LesB Indica | Teenage Cocktail – uma reflexão sobre adolescência e sociedade

“Teenage Cocktail” é um drama que traz a história de duas adolescentes vivendo em uma cidade pequena que não consegue comportar os sonhos de vida delas, além da super proteção típica de pais que vivem em cidades pequenas. Isso faz com que as meninas tenham o grande interesse em sair dali e ir para Nova York, o único problema é que nenhuma das duas tem dinheiro ou um emprego que possa bancar a nova vida tão sonhada.

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Jules (Fabianne Therese) sugere então que elas façam exibições eróticas na internet em troca de dinheiro para cumprirem a promessa de se mudar da cidade apertada. Annie (Nichole Bloom), sempre mais cautelosa com suas atitudes, questiona a ideia da amiga, mas cede quando percebe que talvez possa realmente ajudá-las. Com a relação se desenvolvendo para um romance, “Teenage Cocktail” traz uma discussão sobre as relações perigosas, já que Jules não tem nenhum problema em propor a Annie que trabalhem juntas nas exibições eróticas e nem mesmo em tornar as coisas mais perigosas quando as duas se arriscam de forma irresponsável  ao decidir encontrar um de seus “clientes” pessoalmente.

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Com direção de John Carchietta, que também participou do roteiro junto com Sage Bannick e Chris Sivertson, “Teenage Cocktail” leva o espectador a fazer alguns questionamentos sobre como o lugar social do adolescente precisa ser discutido. Jules e Annie em algum ponto da história percebem que só poderão ser felizes juntas indo embora daquela cidade e para longe dos pais, e essa situação bota as duas garotas em perigo de vida em uma reviravolta angustiante e envolvente depois da metade do longa-metragem.

Em uma mistura de drama e suspense, a trama envolve a quem assiste, pois desperta a expectativa de que as meninas vão sempre conseguir escapar de todos os problemas para finalmente poderem ser felizes juntas. “Teenage Cocktail” vale a pena ser conferido como uma forma de refletir acerca da situação em que os jovens são colocados socialmente, principalmente os adolescentes LGBTQIA+. As “respostas” de Jules e Annie para o mundo são, com certeza, não prudentes, mas serve como um grito de socorro e de alerta.