Na segunda parte da quarta temporada de “The Bold Type” muitas coisas que foram desenvolvidas ao longo da série na história das personagens principais foram desconstruídas.
Após Kat Edison (Aisha Dee) ser demitida por ter exposto declarações fiscais do seu chefe RJ Safford (Aidan Devine) (apoiador e financiador de um campo de terapia de conversão) na Scarlet, ela precisa se readaptar a sua nova vida, e isso inclui morar com Jane Sloan (Katie Stevens) e começar a trabalhar como bartender no clube que sua amiga se tornou integrante, “The Belle”.
No clube que é apenas composto por mulheres, Kat encontra uma membra não tão querida por ela: Ava Rose (Alex Paxton-Beesley), a advogada conservadora e também filha de RJ (seu ex-chefe). Tentando evitá-la a todo custo (ou não tanto), em dado momento, a personagem de Dee está determinada a produzir um podcast entre conversas no bar e quando suas primeiras convidadas falham no entretenimento, ela decide chamar Ava para seu primeiro programa.
Quando a advogada republicana se assume lésbica, é óbvio que Ava se tornaria o novo interesse amoroso da ativista Kat e entre discordâncias políticas e debates, o relacionamento se efetiva. Assim começa o desgosto dos fãs. Tendo em vista, que desde o início da série, o maior ship girava ao redor de Adena (Nikohl Boosheri) (orgulhosa muçulmana lésbica) e Kat, o fandom da produção não ficou nem um pouco felizes com o rumo que a história de Edison está tomando. De fato, é improvável que este casal tão querido volte a acontecer, e talvez, agora “The Bold Type” queira investir em um novo relacionamento inter-racial homoafetivo e claro, mostrando diferentes pontos de vistas.
Outro plot que desagradou nesta segunda parte foi a reviravolta no relacionamento de Sutton Brady (Meghann Fahy) e Richard Hunter (Sam Page). Com um pulo temporal de quase cinco meses, a relação entre os dois estava seguindo bem até Sutton engravidar e sofrer um aborto espontâneo. Neste momento, ela percebe que não quer ter filhos entrando em conflito com seu marido que sonha em ser pai.
Sendo assim, na mesma temporada que eles se casaram, eles botaram um fim no casamento. Isto gerou um desapontamento dos fãs, criticando o fato desta conversa não ter acontecido antes deles se comprometerem e destruindo qualquer chance de voltarem. Além de que, todas essas mudanças na vida de Sutton indicam que, talvez, na temporada seguinte, a personagem se encontre perdida como já aparentou estar no último episódio lançado.
Jane Sloan, nesses últimos seis episódios, diferente das outras protagonistas, tem um desenvolvimento melhor. Ela que escolheu fazer uma mastectomia dupla, agora está tendo dificuldades de adaptação com seu corpo e receio em se abrir para novos relacionamentos. Desta forma, ela está determinada a fazer que sua nova editoria “Feminista Fracassada” seja um sucesso, e paralelo a isto, tenta encontrar pessoas que compartilham dos mesmos sentimentos e medos que o seu. Ainda surge um novo interesse amoroso, como também é seu funcionário, Scott Coleman (Mat Vairo), tornando as coisas complicadas.
Por fim, Jacqueline Carlyle (Melora Hardin) que estava tendo problemas no seu casamento, tenta reacender o romance com seu marido, Ian Carlyle (Gildart Jackson).
Nesta última etapa de “The Bold Type”, diferente da primeira parte da temporada, os casos e reportagens normalmente tratados e debatidos em cada episódio foram deixados de lado, abrindo mais espaço para os problemas pessoais de cada personagem, como o desenvolvimento de cada relação amorosa e o sofrimento, o medo demonstrado de diversas formas através de Jane, Kat e Sutton.