Nos últimos anos as web séries vem conquistando um público cada vez maior. Esse formato também trouxe ótimas produções LGBTQ+ que apostam na representatividade positiva para essa audiência. E uma das primeiras séries que me vem à mente quando toco nesse assunto é “Carmilla”, e não podemos falar de “Carmilla” sem falar de Laura Hollis (Elise Bauman).
Em seu primeiro ano na universidade Silas, Laura se vê tendo de mover céus e terras para encontrar sua colega de quarto que desapareceu misteriosamente. Com a chegada da misteriosa Carmilla (Natasha Negovanlis), as pistas começam a surgir e a jovem estudante de jornalismo percebe que o problema é muito maior do que ela imaginava.
Na segunda temporada da web série, por conta dos acontecimentos anteriores e todo o esforço de Carmilla para derrotar a sua mãe, Laura via na vampira uma tendencia heroica que ela achava que precisava ser explorada. Neste segundo ano, contudo, ela percebeu que nem tudo vai dar sempre certo e que nem todas as pessoas vivem de acordo com as expectativas que criamos para elas, e que todos estão suscetíveis ao erro, principalmente ela (Laura).
No terceiro e último ano, vemos uma Laura que se diz cansada de lutar, lidando com as consequências de seus atos e ficando de fora da guerra que se aproximava. Porém ela não consegue se manter longe da linha de frente e, além de tudo, seu relacionamento com Carmilla enfrenta altos e baixos que abalam suas estruturas.
Uma das coisas que a personagem de Elise nos ensinou foi que para você vencer, você não precisa ser perfeita e acertar tudo sempre, e Laura realmente não era perfeita. Por vezes ela era inconsequente, impulsiva e até mesmo um tanto egoísta, mas não digo nada disso em forma de crítica, pois são as suas falhas, tanto quanto as suas qualidades, que a fazem ser quem é e que a tornam uma personagem tão importante.
Laura é uma mulher forte, independente, apaixonada e que não desiste fácil de coisa alguma. Carmilla pode ser a personagem titular da série, mas é Laura Hollis quem carrega o verdadeiro protagonismo e que foi por praticamente toda a série o elo que manteve aquele grupo tão peculiar unido e lutando contra todos os desafios que surgiram.