Ficha Técnica
Livro: Codinome Villanelle
Autor: Luke Jennings
Editora: Suma
Número de Páginas: 216
Ano de Lançamento: 2020
“Codinome Villanelle” é um thriller que deu origem a série “Killing Eve“, distribuída no Brasil pela Globoplay. Lançamento do mês de abril da editora Suma, no livro acompanhamos a vida de Villanelle (um codinome, dã), uma das assassinas mais habilidosas e especializada em matar as pessoas mais ricas do mundo e Eve Polastri, uma ex-funcionária do serviço secreto inglês, e agora contratada para identificar e capturar a assassina responsável por tantas mortes.
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A história é dividida em quatro partes, e a primeira é inteiramente contada sobre a assassina, mesclada entre o presente e o passado. Atualmente ela está trabalhando em uma missão que precisa eliminar Salvatore Greco e ao mesmo tempo, é explicado como ela chegou até ali. Villanelle, na verdade, se chamava Oxana Vorontsova e estudava francês e linguística no interior da Rússia, porém nunca chegou a pegar seu diploma na universidade, porque estava detida no centro de detenção para mulheres em Dobryanla, nos Urais, acusada de assassinato.
Há três anos, quando estava presa, ela foi recrutada por um homem, que só conhece pelo nome: Konstantin. Este foi responsável pela sua saída da prisão e pelo seu treinamento que a tornaram excepcional no que faz: ela fez curso de fuga e evasão, programa avançado de resistência a interrogatórios, treinamento com armas, estudos de explosivos e toxicologia, condução avançada de veículos, arrombamentos e etc. E bom, ela sempre foi ótima com línguas, então isso não era um problema.
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A verdade é que Villanelle sempre soube que era diferente e quando seu treinador apareceu em sua vida, ela entendeu que finalmente tinha um propósito e suas emoções (ou a falta dela) a faziam especial. O que a assassina não esperava é que suas mortes meticulosamente calculadas iriam chamar atenção de Eve Polastri (que só surge lá na metade do livro), uma funcionária do serviço britânico de segurança, o MI5.
“A morte, muito provavelmente, se tornou uma necessidade para ela, e cada homicídio bem-sucedido contribui para comprovar sua invencibilidade.”
Eve Polastri trabalhava ao lado de Simon Mortimer na subdivisão do Grupo de Análise de Serviços Conjuntos e sua função era avaliar ameaças contra indivíduos de “alto risco” que entram no Reino Unido, até que ela comete um equívoco na proteção de Viktor Kedrin, um professor universitário, ocasionando na sua demissão e a fazendo sendo ser recrutada por Richard Edwards, diretor da divisão russa do MI6. A partir disso, a caça começa.
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Ela sempre se interessou por assassinatos, especificamente aqueles cometidos por mulheres e nunca soube exatamente o motivo. Ela fica fascinada pela ideia de uma mulher tirar a vida de outra pessoa a sangue frio. Desde quando ainda trabalhava no MI5, ela pesquisava exaustivamente sobre casos inconclusivos que poderiam ter o envolvimento de alguma pessoa do gênero feminino. Então, ser contratada para capturar uma das assassinas mais habilidosas do mundo era quase como um presente para Eve.
“Será que era preciso ser uma anomalia, uma psicopata maluca, para conseguir fazer isso? Será que a pessoa tinha que nascer assim? Ou qualquer mulher, se fosse programada corretamente, podia se transformar em uma assassina profissional?”
As duas personagens principais são muito bem construídas e você consegue captar cada detalhe de suas diferentes personalidades e suas motivações. Enquanto Villanelle é ambiciosa e audaciosa, do outro lado, podemos observar a mente rápida e obstinada de Eve. Duas mulheres, em lados diferentes da lei, extremamente inteligentes e com objetivos opostos. Uma caçando e a outra sendo caçada, ou seria o contrário?
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O livro de Luke Jennings é cheio de detalhes e a narrativa um pouco lenta, mas é maravilhoso participar e acompanhar as missões de Villanelle e suas extravagâncias, ao mesmo tempo que ver os progressos (ou a falta deles) de captura de Eve. Essa é uma história inteligente e sem furos, um suspense que te fará ansiar pelos próximos livros e ficar muito triste em saber que ainda não foram lançados no Brasil.
Obs.: livro cedido pelo Grupo Companhia das Letras para resenha.