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LesB Indica | Lúcifer – produção baseada em quadrinhos é divertida de assistir

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O que uma série policial sobre o diabo Lúcifer, baseada em quadrinhos da DC Comics, vivendo em Los Angeles, poderia trazer sobre diversidade?

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Surpreendentemente “Lúcifer” consegue, em uma premissa básica muito já vista, uma detetive, que é acompanhada em suas investigações pelo consultor excêntrico – que no caso é o próprio diabo –  com uma grande diversidade de personagens, conseguindo não ter um elenco e uma história formada simplesmente por pessoas cis-hétero brancas.

Assim, a produção une mulheres complexas e com características marcadas e diferentes, com pessoas negras e latinas, com diversos papéis como anjos, demônios, investigadores e até mesmo (SPOILER ALERT) Deus?, e personagens LGBTQIA+, principalmente pansexuais (sem se esquecer dos sem gênero definido, pois afinal, anjos tem gênero?).

Simplesmente jogar que a série tem personagens pansexuais, pouco vistos na mídia no geral, não é o suficiente para se comentar sobre esta questão tão importante, então vamos deixar claro: o protagonista, Lúcifer Morningstar (Tom Ellis), e uma das personagens mais adoradas pelo público, a demônio Maze (Lesley-Ann Brandt), são a grande representação Pan na série. Isso já mostra a importância desta representatividade.

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No entanto, nem tudo é tão lindo, apesar do protagonista mostrar que se sente atraído por homens, o mesmo não tem relacionamentos claros, amorosos, nem sexuais, com outros do mesmo gênero. Além disso, sua sexualidade só foi denominada de forma clara, pelas redes sociais, através dos escritores da série.

Já a tão querida Maze tem uma história diferente: a personagem claramente se sente atraída por homens e mulheres (infelizmente, a representação de personagens que saem da binaridade de gênero mesmo existindo não é forte), e apesar de não dar muito certo, se mostra aberta a relacionamentos amorosos sem se importar de forma clara com o gênero de quem está apaixonada. 

Para além, como menção honrosa, é importante citar outra personagem importante LGBTQIA+, Eva (Inbar Lavi). Sim, Eva, a primeira mulher, lá do Jardim do Éden, que comeu o fruto proibido oferecido por ninguém menos que o próprio Diabo. Isso deixa ainda mais claro sobre como a produção, apesar de ter sua base policial, traz muitos elementos dos ideais cristãos de uma maneira um pouco subvertida (e bem mais interessante).

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Assim, “Lúcifer” consegue ser uma série muito divertida de assistir e passar o tempo, que apresenta personagens diversos de uma forma extremamente natural (como sempre deveria ser) e não apenas para tabela.

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