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Review | Com Carinho, Kitty – Primeira Temporada

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Recentemente, a Netflix lançou “Com Carinho, Kitty”, spin-off da trilogia “Para Todos os Garotos que Já Amei”. Enquanto o filme acompanhava a história de Lara Jean (Lana Condor) no Ensino Médio encontrando o amor, na série vamos seguir a trajetória de sua irmã mais nova, Kitty Song Covey (Anna Cathcart).

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“Com Carinho, Kitty” tem início com a adolescente determinada a se mudar para Seul, na busca de se conectar com as memórias da sua mãe e se aproximar geograficamente do seu namorado/amigo de correspondência Dae (Minyeong Choi), que foi apresentado no último filme da franquia de “Para Todos os Garotos que Já Amei”.

Kitty se candidata de forma secreta para uma bolsa de estudos em uma escola coreana, mesmo lugar que sua mãe estudou quando tinha sua idade e coincidentemente, estuda Dae. Sem muitos dramas exagerados, seu pai permite que ela se mude para Coreia do Sul. Logo quando chega na cidade, tenta surpreender seu namorado na festa de boas-vindas aos novos alunos, entretanto, nada sai como planejado ao descobrir que Dae está se relacionando com uma garota chamada Yuri (Gia Kim), mesma pessoa que lhe deu uma carona até a escola.

Yuri é integrante de uma família muito influente no país, e apesar de ter todas as características para ser inimiga da Kitty, felizmente a produção não cai nesse clichê. A personagem de Gia Kim é lésbica, e na tentativa de esconder seu verdadeiro relacionamento com Julianna (Regan Aliyah) e agradar sua família, se envolve em um namoro de mentira com Dae.

Ao mesmo tempo em que Kitty fica chateada em saber que seu grande amor está um relacionamento com outra garota, ela acaba dividindo o dormitório com Dae e os seus melhores amigos: Q (Anthony Keyvan) e Min Ho (Sang Heon Lee), – quebrando as regras de conduta da escola. Q é um garoto apaixonado pelo seu colega de sala, Florian (Théo Augier Bonaventure) e Kitty, com sua crença de cupido, o ajuda a conquistá-lo; do outro lado, existe Min Ho, um adolescente rico que muitas vezes despreza Kitty por não entender a cultura coreana.

“Com Carinho, Kitty” tem todos os elementos necessários para ser uma dramédia romântica teen maravilhosa, com o plus de ter duas personagens sáficas no elenco principal. Além de ser um produto teen diferente daqueles comuns da Netflix, ao introduzir alguns artifícios usados em produções coreanas, como exagero, surpresas e ganchos ao final dos episódios.

A produção, por muitas vezes, apresenta um roteiro caótico ao mostrar vários relacionamentos surgindo e se desfazendo em tão pouco tempo, entretanto, ao considerar o contexto, é totalmente aceitável que adolescentes estejam se descobrindo.

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É perceptível que Jenny Han (autora da série de livros e roteirista da série) está pisando em terrenos desconhecidos, já que é a primeira vez que a showrunner tem como personagem principal uma garota encontrando sua sexualidade, considerando que todas as suas obras tinham personagens héteros no núcleo principal. Contudo, por enquanto, a mesma está fazendo um ótimo trabalho.

A série busca dialogar com o público adolescente, ao mostrar adolescentes vivendo sem pensar nas consequências das suas ações, com sentimentos a flor da pele e conflitantes. A produção é divertida, jovial e apaixonante. Com apenas 10 episódios de até 30 minutos, “Com Carinho, Kitty” conquista, inova e continua o legado da franquia de “Para Todos os Garotos que Já Amei”.

LesB Nota
  • Roteiro
  • Direção
  • Personagens
4.7

Sinopse

Kitty é uma jovem casamenteira que acaba esbarrando com o namorado de longa distância em um lugar especial: o mesmo internato que sua falecida mãe frequentou.

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