“The First Girl I Loved” é um filme sobre a jornada de autodescoberta, o primeiro amor e o primeiro coração partido. É focado na personagem Anne (Dylan Gelula), que não sabia o que era o amor até senti-lo pela primeira vez por uma menina, Sasha (Brianna Hildebrand), uma das melhores jogadoras de softball da escola. Então, a menina decide mergulhar no mundo da nova paixão, decide conhecê-la da melhor forma que pode, enquanto enfrenta uma luta diária e quase silenciosa com seu ex-melhor amigo homofóbico, Cliff (Mateo Arias).
O longa-metragem se passa na adolescência, fase em que as descobertas e os sentimentos são muito mais intensos, o que faz com que a história tenha um tom bem sentimental. Cliff, por exemplo, possui uma grande paixão por Anne que ele tenta esconder com todas as forças até que ela revela estar apaixonada por outra pessoa. Por outro lado, “The First Girl I Loved” nos traz Anne que está tentando decifrar essa paixão enquanto tenta não se machucar e não machucar ninguém. E Sasha está no meio do caminho, sem entender absolutamente nada sobre si e nada sobre o mundo.
Com direção e roteiro de Kerem Sanga (“The Violent Heart”), “The First Girl I Loved” não é uma história feliz, nem sobre finais felizes. A produção leva a uma viagem primeiramente para dentro de si, pois assim como a protagonista está em sua jornada de autodescoberta em muitos aspectos, faz com que o espectador também se reencontre com suas próprias jornadas. Entre as confusões causadas pelos sentimentos ainda diferentes, aos olhos de Anne e de Sasha, é possível ver o desenvolvimento do entendimento sobre amor e sobre como o amor não é sempre tão bonito quanto se espera que seja.
O filme traz drama em seu gênero e faz o espectador refletir sobre isso, pois Anne, Sasha e Cliff carregam em suas histórias de fato drama, mas para além disso, carregam também uma angústia e uma sede de descobrir quem são de verdade, ao mesmo tempo em que são podados seja pelos próprios sentimentos ou por fatores externos. “The First Girl I Loved” vale a pena ser assistido por ser uma história trazendo reflexões importantes sobre a descoberta de sentimentos e sobre “primeiras vezes”.