Estamos no mês de agosto, que como já é do conhecimento de muitas pessoas, é considerado o mês lilás, em que se tem uma campanha de enfrentamento à violência contra mulher. Mas, este dado mês, não apenas faz alusão a isto como também é considerado o mês da visibilidade lésbica. E sendo mais específica neste texto, vamos conversar sobre a saúde mental das mulheres lésbicas.
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Este é um assunto não muito abordado para além de agosto, mesmo no meio lésbico e LGBTQIA+ em geral. Nesse período, que deveria ser voltado para mulheres lésbicas, ainda carece de discussões sobre isso, e quando feito podemos perceber que são os poucos profissionais de saúde mental (os psicólogos) que abordam e trazem o debate sobre tal tema.
Falando sobre a saúde mental das mulheres lésbicas em si, podemos observar o quanto a questão da heterossexualidade compulsória está sendo discutida nas redes sociais nos últimos tempos. Tal pauta, que vem sendo abordada entre mulheres das mais diversas gerações, normalmente acaba surgindo junto com discursos e depoimentos de mulheres que já estiveram nesse lugar, em que a sociedade, mesmo que indiretamente, nos encaminha logo no início das nossas vidas, indicando como o percurso mais “fácil e normal” de viver.
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Não é preciso se prolongar bastante para perceber o quanto isso pode afetar a saúde mental de mulheres nessa situação, em que para sair da mesma, é preciso um processo de autorreconhecimento. Também se faz necessário questionar: os profissionais estão preparados para lidar com as demandas, relacionadas a este tema, que são trazidas para o consultório? Esta é uma pauta levantada durante a graduação e formação desses profissionais? Infelizmente, a realidade vivida por muitas mulheres lésbicas nesse espaço, que deveria ser de acolhimento e empatia, na verdade, está repleto de lesbofobia, o que não deveria ser uma realidade, afinal, é algo que vai contra o código de ética profissional de nós que lidamos e devemos ser responsáveis com a escuta.