O filme “Gia: Fama e Destruição” acompanha a história da supermodelo Gia Carangi (1960-1986), desde o início da sua carreira, passando pelo seu reconhecimento e superexposição, bem como seu fim trágico. A história de Gia é intercalada com depoimentos de personagens que a conheceram. No longa-metragem, ela é interpretada pela jovem Angelina Jolie.
Ela é uma jovem tempestuosa, com um ar punk, mas extremamente bonita. Tem um passado triste vendo o relacionamento dos pais se deteriorar e cresceu na Filadélfia. Gia parecia não ter a intenção de se tornar uma modelo, mas as câmeras a adoravam. Fotos dela são tiradas e essas mesmas imagens cruzam o caminho de Wilhelmina Cooper (Faye Dunaway), uma dona de agência de modelos que acaba por se tornar uma mentora para Gia. Ela (Wilhelmina) coloca a protagonista em contato com grandes fotógrafos e estilistas, e todos ficam impressionados com a beleza e o ar de rebeldia de Gia.
Gia tem 17 anos quando vai para Nova York e começa a trilhar os caminhos da moda. Ao entrar nesse mundo, ela conhece Linda (Elizabeth Mitchell), uma maquiadora. A protagonista logo se apega a mesma e daí começa a surgir um romance. Linda ficou admirada com a atitude de Gia. Na vida real, a supermodelo nunca definiu sua sexualidade, mas sabe-se que ela teve um relacionamento bem conturbado com a maquiadora Sandy Linter.
Ao mesmo tempo em que Gia era tempestuosa, ela também procurava por aceitação e amor das pessoas. Tentou isso com a sua mãe, com Wilhelmina, com Linda. Enquanto ela crescia como modelo, crescia também o seu vício em drogas. Ela foi apresentada ao vício em cocaína nas festas de modelos. Seu vício também era em remédios para dormir e heroína. Todos ao redor dela sabiam sobre isso e tentavam apagar as marcas que as injeções deixavam nos seus braços.
O vício também veio como uma forma dela aguentar o excesso de trabalho e a falta de pessoas confiáveis ao seu redor. Quando Gia estava drogada, todos eram seus amigos. Mas assim como com as drogas, ela achava ter tudo e foi justamente por causa delas (drogas) que Gia começou a perder coisas.
A protagonista chegou a se internar na reabilitação por um tempo e manter uma certa normalidade no seu relacionamento com Linda, mas logo sucumbiu as drogas novamente. As coisas ficaram ainda mais desenfreadas, tudo se perdeu mais uma vez e ela descobre estar doente. Num momento de realização pessoal, ela começa a ficar em paz com as pessoas a sua volta.
Gia Marie Carangi é considerada, por muitos, a primeira supermodelo do mundo. Gia contraiu AIDS devido ao uso de seringas contaminadas. Em 18 de novembro de 1986, ela morreu aos 26 anos fraca, quase irreconhecível e somente com a sua mãe ao seu lado. As pessoas do mundo da moda nem souberam da sua morte até um tempo depois de seu sepultamento.
“Gia: Fama e Destruição”, que foi lançado em 1998, deu a Angelina Jolie um Globo de Ouro como Melhor Atriz em um filme para TV e também a Faye Dunaway pelo papel de Wilhelmina Cooper, que recebeu por Melhor Atriz Coadjuvante. O filme foi um sucesso de crítica e teve como base depoimentos de colegas e familiares de Gia, além de um diário pessoal dela.