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Resenha | Os Dois Mundos de Astrid Jones, uma história de amor para além das páginas

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Os Dois Mundos de Astrid Jones” é um livro da autora A. S. King que capaz de te levar literalmente para além das páginas enquanto conta a história de Astrid, uma adolescente que vive em uma cidade pequena e como se pode imaginar tem muitos problemas para se adaptar as rotinas e as questões de um lugar assim, por isso ela decide mandar amor a cada avião que passa pelo céu de sua pequena cidade.

Narrada em primeira pessoa a história segue contando como é difícil para Astrid conviver com vizinhos e colegas de escola extremamente invasivos no diz respeito a sua vida pessoal enquanto passa por uma jornada complicada de autodescoberta onde ela se encontra um pouco perdida. Astrid já teve um namorado, alguém que ela gostava muito, ou pelo menos achava que sim, mas agora está envolvida com uma menina e essa relação é um pouco confusa em sua mente já que ela não sabe muito bem como se sentir sobre isso.

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Entre estar aparentemente gostando de uma menina e estar em uma família que lhe pressiona para se alguém “bom” na vida, Astrid se encontra em uma posição limite. Um lugar onde ela não sabe como agir, como ser ou o mais importante: o que ser. O principal de tudo é que ela sabe que gosta da relação que mantém com Dee mas ao mesmo tempo pensa que talvez isso seja errado já que sua mãe extremamente conservadora e imersa na cultura da pequena cidade jamais aceitaria sua filha com outra mulher.

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A situação em que Astrid se encontra é desconfortável: o mundo a sua volta exige que ela se rotule, sua mãe quer que ela se auto afirme heterossexual, Dee quer ser assumida por ela, sua melhor amiga Kristina quer que ela assuma sua homossexualidade de forma que ela passe a não ser mais a única lésbica no grupo ou na escola. Mas Astrid não quer se rotular. Tudo que a personagem deseja é ser ela mesma sendo o que ela é sem a necessidade de andar com uma placa, mesmo que imaginária (ou não tanto), em seu peito expondo o que ela é, e de fato ela luta por isso.

A personagem passa por altos e baixos em relação a ela mesma, idas e vindas com Dee e exposições conturbadas quando o seu maior segredo é descoberto de forma invasiva. Astrid é arrancada do armário no momento em que menos queria ou poderia, passou a enfrentar uma escola e uma família tomada pela homofobia e a partir daí ela não se sente mais em um lugar seguro. Um caos se instala no coração e na mente de Astrid e ela vive sua vida tentando transformar tudo isso em amor, um amor único que ela envia a cada avião que passa pelo céu de sua cidadezinha.

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Cada avião desse tem uma história, tem alguém que também está repleto de amor, de caos, de dúvidas e Astrid acha que o mínimo que ela pode fazer é transmitir vibrações amorosas a cada uma dessas histórias. Ela mandou tanto amor que todas as suas duvidas e complicações de repente se tornaram uma força inimaginável quando ela decide se assumir e assumir Dee para a família. Sua jornada de autodescoberta conturbada se transformou em paz quando ela teve a certeza de que absolutamente nada estava errado no que ela estava fazendo. Amar não é errado e era só isso que Astrid estava fazendo: amando alguém. Amando Dee, amando sua família, amando ela mesma, amando cada avião que passava no céu da cidadezinha e cada um deles são os leitores de suas história que recebem todo amor e que com certeza fecham o livro prontos para amar também.

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