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No Diário (Out!) | Nesta data querida

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Dizem que aos 27, iniciamos um ciclo importante. Dizem que é quando começa a velhice. Dizem também sobre maldição. Dizem um monte de coisas. Eu não sei ao certo – como uma boa libriana – no que acredito, mas o fato é que nessas vésperas o barulho tem sido intenso aqui por dentro.

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Setembro é o mês do meu aniversário. Eu amo aniversários. Escrevo esse texto, portanto, no meu inferno astral. Nos últimos dois anos, abracei um convite – a contragosto – para um mergulho nas vísceras de mim. Uma inundação de reconexão com quem eu sou, fui e quero ser.

Eu sou feita de amores.

Dos que vivi e dos que quimerizei.

Para mim sempre foi muito difícil equilibrar vida e amor. Como se pudessem se dissociar… Sempre que o encontro, deserto-me à deriva em nome de amar. Afinal, o que poderia ser mais importante do que ele?

O amor.

A audiência em torno do primeiro amor é indiscutível. A primeira vez que se ama é, aparentemente, um marco unânime da existência humana. Não discordo, mas me reservo um papel que desempenho com gozo: a advogada do diabo.

A primeira vez em que se é amado é o marco unânime da existência humana. Eu sei bem, porque a mim foi dedicado um amor doce e gentil.

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Meu primeiro amor casou.

Confesso que meus chakras desalinharam e eu fiquei tentando entender o motivo. Afinal, já se vão treze anos e grandes outros amores na bagagem.

No dia do término, eu disse que talvez me arrependesse para sempre daquela decisão, mas eu não cabia ali. A gente tem uma certa obsessão pelo sempre, né? É verdade que me arrependi um pouco depois, não quis dar o braço a torcer e sofri.

Um dia ele me disse:

Você quem terminou, você quem pede para voltar, eu não vou pedir.

Sempre soube que o raciocínio era legítimo, mas o ego é uma coisa doida…
Eu pensava:

Também não peço.

Depois desse dia aprendi a nunca mais fingir costume com o amor. Perde não é quem dá, é quem não sabe receber. Eu ainda vou repetir muito isso aqui.

Perdi mesmo.
Ganhei um monte de coisa também.
E não trocaria nada que me trouxe até aqui.

Eu sou feita de amor porque a cada novo, conheço mais de mim e tenho a chance de ser melhor.
Eu sou feita de amor porque eles contam a minha novela.
Eu sou feita de amor porque colhi amores bonitos que me ajudam a reconhecer não amores disfarçados por aí.
Eu sou feita de amor porque eles são o propósito da caminhada.

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Que o amor me conceda toda abundância que só ele é capaz.
Que a gente transborde amor em suor lambuzado nas ruas desse país.
Que se inicie a jornada de descobrimento do cabalístico vinte sete.

Amém.

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