No último domingo (8), aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, no Windsor Florida Hotel, no Flamengo, a Purgatory Pocket, evento – organizado pela Spotlight – da série criada por Emily Andras (“Lost Girl”), adaptada dos quadrinhos de Beau Smith, chamada “Wynonna Earp”. O evento teve a presença das atrizes Dominique Provost-Chalkley, que interpreta Waverly Earp, e Katherine “Kat” Barrell, que dá vida a Nicole Haught. A “mini con” foi marcada pelo público que veio de diversas partes da Cidade Maravilhosa e alguns de outros estados. Vamos a resenha:
Credenciamento e abertura
É preciso, antes de mais nada, deixar em águas claras que todo e qualquer evento atrasa no credenciamento. Seja coletivas de imprensa, pré-estreias para imprensa ou público com hora marcada, festas, etc, esta é aquela parte que sempre irá retardar um pouco. E isto se vai de diversos fatores como o público chegando um pouco mais tarde ou o tempo que a própria empresa levará para credenciar cada um dos participantes. Na Purgatory Pocket não foi diferente e houve sim, de fato, um curto atraso de 30 minutos (contando credenciamento + a espera pela chegada das atrizes).
Claro que sendo simpáticas como são, Dominique e Kat fizeram questão de dar um olá para os fãs presentes antes de partirem para as mesas onde seriam realizados os autógrafos. Foi rápido, contudo, deixaram todos empolgados para o que estava por vir.
Autógrafos e Meet & Greet
Infelizmente, a demora na venda para autógrafos com Barrell fez com que poucas pessoas comprassem e ela não ficou muito tempo distribuindo assinaturas. Entretanto, a atenção dispensada ao público pela mesma e a interprete de Waverly fizeram com que demorasse um pouco mais do que o normal. Ambas conversavam, ouviam e dedicavam autógrafos quando pedido. Talvez, caso haja uma próxima Pocket, com ambas as atrizes, seja melhor esticar um pouco o tempo de participação no evento para que, desta forma, outras atividades não sejam prejudicadas.
De fato, todas as pessoas que já comentaram nas redes sociais da Spotlight dizendo que o Meet & Greet deles difere dos demais tinham razão. O único ponto que causou certo desconforto nas atrizes e nos fãs foi o fato de poder realizar apenas três perguntas, entretanto, a atenção dada por elas a cada um, pois decidiram por passar individualmente por cada pessoa que ali se encontrava, conversando, abraçando, ouvindo, respondendo, autografando e recebendo os presentes, foi de uma intimidade muito maior do que em outras cons por aí.
É claro que é necessário destacar que Dominique e Kat são pessoas que fazem questão de ter este relacionamento com aqueles que vão aos eventos que participam, o que só contribui para uma experiência memorável no público que admira o trabalho delas. Aproveitando este caminho, comentarei a respeito da pergunta que fiz durante o M&G, sobre o relacionamento de Waverly com Michelle Earp, a.k.a. Mama Earp, interpretada por Megan Follows. Questionei sobre o que poderíamos esperar e ela (Dom) disse que foi um dos melhores plots gravados este ano para sua personagem, pois diferente do pai que a rejeitava (Waverly), a relação com a mãe é diferente e faz com que a irmã de Wynonna (Melanie Scrofano) se sinta mais pertencente. Barrell deixou a entender que veremos cenas ótimas e que a terceira temporada é sua favorita.
Sobre a cena preferida feita em toda a série, a britânica disse que foi o momento em que Wynonna descobre que está realmente grávida. E Kat disse que devemos ficar animados a respeito da troca de olhares, durante a season finale da segunda temporada, entre sua personagem e Dolls (Shamier Anderson).
Fotos e Painel
Bom, as fotos são realmente rápidas, o que por um lado é chato, pois deveria dar um pouco mais de tempo para que cada um, ao menos, cumprimente as atrizes. Entretanto, também não houve um apressamento excessivo por parte da equipe, não é por menos, que a maioria das pessoas conseguiram realizar as poses que desejavam. Mais uma vez saliento o quanto as duas são acessíveis, afinal, eu mesma pude tirar uma foto com a Kat me segurando nas costas (sim, nunca mais esquecerei disso rs). E só mais um detalhe: para uma próxima convenção, pocket, etc, é legal pensar em um banner da própria Spotlight para o fundo das fotografias, dar um tom mais profissional.
Partindo para o painel, a culpa em relação ao tempo talvez seja um pouco da organização, contudo, não é totalmente. De fato, as assessoras das atrizes realizaram algumas exigências e até mesmo diminuíram o tempo da conversa devido ao fato de ter uma tradução após cada resposta. Pensa comigo: alguém faz uma pergunta, seja em português ou inglês, de todo modo o moderador irá traduzir, elas respondem, e ainda bem que não são nada monossilábicas (acredite em mim, é muito ruim entrevistar ou ir em um evento com alguém que responde tudo de maneira curta) e mais uma vez, é necessário traduzir. Talvez, voltando a repetir, esticando um pouco mais o tempo da Pocket fosse possível ter um painel mais longo.
Durante a conversa com o público, que foi 100% Q&A (questions and answers / perguntas e respostas), algumas das perguntas já haviam sido feitas no Meet & Greet, outras giraram em torno de como é para elas serem importantes para o público LGBTQ+ e a respeito da representatividade, cujo ambas disseram, novamente, o quanto se sentem honradas de poder estar nesta posição. Kat, inclusive, disse que ainda tem o e-mail de Andras perguntando se elas estavam preparadas para se tornarem Queer Icons (Ícones Queer).
Sobre a alegria dos fãs em recebe-las, conhece-las e a importância das mesmas para o público brasileiro, Dominique comentou que no início sequer esperava que um dia teria uma fanbase no Brasil, contudo, de uma hora para outra começaram a surgir diversas mensagens no Twitter dizendo: “come to Brazil, we love you, we love you, come to Brazil”, e ela mal podia acreditar. Entretanto, ao vir aqui e conhecer as pessoas, consegue entender a tamanha necessidade dos brasileiros por representatividade LGBTQ+.
Um dos pontos altos do painel foi o momento em que a nossa colaboradora, Lua Barros, perguntou se elas (Dom e Kat) sabiam o significado da frase Mulherão da Porra. A intérprete de Nicole lembrou que no M&G a chamei assim e comentei o que era, porém não salientei que havia um palavrão no meio. Dominique, de pronto, aprendeu quando repeti como se pronunciava e adorou a frase, dizendo diversas vezes, já Kat teve dificuldade com a pronúncia sendo ensinada por Chalkley e depois por mim.
Considerações finais
Apesar de alguns pequenos problemas aqui e ali, pois nada é perfeito neste mundo, e também alguns ajustes que podem ser considerados para as convenções futuras, a Purgatory Pocket do Rio de Janeiro foi, no geral, um bom evento e de um a dez merece um oito e meio de organização e nove pela simpatia das atrizes. A equipe da Spotlight também escutaram e atenderam bem o público pessoalmente.