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LesB Saúde | A solidão de mulheres sáficas

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Já falamos aqui no LesB Saúde sobre a importância de vínculos e a formação de uma rede de apoio entre pessoas LGBTQIA+, mas no texto de hoje queremos focar no assunto delicado que é a solidão de mulheres sáficas. Quando entramos em um relacionamento (seja esse romanticamente amoroso, de amizade, ou de outras configurações) para o funcionamento pleno devemos ter de ambas as partes, além do afeto, a disposição para confiança, comunicação aberta e responsabilidade afetiva. Mas, além disso tudo, o que mais deve estar nesse “checklist” para um bom relacionamento?

Às vezes, temos tudo isso e mais um pouco, mas no fundo só nos sentimos confortáveis tendo certas conversas e trocas com pessoas que compartilham de vivências parecidas com as nossas. Tal situação acaba sendo recorrente muitas vezes nas vidas de mulheres sáficas (mulheres que se relacionam com outras mulheres). Sim, temos relações com muito afeto e acolhimento, mas quando nos sentimos abertas para falar de certas situações que envolvam o mundo sáfico com pessoas que não compõem essa comunidade recebemos um diálogo de forma mútua?

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Para além do fato de que a vida da mulher sáfica pode ser solitária em várias vias, segundo estudos, estas mulheres (em comparação com mulheres heterossexuais e homens gays) são menos propensas a procurar ajuda profissional quando se trata da saúde mental. O que isso diz sobre como estamos cuidando da nossa saúde mental (e se estamos) é preocupante, ainda mais quando somado alguns fatores, como, por exemplo, raça.

Infelizmente, pensando por essa via, o acesso à saúde ginecológica também acaba sendo prejudicado. O acesso à informação, algo que deveria ser básico, muitas vezes não acontece, como já foi falado em um texto aqui no LesB Out! (último texto de Carol Moreno). Trazendo para a discussão as áreas de saúde já faladas, hoje já encontramos uma gama de profissionais com seus atendimentos voltados exclusivamente para essa população, oferecendo primeiramente o básico que deveria ser exercido por todo e qualquer profissional: acolhimento.

Vivemos em uma realidade que impacta diretamente à saúde mental, alimenta fatores de isolamento social, discriminação e outros como a ansiedade e depressão. Daí a importância de se ter uma rede de apoio de amigos próximos e familiares que possam estar dispostos para conversarem, e estarem presentes, caso alguém próximo chegue a relatar a solidão. Procurar expandir o círculo social fazendo contato com outras mulheres lésbicas e bissexuais para conversas/trocas de vivências pode também ter efeito ativo na busca de diminuir a solidão vivida.

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