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Na Estante | A Maldição de Styria, um terror psicológico que merece estar na sua lista

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Lançado no Brasil em 2014 no festival de cinema de terror independente FANTASPOA, ”A Maldição de Styria” é mais uma da centena de adaptações do livro “Carmilla”, de 1872. O filme, que remonta às origens de terror psicológico do livro, conta a história de Lara Hill (Eleanor Tomlinson de “Poldark” e “Colette”), uma jovem britânica filha de um professor universitário (Stephen Rea de “Entrevista com o Vampiro”) que se muda com o pai para a cidade de Styria, no interior da Hungria em 1989. O objetivo da mudança é que seu pai estude murais que foram pintados por um médico e artista em um castelo que costumava ser um sanatório, onde os Hill passam a morar. Enquanto seu pai se ocupa com seus estudos e a trata como sempre a tratou – o mais distante possível – Lara se aventura pela floresta e acaba presenciando um acidente que quase mata a jovem Carmilla (Julia Pietrucha), uma órfã misteriosa que se esconde em um porão sob o castelo sinistro.

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Traduzindo diversos dos mitos retratados em “Carmilla” para os anos 1980, “A Maldição de Styria” também retoma os mitos antigos dos vampiros, conforme explica a histeria que toma a cidade. Uma dessas lendas é a de que quando alguém se suicida, não pode ser enterrado em cemitério cristão e que esse enterro não-santificado faz com que os mortos retornem como vampiros. A cidade de Styria, quase uma vila, acredita nas lendas com toda força e sua crença parece se provar real em diversos momentos do filme, especialmente quando um suicídio começa a fazer com que várias outras jovens também se matem e a culpa é colocada em Lara, a forasteira e em Carmilla, a cigana.

O relacionamento obsessivo entre Lara e Carmilla também traz à tona os transtornos psicológicos de Lara, a sua história de fundo e traumas de infância, o relacionamento com o seu pai e a forma como desde que era criança, Lara vive sob a sombra dos crimes e dos problemas de sua mãe, sendo tratada como apenas mais uma mulher descontrolada, em um universo de histeria que seu pai pensa conhecer tão bem.

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Para quem gosta de terror psicológico e dos limites entre o sobrenatural e o cognitivo, colocar “A Maldição de Styria” na listinha é quase obrigatório, assim como é para quem não quer perder nenhuma adaptação de “Carmilla

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