Ficha Técnica Livro: Os sete maridos de Evelyn Hugo Autor: Taylor Jenkins Reid Editora: Paralela Número de Páginas: 360 Ano de Lançamento: 2019
“Porque eles são só maridos. A Evelyn Hugo sou eu.”
O romance “Os sete maridos de Evelyn Hugo” foi primeiramente lançado aos assinantes da TAG Inéditos, e posteriormente foi publicado pela Editora Paralela. O livro fez muito sucesso no ano passado e ainda existe um burburinho a respeito da sua história, mas, para mim, que até uma semana atrás nunca tinha ouvido falar na autora Taylor Jenkins Reid, se tornou realmente surpreendente e fiquei completamente obcecada pela história de Evelyn Hugo já em suas primeiras páginas.
Já de início conhecemos Monique Grant, jornalista há mais de uma década, que trabalha na Vivant há menos de um ano produzindo matérias que considera insignificantes para a sociedade. Então, imagine sua surpresa quando sua chefe Frankie a informa que a famosa Evelyn Hugo pretende dar uma exclusiva para a revista, contudo tem uma condição, que Monique faça a entrevista. Claro que sua chefe tenta trocar por outros profissionais mais qualificados, porém a recusa da assessoria de Hugo é imediata.
No dia anterior a entrevista, a jornalista lê todo tipo de artigo e matéria referentes a atriz e tenta se preparar para arrancar informações preciosas referentes sua vida pessoal e seus sete maridos. Com setenta e nove anos, Evelyn Hugo, uma mulher poderosa e autêntica, é considerada uma deusa das telas do cinema (quase uma lenda viva) desde a década de 1950 quando estrelou pela primeira vez. E a pergunta de um milhão de dólares que sonda toda uma plateia de curiosos é: Quem é o grande amor da vida de Evelyn Hugo?
“Ela pode falar. Comigo ela pode falar. Pode admitir livremente. Aqui. Agora. ‘Evelyn, quem foi o grande amor da sua vida? Pode me falar.’”
Quando Monique chega na casa da velha atriz fica chocada ao saber que, na verdade, Evelyn Hugo em nenhum momento teve a intenção de dar uma exclusiva para Vivant. O que ela quer é que Monique escreva uma biografia autorizada sobre sua vida, com direito a todas as suas falhas, vitórias e claro, como ela chegou a ter sete benditos maridos. E bom, vamos combinar, senta que lá vem história. Sendo assim, a jornalista tem que se decidir entre a incerteza de lançar um livro que chega a valer milhões ou talvez, perder seu emprego se não levar nada palpável para a sua chefe.
A curiosidade que o livro proporciona ao leitor é sua força motriz e a todo momento você se encontra envolvida nos dramas da vida da celebridade e o que a levou a querer contar sua trajetória para uma jornalista, aparentemente, desconhecida. Evelyn Hugo é uma personagem que cativa, faz acreditar nela e sentir que ela é real, com todos seus defeitos e qualidades. É uma ficção tão bem construída que cria o questionamento: será que Evelyn Hugo realmente não existiu?
“Melhor ainda, lembre a todos que Evelyn Hugo nunca existiu. Foi uma pessoa que inventei para o público. Para ser amada. Explique que durante um bom tempo eu não entendia o que era o amor. Mas esclareça que agora sei, e que não preciso mais do amor das outras pessoas.”
A autora, com toda certeza, conseguiu escrever uma obra espetacular, que mostra as fragilidades que cercam nossa sociedade, com toda sua bondade e ruindade. A narrativa é fluída e as reviravoltas, algumas um tanto óbvias, ainda a faz querer continuar, porque o livro é provocativo, representativo e demonstra, com todas as suas garras, o poder das mulheres.
“Ah, eu sei que o mundo prefere mulheres que não têm noção do próprio poder, mas estou de saco cheio disso.”
Alerta de gatilho: violência doméstica, homofobia, assédio e suicídio.
Obs.: livro cedido pelo Grupo Companhia das Letras para resenha.
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