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LesB Indica | Colette – longa-metragem sobre uma mulher à frente do seu tempo

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O filme de época “Colette” conta a história da juventude da escritora francesa Sidonie Gabrielle Colette (1873-1954).

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Colette (Keira Knightley) é uma jovem que vive no campo, na companhia de seu pai e sua mãe. Ela é cortejada pelo escritor bon vivant Willy (Dominic West) e não muito tempo depois os dois se casam e Colette sai da calmaria do campo para a movimentada Paris.

Durante muito tempo esta mudança brusca de ares foi algo muito complicado, já que a falta de conhecimento nos assuntos que eram tratados nas festas e bailes faziam com que Colette ficasse deslocada. Além disso, seu relacionamento com Willy era permeado por traições e dívidas do mesmo, porém, ele sempre dizia que a amava.

Uma das razões pelas quais ele tinha dívidas é que seus livros já não vendiam como antes. O bloqueio criativo e o fato de não ter recebido dinheiro com o casamento não o ajudavam e a protagonista não sabia o que fazer para contribuir, até se oferecer para escrever. E aí as coisas mudaram.

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Colette escreveu e foi um sucesso, porém, a publicação de Claudine à L’école foi feita em nome de Willy. Ela havia se inspirado em si mesma para escrever a personagem-título e apesar dos pesares, aceitou continuar escrevendo para o marido mesmo que não fosse creditada nisso.

Willy e Colette passaram a viver uma espécie de relacionamento aberto, onde ambos poderiam se envolver com mulheres à parte do seu casamento, porém ele era categórico em dizer que ela não deveria se envolver com outros homens. Ele mesmo a encorajava.

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Enquanto isso, Colette continuava a escrever e teve contato com outra coisa com a qual trabalharia pelo resto da vida: os palcos e com isso também conheceu Missy (Denise Gough) – a Marquesa Mathilde de Morny na vida real.

Missy foi companheira de Colette por um bom tempo e sempre a incentivava à tomar seus próprios caminhos e correr atrás daquilo que era o certo: pedir os direitos sobre os livros escritos que naquele tempo já eram quatro com a personagem Claudine e que faziam o maior sucesso em toda França e até fora – Claudine à L’école, Claudine à Paris, Claudine à ménage e Claudine s’em va.

De certa forma, Colette teve mais liberdade ao viver com Missy do que com Willy e foi isso que ela foi aproveitar.

Na história real, Colette se divorciou de Willy e depois ainda casou-se duas vezes, sempre cercada de muita polêmica e seu relacionamento com Missy durou alguns anos. Suas obras foram adaptadas para o teatro e cinema, e chegou a ser indicada ao Nobel de Literatura em 1948. Sua trajetória já havia sido contada antes no filme Becoming Colette (1991), com a atriz Mathilda May em seu papel principal.

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Colette foi de uma jovem tímida à uma mulher à frente do seu tempo, chocando e ao mesmo tempo encantando a sociedade daquela época.

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