Bessie (Queen Latifah) está começando a cantar, mas ainda não aprendeu a encantar o público. Trabalhava para uma companhia de teatro, queria cantar, mas não tinha a “cor certa”, segundo os dirigentes da companhia. Ela era uma negra de pele bem escura e para fazer sucesso, supostamente, era melhor que fossem mulheres negras de pele clara ou lighskin – era feito até um “teste do saco de papel”, caso fosse mais escura que o saco, não teria chance no palco. Ela e seu irmão, Clarence (Tory Kittles), saem da companhia e vão em busca das próprias coisas. Ele era um dos que mais acreditavam e incentivavam o talento de Bessie.
Isso tudo até conhecer a já aclamada Ma Rainey (Mo’Nique), cantora de Blues já consagrada e que virou uma mentora para Bessie. Ma ensina para Bessie todos os truques e a ajuda a ganhar confiança para enfrentar o público e conhecer a si mesma. Dado momento, Ma Rainey e Bessie chegam a se vestir com roupas masculinas e vão a um bar, jogar e flertar com outras mulheres. Porém, as coisas mudam quando Bessie atinge um público maior que o de Ma, as duas rompem e Bessie começa a crescer por sua conta com a ajuda de seu irmão, principalmente, além de seus amantes.
A vida amorosa dela era agitada. A cantora, conhecidamente bissexual, teve vários relacionamentos com homens e com mulheres ao longo da vida. No longa-metragem, é retratado três deles: Lucille (Tika Sumpter), ou Lucy como era conhecida, acompanha Bessie em todos os lugares, Jack Gee (Michael Kenneth Williams), que foi seu marido/empresário por muitos anos e Richard (Mike Epps), que foi seu contrabandista de bebidas (o filme se passa durante os anos da Lei Seca nos EUA).
Bessie, ao romper com Ma e conquistar público, passa a ser conhecida como a Imperatriz do Blues e com a ajuda de Jack, consegue seu primeiro contrato com a Columbia Records e toda sua vida muda.
A história contada na produção acompanha toda a escalada de sucesso dela e sua vida pessoal. O longa saiu pela HBO, em 2015, e no ano seguinte se tornou o filme mais assistido na HBO de todos os tempos, além de ter recebido quatro Emmys, dentre eles o de Melhor Filme para TV. O roteiro foi idealizado em 1972, Queen Latifah fez o teste para interpretar em 1992, porém somente em 2009 a história começou a tomar forma com a ajuda da própria Latifah e da diretora Dee Rees, também conhecida por “Pariah“.