na CW e já chegou com algumas críticas positivas. A série mostra o início da jornada de Kate Kane no lugar do seu primo Bruce Wayne, o famoso vigilante Batman, contudo esse não é o único desafio que ela enfrenta, já que junto com a sua chegada uma nova vilã também da as caras na cidade e ela tem problemas diretos com o pai de Kate, o dono da nova iniciativa de segurança privada Crows, Jacob Kane (Dougray Scott).
O futuro da série ainda é uma grande incógnita, já que ela pode seguir diversos rumos e errar muito também, principalmente em fazer de Kate nada mais do que uma versão feminina do Batman/Bruce Wayne. As mentes por trás da parte criativa da atração precisam saber criar uma identidade para ela que não paire o tempo inteiro nas sombras do Cavaleiro das Trevas ou que siga os passos de “Arrow” lá nos seus primórdios, e também saber lidar com a importância de ter uma super-heroína lésbica liderando uma série, algo ainda inédito e muito importante para a parcela que se sente abraçada por essa representatividade.
O primeiro episódio serviu para nos apresentar um panorama geral do que Kate vai ter que enfrentar, mostrando sua relação com Sophie, sua passagem pelo Exército, sua relação complicada com seu pai e o que a levou a vestir o traje, mas ela também possui muitos demônios para enfrentar antes que possa vir a se tornar a esperança que a devastada cidade de Gotham precisa.
Em quesito de atuação Ruby Rose, que foi alvo de críticas ao ser escolhida para o papel, até que surpreendeu. O esforço da atriz para trazer a tona o sofrimento da sua personagem era nítido, mas em compensação ela arrasa nas sequências de luta, trazendo muita veracidade para as cenas. Contudo deixo os elogios deixo para Rachel Skarsten que vive uma vilã engraçada, cruel e realmente insana. Se você é do tipo que ama os vilões, se prepare pois essa vai roubar seu coração.
Entre os personagens secundários a que mais me chamou atenção foi Mary Hamilton (Nicole Kang), filha da madrasta de Kate, que aparentemente era só mais uma socialiate rica e mimada mas que acabou se revelando como uma justiceira a sua maneira, uma estudante de medicina que usa das suas habilidades para ajudar a quem precisa, foi realmente uma grata surpresa. Já o fiel ajudante do Batman, Luke Fox (Camrus Johnson), que agora responderá a Batwoman, não conseguiu deixar uma impressão interessante no primeiro episódio além do ajudante-nerd-faz-tudo.
“Batwoman” é uma série que tem tudo para dar certo nessa nova leva de heróis da CW assim como “Black Lightning“, desde que não se perca no caminho, mas ela vai com certeza suprir o espaço que “Arrow “vai deixar para trás.