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Review | Não Provoque – suspense envolvendo líderes de torcida é envolvente

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Bem-vindes à Sutton Grove e a vida sombria de algumas líderes de torcida. Baseada no livro de Megan Abbott, “Não Provoque” é uma série original do canal USA e distribuída no Brasil pela Netflix, focada na trajetória das três protagonistas, Colette French (Willa Fitzgerald, conhecida pelo seu papel em “Scream”), Beth Cassidy (Marlo Kelly) e Addy Hanlon (Herizen F. Guardiola).

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Imagine duas melhores amigas, Beth e Addy, a primeira considerada a chefe do time de torcida, aquela que manda (nem sempre de forma positiva) em todas, mal compreendida e problemática, já a segunda, a “tenente” sempre disposta a ajudar a “abelha rainha”, dedicada e bondosa. Dependentes uma da outra até o momento em que uma nova treinadora chamada Colette chega na cidade para treiná-las, e tudo começa a desandar.

A personagem de Fitzgerald, ex-líder de torcida, é levada a cidade por Bert Cassidy (Paul Fitzgerald), pai de Beth, com a promessa de levar a equipe até as Regionais. Logo de primeira, Beth não gosta da nova treinadora, enquanto Addy a vê como exemplo de sucesso. Ainda no primeiro dia de treinamento, na calada da noite, as duas garotas flagram a “senhorita perfeitinha” traindo o marido com um ex-ficante do colégio, o Sargento Will Mosley (Zach Roerig).

A produção, que possui dez episódios, se desenvolve através do relacionamento das duas amigas que tem sua amizade abalada com a chegada da nova treinadora, um assassinato que ocorre na cidade e as consequências deste acontecimento. Entretanto, um ponto a destacar é o crime acontecer tardiamente, apenas no final do sétimo episódio tendo pouco tempo de resolução, o que provavelmente se estenderá para a temporada seguinte.

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A relação desenvolvida entre Colette e Addy em muitos momentos se baseia em manipulação e jogos psicológicos, sendo que a aluna é obcecada pela treinadora, tornando-a cega e irritante em muitas cenas. Enquanto Beth, que tinha tudo para ser odiada desde o primeiro episódio, dá um show de interpretação, fazendo com que o espectador simpatize com suas dores e sua personagem.

Diferente das produções audiovisuais com essa temática, tais como “As Apimentadas” e “Eu Te Amo, Beth Cooper” ou até mesmo aquelas que possuem competições entre adolescentes, como “Sonhos no Gelo”, “Não Provoque” tem um aspecto mais sombrio, sendo um misto de suspense semelhante ao da primeira temporada de “Riverdale” somado ao mundo recheado de álcool, sexo e festas observados na produção da HBO como “Euphoria”.

Deste modo, a produção é uma boa pedida para quem está atrás de um thriller psicológico envolvendo adolescentes e suas relações de poder dentro de uma equipe de líderes de torcida. Além disso, a forma como a trama foi estruturada faz com que você termine cada episódio já querendo iniciar o próximo devido aos cliffhangers deixados, tornando-a fácil de maratonar.

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